MAL ESTAR
Vera Popoff
Um mal estar repentino
E o dia , então equilibrado, vira desatino!
O que estava bonito, enfeia-se , descorado
E o sorriso aberto e franco fica trancado.
Não sei se foi uma saudade insuportável
que derrubou a alegria imensurável
Não sei se foi uma mágoa que não morre
Que destruiu a leveza fingida de um porre.
O corpo dito resistente, enfraqueceu
A energia permanente, esmoreceu
Um pranto quase foi derramado, mas
dissipou-se no ocaso.
O que era pensante e inteligente
perdeu a clareza na neblina da tarde.
E a certeza da felicidade, apesar de tudo,
O encanto azul daquele céu
Perderam-se frágeis, ao léu.
São daquelas coisas inexplicáveis
que trazem à tona duras razões e desilusões
incontroláveis.
Foi só uma tarde infeliz
É o que uma sensação mediúnica
assopra e diz!
Nenhum comentário:
Postar um comentário