segunda-feira, 21 de novembro de 2016

MAL ESTAR

MAL ESTAR
                             Vera Popoff

Um mal estar repentino
E o dia , então equilibrado, vira desatino!
O que estava bonito, enfeia-se , descorado
E o sorriso aberto e franco  fica trancado.

Não sei se foi uma saudade insuportável
que derrubou a alegria imensurável
Não sei se foi uma mágoa que não morre
Que destruiu  a  leveza fingida de um porre.

 O corpo dito resistente,  enfraqueceu
A energia permanente,  esmoreceu
Um pranto quase foi derramado, mas
    dissipou-se  no ocaso.

O que era pensante e inteligente
perdeu a clareza na neblina da tarde.
E a certeza da felicidade, apesar de tudo,
O encanto azul daquele céu
Perderam-se frágeis, ao léu.

São daquelas coisas inexplicáveis
que trazem à tona duras  razões e desilusões
           incontroláveis.
Foi só uma tarde infeliz
É o que uma sensação mediúnica
          assopra e diz!
             

           

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