"O CONGE'
Vera Popoff
Exibindo-me como justo, quase um monge
Mas cheio de paixões, tão vulnerável" conge"
Sobre salto alto, na mídia desfilei
Sob adoração de mal intencionados, vacilei!
Holofotes, arrogância , vaidade, destemor!
Senhor de mim, sou quase um deus.
Reverenciado, jamais conheci um dissabor
Humilhei e à ética , eu disse adeus!
Julguei e trapaceei, como ser vil e vingativo
Cumprindo juramento num leito de morte
Intimidei e debochei, pisei na própria sorte.
Vaidoso e burlador , virei herói de barro
Sentenciei , trapaceei, subi num pedestal
Da noite para o dia , virei um ser bizarro.
domingo, 16 de junho de 2019
SEM TÍTULO
SEM TÍTULO
Vera Popoff
Sem título.
Um texto sem título e
sem conteúdo.~
Diante de acontecimento vil
minh'alma envolve-se
num silêncio tão hostil!
As letras soltas, à deriva,
esperam harmonia e leveza.
Mas pobre de substância,
ou d'um terreno mais fecundo
Assisto perplexa, as dores do mundo.
Da boca seca , não flui verso e
não flui canção,
O poema até tentou vir à luz,
mas não vingou.
Como encontrar uma rima,
num tempo de sordidez e traição?
Vera Popoff
Sem título.
Um texto sem título e
sem conteúdo.~
Diante de acontecimento vil
minh'alma envolve-se
num silêncio tão hostil!
As letras soltas, à deriva,
esperam harmonia e leveza.
Mas pobre de substância,
ou d'um terreno mais fecundo
Assisto perplexa, as dores do mundo.
Da boca seca , não flui verso e
não flui canção,
O poema até tentou vir à luz,
mas não vingou.
Como encontrar uma rima,
num tempo de sordidez e traição?
domingo, 9 de junho de 2019
GUARDANDO PÉROLAS
GUARDANDO PÉROLAS
Vera Popoff
Só , no canto preferido da velha casa
Ofegante com o carinho recebido
Minha vida , há muito, já não é rasa
No peito, o coração, amorosamente , sucumbido.
Na caixa preciosa forrada de cetim
Vou guardando as delicadas pérolas
Tesouros d'uma vida contada num folhetim
E a preciosidade das amizades madrepérolas.
Suspirando, recebo outro presente
A surpresa , um raio vindouro de suavidade
Traz-me de volta ao dia, até então, morno e ausente.
Ditosa , agora, observo a caixa dos guardados
Uma pérola, uma amizade, um colar feito de carinho
Aconchego-me, enrolada na utopia, no doce ninho.
Vera Popoff
Só , no canto preferido da velha casa
Ofegante com o carinho recebido
Minha vida , há muito, já não é rasa
No peito, o coração, amorosamente , sucumbido.
Na caixa preciosa forrada de cetim
Vou guardando as delicadas pérolas
Tesouros d'uma vida contada num folhetim
E a preciosidade das amizades madrepérolas.
Suspirando, recebo outro presente
A surpresa , um raio vindouro de suavidade
Traz-me de volta ao dia, até então, morno e ausente.
Ditosa , agora, observo a caixa dos guardados
Uma pérola, uma amizade, um colar feito de carinho
Aconchego-me, enrolada na utopia, no doce ninho.
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