UM DIA A MAIS
Vera Popoff
Vinte e nove de fevereiro!
Mais um dia no mês,
Mais um dia no ano,
Mais um dia vivido
Mais um dia e mais
uma poesia.
A poesia vinte e nove do mês
de fevereiro!
Acordei com os olhos mais atentos
voltados para o céu
Não entendo o calendário ajustado,
o duplo seis
dos trezentos e sessenta e seis dias
Não estudei o Mapa da Revolução Solar,
tampouco as marés " luni-solares"
Desconheço os efeitos da maré lunar
impondo-se ...sobre a solar!
Só utilizo a lua para versar ,
e hoje , mais uma noite , para namorar,
Do sol , apenas desejo, que esparrame
mais luz sobre as cegueiras
que acorde minha alma em cada aurora
e meus anseios delirantes, acalme!
Se o tempo me pertence ou não pertence,
não vale a pena a reflexão,
A filosofia explica ou não!
Mal conheço o tempo
de plantar e de colher
de rir ou refletir o riso
de falar ou silenciar
de costurar meus sonhos ,ou rasgá-los
Vinte e nove de fevereiro é , para mim,
só mais um dia de semear
de crer ou desacreditar
de multiplicar as dúvidas
e trazer todos os deuses
para um dia a mais...abençoarem
O dia será vazio ou brotará
uma inspiração?
Mais um sorriso para abrandar
as aflições
Mais uma brisa para amansar
os corações
Uma lucidez a mais para jogar a luz
nas distorções
Um dia a mais para recomeçar e ajoelhar
sobre os perdões
Um canto a mais do passarinho
Um tempo a mais para reconstruir
um vazio ninho!
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
VAGANDO
Vagando
Vera Popoff
O silêncio absorve as horas
São contadas duas, três, talvez seis, ...
sem nenhum ruído...
Presto atenção ao meu ouvido
Grilos, cigarras e ventos e o tempo
num pacto de silêncio..
Minh'alma vagando, envolve-se
na quietude.
Bom...nem precisar tomar atitude
Vagar sem tempo, sem contratempo
A vida em silêncio cresce como
massa de bolo
Levíssima e gostosa!
Pensamentos sobem, esvoaçam,
vagam...
Como uma pipa à deriva
Os céus, no silêncio, descem...
Chegam mais perto...
Os céus serão alcançados, é certo!!
Abandonada ao nada...
permaneço vagando
sem nenhum movimento
não quero estorvar o silêncio
do rico momento
Vera Popoff
O silêncio absorve as horas
São contadas duas, três, talvez seis, ...
sem nenhum ruído...
Presto atenção ao meu ouvido
Grilos, cigarras e ventos e o tempo
num pacto de silêncio..
Minh'alma vagando, envolve-se
na quietude.
Bom...nem precisar tomar atitude
Vagar sem tempo, sem contratempo
A vida em silêncio cresce como
massa de bolo
Levíssima e gostosa!
Pensamentos sobem, esvoaçam,
vagam...
Como uma pipa à deriva
Os céus, no silêncio, descem...
Chegam mais perto...
Os céus serão alcançados, é certo!!
Abandonada ao nada...
permaneço vagando
sem nenhum movimento
não quero estorvar o silêncio
do rico momento
MEU ABRIGO
MEU ABRIGO
Meu abrigo
Vera Popoff
O dia cansativo
O raio teimoso do sol...
era o único atrativo!
Subi arfando, a escadaria,
sonhando com a descida,
por certo, menos inibida
Melhor que a suada subida!
Rostos quase se encontrando,
em tempo, os olhares desviando-se!
Paredes tristes e chão sem descanso,
pisado e pisado e pisado!
Que dia!!!
Preciso urgente de boa dose
de alegria.
No caminho de volta, um único
pensamento!
Chegar...desembaraçar as linhas
emaranhadas da vida!
Logo, um remanso,
o copo de limonada
a abelha, o mel, a tarde doce.
A sombra da goiabeira
Aborrecimento esquecido
O silêncio, o aroma e a magnólia...
A magnólia, meu abrigo!
O mundo ficou lá fora
Daqui não vou mais embora!!
Vera Popoff
O dia cansativo
O raio teimoso do sol...
era o único atrativo!
Subi arfando, a escadaria,
sonhando com a descida,
por certo, menos inibida
Melhor que a suada subida!
Rostos quase se encontrando,
em tempo, os olhares desviando-se!
Paredes tristes e chão sem descanso,
pisado e pisado e pisado!
Que dia!!!
Preciso urgente de boa dose
de alegria.
No caminho de volta, um único
pensamento!
Chegar...desembaraçar as linhas
emaranhadas da vida!
Logo, um remanso,
o copo de limonada
a abelha, o mel, a tarde doce.
A sombra da goiabeira
Aborrecimento esquecido
O silêncio, o aroma e a magnólia...
A magnólia, meu abrigo!
O mundo ficou lá fora
Daqui não vou mais embora!!
domingo, 28 de fevereiro de 2016
MUNDO LOUCO
MUNDO LOUCO
Vera Popoff
Que mundo louco , eu escolhi!
Sempre aquele que ficou para trás
Resisto ,o quanto posso, à evolução
Não acompanho a velocidade dos
acontecimentos
que correm como nuvens , ao vento!
Volto sempre ao arcaico
Meu tempo é um enorme mosaico
Pedacinhos colados , encaixados,
combinados, de quimeras
Sem desvencilhar-me do meu passado,
todo dia celebrado, vivo...
Alguns dizem:
-" Tu não vives, recordas vidas
que já foram sepultadas!"
Vivo! Vivo! Vivo!
De tudo que se foi , são retirados:
-Toda força do meu coração
-A habilidade da minha mão
-Os hábitos perpetuados , num relicário
-As memórias fixadas no álbum
de fotografias desbotadas
-As prosas antigas , sempre recontadas
-As vozes mansas no ouvido
-Os olhares que me fisgaram
-Os versos que me enterneceram
-As receitas das minhas avós,
sempre repetidas
-as ilusões eternizadas
-a minha mãe, a minha mãe
-o meu pai, o meu irmão
-a minha tia , minha madrinha
-meu namorado enamorado
-minha criança, no seio
-o meu jardim exalando jasmim
-as begônias penduradas e bem cuidadas
-minhas amigas com suas risadas
-a professora, a missa, a beata
-o amigo, meu confidente
-o casamento com o diferente
-a roupa tão bem talhada
-os sonhos...destruídos
-outros, bem vividos
-a paineira, a mangueira, a goiabeira
-a geleia, a compota, o licor de jabuticaba
-o fruto doce no pé
-o coador do café
-a cidade, o campanário
-o padre ,o enterro do padre
-a fé tão abalada
-alguma verdade modificada
Uma multidão, morando no meu passado
que é meu presente, já que minh'alma
tão bem consente
Tudo tão bem cuidado, sem amarrotar
O tempo voou...eu fiquei
Sentada ou agitada
naquele mundo que ninguém desaba!
Vera Popoff
Que mundo louco , eu escolhi!
Sempre aquele que ficou para trás
Resisto ,o quanto posso, à evolução
Não acompanho a velocidade dos
acontecimentos
que correm como nuvens , ao vento!
Volto sempre ao arcaico
Meu tempo é um enorme mosaico
Pedacinhos colados , encaixados,
combinados, de quimeras
Sem desvencilhar-me do meu passado,
todo dia celebrado, vivo...
Alguns dizem:
-" Tu não vives, recordas vidas
que já foram sepultadas!"
Vivo! Vivo! Vivo!
De tudo que se foi , são retirados:
-Toda força do meu coração
-A habilidade da minha mão
-Os hábitos perpetuados , num relicário
-As memórias fixadas no álbum
de fotografias desbotadas
-As prosas antigas , sempre recontadas
-As vozes mansas no ouvido
-Os olhares que me fisgaram
-Os versos que me enterneceram
-As receitas das minhas avós,
sempre repetidas
-as ilusões eternizadas
-a minha mãe, a minha mãe
-o meu pai, o meu irmão
-a minha tia , minha madrinha
-meu namorado enamorado
-minha criança, no seio
-o meu jardim exalando jasmim
-as begônias penduradas e bem cuidadas
-minhas amigas com suas risadas
-a professora, a missa, a beata
-o amigo, meu confidente
-o casamento com o diferente
-a roupa tão bem talhada
-os sonhos...destruídos
-outros, bem vividos
-a paineira, a mangueira, a goiabeira
-a geleia, a compota, o licor de jabuticaba
-o fruto doce no pé
-o coador do café
-a cidade, o campanário
-o padre ,o enterro do padre
-a fé tão abalada
-alguma verdade modificada
Uma multidão, morando no meu passado
que é meu presente, já que minh'alma
tão bem consente
Tudo tão bem cuidado, sem amarrotar
O tempo voou...eu fiquei
Sentada ou agitada
naquele mundo que ninguém desaba!
DE BOM TAMANHO
DE BOM TAMANHO
Vera Popoff
O caminho percorrido, coberto
pelas flores ...
A viagem permitida, sobre as nuvens
O sossego sentado em cima das
preocupações
O tédio desfigurado pelas sensações
O nada transformado em tudo
A imaginação correndo solta
A realidade fantasiada de loucura
O mundo tão pacificado
O dia com gosto adocicado
É bom demais viver!!
A janela aberta para a luz entrar
A alma que rima com calma,
não sofre atropelos, não se agita,
já não padece, nem grita!
O gato enroscado na preguiça
vez em quando, se estica.
Passarinho arquiteta o seu ninho
e enfeita o silêncio com seu canto!
A rosa vermelha, amarela, branca
ou cor-de-rosa,
aviva -se com tanto beijo do
amado beija-flor
A tarefa espera, a obrigação desobedece
qualquer horário ou rotina
A fome é saciada com a alegria
debulhada
A sede bebe a água da fonte
que nasce próxima do horizonte.
A rede mansamente, balança,
no compasso da dança...dos galhos
da figueira que não seca
O ambiente não apresenta defeito
Se o céu é mais bonito, acredito,
que deva ser perfeito!
Não almejo o paraíso com tal
perfeição
O que tenho e o que a mim, me tem,
é o bastante,
não vendo, não jogo, não barganho
Meu mundo está de bom tamanho!
Vera Popoff
O caminho percorrido, coberto
pelas flores ...
A viagem permitida, sobre as nuvens
O sossego sentado em cima das
preocupações
O tédio desfigurado pelas sensações
O nada transformado em tudo
A imaginação correndo solta
A realidade fantasiada de loucura
O mundo tão pacificado
O dia com gosto adocicado
É bom demais viver!!
A janela aberta para a luz entrar
A alma que rima com calma,
não sofre atropelos, não se agita,
já não padece, nem grita!
O gato enroscado na preguiça
vez em quando, se estica.
Passarinho arquiteta o seu ninho
e enfeita o silêncio com seu canto!
A rosa vermelha, amarela, branca
ou cor-de-rosa,
aviva -se com tanto beijo do
amado beija-flor
A tarefa espera, a obrigação desobedece
qualquer horário ou rotina
A fome é saciada com a alegria
debulhada
A sede bebe a água da fonte
que nasce próxima do horizonte.
A rede mansamente, balança,
no compasso da dança...dos galhos
da figueira que não seca
O ambiente não apresenta defeito
Se o céu é mais bonito, acredito,
que deva ser perfeito!
Não almejo o paraíso com tal
perfeição
O que tenho e o que a mim, me tem,
é o bastante,
não vendo, não jogo, não barganho
Meu mundo está de bom tamanho!
PRÊMIO NOBEL
PRÊMIO NOBEL
Vera Popoff
No laboratório das emoções
Pesquiso dados do meu coração
Trabalho a hora., o dia, o mês... ...
Trancada a sete chaves
Busco a modificação genética
observada naquele sentimento,
que em toda minha vida,
foi o meu grande tormento e a causa
de tanto contentamento!
Vera Popoff
No laboratório das emoções
Pesquiso dados do meu coração
Trabalho a hora., o dia, o mês... ...
Trancada a sete chaves
Busco a modificação genética
observada naquele sentimento,
que em toda minha vida,
foi o meu grande tormento e a causa
de tanto contentamento!
Sob as lupas, eu separo os
fragmentos da doce ilusão
Misturo com amargura da sofreguidão
Isolo o vírus causador da doença
Que faz -me descompensada
ao seu toque malicioso e
ao seu lábio atrevido e tão gostoso!
Pesquisadora dedicada e abnegada
Coloco nos tubos de ensaio
Efeitos daquele olhar de soslaio
Que penetra como um raio
Na minha alma vulnerável
à picada do aedes eros amore
transmissor daquele amor indecifrável!
Enfim, quem sabe, um dia,
Ganharei o Prêmio Nobel
da química amorosa
Quando for, finalmente, comprovado
Que sentimento forte e semelhante
Causa dor, mas grande alento
Causa a febre nas noites delirantes
E um mágico frescor, nas manhãs
de ternuras confortantes e reluzentes!
Despedaça o meu coração
Mas também junta os cacos
E reconstrói a cada dia
Uma inolvidável alegria!
..
fragmentos da doce ilusão
Misturo com amargura da sofreguidão
Isolo o vírus causador da doença
Que faz -me descompensada
ao seu toque malicioso e
ao seu lábio atrevido e tão gostoso!
Pesquisadora dedicada e abnegada
Coloco nos tubos de ensaio
Efeitos daquele olhar de soslaio
Que penetra como um raio
Na minha alma vulnerável
à picada do aedes eros amore
transmissor daquele amor indecifrável!
Enfim, quem sabe, um dia,
Ganharei o Prêmio Nobel
da química amorosa
Quando for, finalmente, comprovado
Que sentimento forte e semelhante
Causa dor, mas grande alento
Causa a febre nas noites delirantes
E um mágico frescor, nas manhãs
de ternuras confortantes e reluzentes!
Despedaça o meu coração
Mas também junta os cacos
E reconstrói a cada dia
Uma inolvidável alegria!
..
sábado, 27 de fevereiro de 2016
PERDI-ME
PERDI-ME
Vera Popoff
Perdi-me!
Num tempo morno e vagaroso,
dei margens à imaginação e
girei em volta de mim mesma
Misturei sentimentos , sensações,
delirei , tocada por estranhos fluidos.
Fiz da vida , um mutirão sem recreio
Acabei num beco solitário
onde repouso a alma , do intenso fadário!
Os olhos ,de pálpebras cobertas pelo sono,
enxergam a beleza sob a neblina
e o corpo ao tempo, inclina-se!
Perdi-me no esboço traçado
do desenho da vida!
Quando dei por mim
eram tantos labirintos,
curvas sinuosas,
atalhos incompreensíveis
encruzilhadas sem indicação
Sem bússola para mostrar-me
qual era a direção!!
A percepção está presa
nas mãos da grande ventania
A ilusão perde-se na indecisão
E os meus passos , um atrás do outro,
seguem a melodia de compassos imprecisos!!
Vera Popoff
Perdi-me!
Num tempo morno e vagaroso,
dei margens à imaginação e
girei em volta de mim mesma
Misturei sentimentos , sensações,
delirei , tocada por estranhos fluidos.
Fiz da vida , um mutirão sem recreio
Acabei num beco solitário
onde repouso a alma , do intenso fadário!
Os olhos ,de pálpebras cobertas pelo sono,
enxergam a beleza sob a neblina
e o corpo ao tempo, inclina-se!
Perdi-me no esboço traçado
do desenho da vida!
Quando dei por mim
eram tantos labirintos,
curvas sinuosas,
atalhos incompreensíveis
encruzilhadas sem indicação
Sem bússola para mostrar-me
qual era a direção!!
A percepção está presa
nas mãos da grande ventania
A ilusão perde-se na indecisão
E os meus passos , um atrás do outro,
seguem a melodia de compassos imprecisos!!
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
BOAS MÃOS
BOAS MÃOS
Vera Popoff
Terei tratado a vida com boas mãos,
Ou houve descaso e não há consolação!
Valeram os jardins plantados ?
Mereceriam mais aromas , mais dedicação?
Na feira onde doei afetos e alguns carinhos,
talvez tenham faltado sentimentos mais profundos
e os rasos amores não amaciaram, com cuidado,
o ninho!
Se a tarefa feita usou as boas mãos
mereço até um pouco de compreensão
O resultado bom ou não
merece um gesto de comiseração!
O erro, o acerto, a dúvida , a interrogação
foram as tentativas das descobertas,
dos inventos mirabolantes do inquieto coração.
Mesmo usando as boas mãos,
Ah...tantos enganos inevitáveis
tantas obras inacabadas,
tantas lágrimas mal jorradas
tantas alegrias desperdiçadas!
Pisei os fragmentos , ignorei detalhes
Desenterrei miúdas dores ,
sepultei prazeres ousados ,
derramei afortunados momentos
servidos no copo do encantamento.
Mesmo com suposta dedicação,
usando na lida , as boas mãos,
Costurei os sonhos de rendas
com linhas frágeis e ficaram fendas.
por onde escaparam , as mais belas oferendas!
Vera Popoff
Terei tratado a vida com boas mãos,
Ou houve descaso e não há consolação!
Valeram os jardins plantados ?
Mereceriam mais aromas , mais dedicação?
Na feira onde doei afetos e alguns carinhos,
talvez tenham faltado sentimentos mais profundos
e os rasos amores não amaciaram, com cuidado,
o ninho!
Se a tarefa feita usou as boas mãos
mereço até um pouco de compreensão
O resultado bom ou não
merece um gesto de comiseração!
O erro, o acerto, a dúvida , a interrogação
foram as tentativas das descobertas,
dos inventos mirabolantes do inquieto coração.
Mesmo usando as boas mãos,
Ah...tantos enganos inevitáveis
tantas obras inacabadas,
tantas lágrimas mal jorradas
tantas alegrias desperdiçadas!
Pisei os fragmentos , ignorei detalhes
Desenterrei miúdas dores ,
sepultei prazeres ousados ,
derramei afortunados momentos
servidos no copo do encantamento.
Mesmo com suposta dedicação,
usando na lida , as boas mãos,
Costurei os sonhos de rendas
com linhas frágeis e ficaram fendas.
por onde escaparam , as mais belas oferendas!
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
AVE CONDOR
AVE CONDOR
Vera Popoff
Eu estava tão cansada!
Fui procurar o seu abraço
Mas notei cansaço nos seus traços!
Juntas , exploramos nossos cansaços
E falamos do ontem que não voltará !
Do amanhã que parece...será sombrio!
Rimos das nossas tristezas
Até choramos com as alegrias!
Viramos nossas vidas do avesso,
desviramos e sonhamos...
Você é a ave condor
Eu sou outra ave condor
Nas fraquezas, voamos ao mais alto pico,
recolhemos as nossas asas e...nos atiramos
ao fundo do rio!
E renascemos!! Nossas asas voltam aos céus
Voamos , voamos , voamos...
Somos guerreiras amigas
e amigas tão guerreiras!!
Cansaço??? Como sentimos!
Mas jamais seremos abatidas,
Afinal , sabemos esperar
e lá do alto da colina,
vamos nos atirar ..
renascerá!
renascerei!
renasceremos!
Vera Popoff
Eu estava tão cansada!
Fui procurar o seu abraço
Mas notei cansaço nos seus traços!
Juntas , exploramos nossos cansaços
E falamos do ontem que não voltará !
Do amanhã que parece...será sombrio!
Rimos das nossas tristezas
Até choramos com as alegrias!
Viramos nossas vidas do avesso,
desviramos e sonhamos...
Você é a ave condor
Eu sou outra ave condor
Nas fraquezas, voamos ao mais alto pico,
recolhemos as nossas asas e...nos atiramos
ao fundo do rio!
E renascemos!! Nossas asas voltam aos céus
Voamos , voamos , voamos...
Somos guerreiras amigas
e amigas tão guerreiras!!
Cansaço??? Como sentimos!
Mas jamais seremos abatidas,
Afinal , sabemos esperar
e lá do alto da colina,
vamos nos atirar ..
renascerá!
renascerei!
renasceremos!
domingo, 21 de fevereiro de 2016
MULHER
MULHER
Vera Popoff
Mulher, marcaram-te num dia !
Dia internacional da mulher!
Sê mulher , não só no dia escolhido,
no dia marcado... para mostrar o teu valor.
Sê mulher por inteiro!
Apenas mulher...
Esquece a mãe , a avó, bisavó
Livra-te da arrumadeira, doceira, cozinheira!
Não . tu não precisas ser a esposa,
prestimosa, dengosa, amorosa
Fonte de primor e virtudes !
Tu já és ,simplesmente, mulher!
Não te faça pequena , uma alma amena
que tudo suporta e aguenta!
Não te humilhes , procurando em ti,
as culpas das traições!
Tu és forte, deixa pra lá
as fontes arcaicas das submissões!
Não te sintas menor, nem maior,
mas igual ao sexo proclamado
mais forte!
Faça as tuas escolhas, sem segredos,
sem medos!
Não te escondas entre os iguais
se o teu pensamento é tão diferente!
Vá em frente!
Esquece os pecados, no teu coração,
tatuados e cruelmente marcados!
Não permita que te julguem, rotulem,
que te sentenciem !
Mulher! Mulher! Mulher!
Tu nascestes mulher!
Não é infortúnio, mas um privilégio!
Sentido aguçado , sentimento dobrado,
coração expandido, amor multiplicado!
Vida povoada de indecifráveis desejos!
Tão bela e tão delicada, tão afortunada!
Tua força não vacila, está em ti , embalsamada!
Mulher não é sinônimo de Mãe!
Mãe, tu serás ou não,
é apenas, uma opção!
Tu não és de ninguém!
Não há quem te compre,
com ou sem vintém!
Nem haverá quem te domine
pela força, mas te conquiste
pela ternura , gentileza e delicadeza!
Teu valor encerra-se em ti!
Apenas em ti!
Não te subjugues aos caprichos
do traçado destino!
Tu não serás escolhida como Cinderela,
de acordo com o padrões moldados ,
ditos estabelecidos , rótulos colados!
A beleza está na tua alma
feminina , menina, Mulher!
Vera Popoff
Mulher, marcaram-te num dia !
Dia internacional da mulher!
Sê mulher , não só no dia escolhido,
no dia marcado... para mostrar o teu valor.
Sê mulher por inteiro!
Apenas mulher...
Esquece a mãe , a avó, bisavó
Livra-te da arrumadeira, doceira, cozinheira!
Não . tu não precisas ser a esposa,
prestimosa, dengosa, amorosa
Fonte de primor e virtudes !
Tu já és ,simplesmente, mulher!
Não te faça pequena , uma alma amena
que tudo suporta e aguenta!
Não te humilhes , procurando em ti,
as culpas das traições!
Tu és forte, deixa pra lá
as fontes arcaicas das submissões!
Não te sintas menor, nem maior,
mas igual ao sexo proclamado
mais forte!
Faça as tuas escolhas, sem segredos,
sem medos!
Não te escondas entre os iguais
se o teu pensamento é tão diferente!
Vá em frente!
Esquece os pecados, no teu coração,
tatuados e cruelmente marcados!
Não permita que te julguem, rotulem,
que te sentenciem !
Mulher! Mulher! Mulher!
Tu nascestes mulher!
Não é infortúnio, mas um privilégio!
Sentido aguçado , sentimento dobrado,
coração expandido, amor multiplicado!
Vida povoada de indecifráveis desejos!
Tão bela e tão delicada, tão afortunada!
Tua força não vacila, está em ti , embalsamada!
Mulher não é sinônimo de Mãe!
Mãe, tu serás ou não,
é apenas, uma opção!
Tu não és de ninguém!
Não há quem te compre,
com ou sem vintém!
Nem haverá quem te domine
pela força, mas te conquiste
pela ternura , gentileza e delicadeza!
Teu valor encerra-se em ti!
Apenas em ti!
Não te subjugues aos caprichos
do traçado destino!
Tu não serás escolhida como Cinderela,
de acordo com o padrões moldados ,
ditos estabelecidos , rótulos colados!
A beleza está na tua alma
feminina , menina, Mulher!
RECOLHIDA
RECOLHIDA
Vera Popoff
Recolhida, não esquecida,
apenas um pouco escondida!
Necessitei de um novo percurso
onde pudesse encontrar pequenos fragmentos
de mim ..
.estraçalhados e n'algum beco, jogados!
Juntar uns bocados, colar os pedaços
Quem sabe, reconstruir , ou mudar
um destino
Arregaçar as mangas e amassar o barro,
modelar nova alma sem dores!
Libertar-me do cumprimento de tantos deveres
e não prestar-me a tantos favores!
Correr um caminho novo e diferente
Sem implorar perdões, nem ouvir sermões!
Avistar horizontes mais aproximados,
Lembrar-me que não existem pecados,
portanto , sou o verso d'uma poesia livre ,
alegre, sem os delírios da febre das culpa!
Recolhida , escondida , não reprimida!
Atravessarei alguns desertos
onde por certo,
minha água de beber será a liberdade!
Poderei seguir à esquerda , olhar à frente,
voltar para trás , procurar novos rumos
sem importar-me se agrado ou desagrado!
Ora , de quem é vida ?
Os passos são meus
ao ferimentos doem em mim,
As cicatrizes são as marcas das batalhas
enfrentadas.
Alguns enganos , meus passos , atrasaram.
Os sonhos perdidos esvaziaram o meu peito
Ilusões esmagadas , estilhaçadas,
foram longe, atiradas!
Recolhida , abstraída , me procuro...
Assim que encontrar-me, estarei inteira!
Já não serei uma sobra,
ou inacabada obra!
Vera Popoff
Recolhida, não esquecida,
apenas um pouco escondida!
Necessitei de um novo percurso
onde pudesse encontrar pequenos fragmentos
de mim ..
.estraçalhados e n'algum beco, jogados!
Juntar uns bocados, colar os pedaços
Quem sabe, reconstruir , ou mudar
um destino
Arregaçar as mangas e amassar o barro,
modelar nova alma sem dores!
Libertar-me do cumprimento de tantos deveres
e não prestar-me a tantos favores!
Correr um caminho novo e diferente
Sem implorar perdões, nem ouvir sermões!
Avistar horizontes mais aproximados,
Lembrar-me que não existem pecados,
portanto , sou o verso d'uma poesia livre ,
alegre, sem os delírios da febre das culpa!
Recolhida , escondida , não reprimida!
Atravessarei alguns desertos
onde por certo,
minha água de beber será a liberdade!
Poderei seguir à esquerda , olhar à frente,
voltar para trás , procurar novos rumos
sem importar-me se agrado ou desagrado!
Ora , de quem é vida ?
Os passos são meus
ao ferimentos doem em mim,
As cicatrizes são as marcas das batalhas
enfrentadas.
Alguns enganos , meus passos , atrasaram.
Os sonhos perdidos esvaziaram o meu peito
Ilusões esmagadas , estilhaçadas,
foram longe, atiradas!
Recolhida , abstraída , me procuro...
Assim que encontrar-me, estarei inteira!
Já não serei uma sobra,
ou inacabada obra!
AMANHÃ
AMANHÃ
Vera Popoff
A noite está tão triste !
Ouço o meu coração gemer
Minha voz foi calada
e sinto a alma pesada, mas
chegará o amanhã...
Amanhã semearei a esperança,
As violetas cintilarão a alegria
do novo dia.
Amanhã eu amassarei o trigo para
modelar o pão do porvir.
Amanhã eu debulharei o grão
e buscarei a bonança e plantarei
a bem- aventurança!
Amanhã, o meu amor regressará e
vai me engolir com seu beijo e
satisfará o meu louco desejo!
Amanhã , trocarei a lágrima
pelo meu riso
E cantarei tão alto, imitando
os trinados dos cantos que voam!
Amanhã, meus sonhos serão grandiosos,
e viverão sob a luz , sem névoas , sem nuvens!
E o bem que se foi , voltará!
Sob os escombros da noite triste,
construirei outro templo de ventura,
onde não viverá rancor ou amargura.
Tirarei o véu que encobre a liberdade de ser
quem , de verdade , sou!
Abrirei os sentidos para os aromas,
haverá tempo de sentir que têm perfumes,
as flores!
Observarei as cores do céu
e o verde que amainará o calor
e a brisa que alisará o meu rosto
e dormirei os cansaços nos seus fortes braços!
Amanhã...
correrei ,
não poderei esperar,
viverei!
Amanhã é o hoje que já chegou e entrou!
Vera Popoff
A noite está tão triste !
Ouço o meu coração gemer
Minha voz foi calada
e sinto a alma pesada, mas
chegará o amanhã...
Amanhã semearei a esperança,
As violetas cintilarão a alegria
do novo dia.
Amanhã eu amassarei o trigo para
modelar o pão do porvir.
Amanhã eu debulharei o grão
e buscarei a bonança e plantarei
a bem- aventurança!
Amanhã, o meu amor regressará e
vai me engolir com seu beijo e
satisfará o meu louco desejo!
Amanhã , trocarei a lágrima
pelo meu riso
E cantarei tão alto, imitando
os trinados dos cantos que voam!
Amanhã, meus sonhos serão grandiosos,
e viverão sob a luz , sem névoas , sem nuvens!
E o bem que se foi , voltará!
Sob os escombros da noite triste,
construirei outro templo de ventura,
onde não viverá rancor ou amargura.
Tirarei o véu que encobre a liberdade de ser
quem , de verdade , sou!
Abrirei os sentidos para os aromas,
haverá tempo de sentir que têm perfumes,
as flores!
Observarei as cores do céu
e o verde que amainará o calor
e a brisa que alisará o meu rosto
e dormirei os cansaços nos seus fortes braços!
Amanhã...
correrei ,
não poderei esperar,
viverei!
Amanhã é o hoje que já chegou e entrou!
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
FICANDO SÓ
FICANDO SÓ
Vera Popoff
Eu fui ficando só...
Depois daquele tempo de barulho e agitação...
Depois daquela hora de transtorno e movimento intenso
De ouvir aquelas vozes e recolher risos estridentes
Depois de viver no meio de tanta gente!
Eu fui ficando só...
Sem sentir pena de mim,
fui plantando aquele meu jardim.
Por entre as alamedas , fui mudando os passos
E na solidão tão grande, ouvi meu coração
Solfejei os seus compassos!
A aurora bem observada, a tarde espreguiçada,
A ausência de compromisso . A noite , pela lua, iluminada!
O grilo e a cigarra
O sabiá , o vento na palmeira
O colibri, a rosa, a esteira e o corpo velho,
que na solidão , tornou-se leve...
O que diziam ser tristeza, virou minha grande alegria
O que contaram ser um sofrimento,
virou na vida, o meu contentamento!
A solidão nada doeu e até minha saudade, ela amorteceu!
De repente , a falta de nada!
Tudo completado e o ciclo da vida
renovado e transformado
suavemente, dentro da solidão!
Sempre com o olhar atento e o livre pensamento.
Sem horário, sem a culpa, sem pedir permissão e
desculpa!
Já não ligo para outra opinião ,
muito menos busco algum perdão!
Um belo dia , percebi a liberdade acesa!
Ah...não hesitei, nela me envolvi , me agasalhei!
Por opção, sou minha única companhia!
O caminho percorrido , sem a volta!
A vida só, foi um presente
A solidão não me faz ausente!
Vera Popoff
Eu fui ficando só...
Depois daquele tempo de barulho e agitação...
Depois daquela hora de transtorno e movimento intenso
De ouvir aquelas vozes e recolher risos estridentes
Depois de viver no meio de tanta gente!
Eu fui ficando só...
Sem sentir pena de mim,
fui plantando aquele meu jardim.
Por entre as alamedas , fui mudando os passos
E na solidão tão grande, ouvi meu coração
Solfejei os seus compassos!
A aurora bem observada, a tarde espreguiçada,
A ausência de compromisso . A noite , pela lua, iluminada!
O grilo e a cigarra
O sabiá , o vento na palmeira
O colibri, a rosa, a esteira e o corpo velho,
que na solidão , tornou-se leve...
O que diziam ser tristeza, virou minha grande alegria
O que contaram ser um sofrimento,
virou na vida, o meu contentamento!
A solidão nada doeu e até minha saudade, ela amorteceu!
De repente , a falta de nada!
Tudo completado e o ciclo da vida
renovado e transformado
suavemente, dentro da solidão!
Sempre com o olhar atento e o livre pensamento.
Sem horário, sem a culpa, sem pedir permissão e
desculpa!
Já não ligo para outra opinião ,
muito menos busco algum perdão!
Um belo dia , percebi a liberdade acesa!
Ah...não hesitei, nela me envolvi , me agasalhei!
Por opção, sou minha única companhia!
O caminho percorrido , sem a volta!
A vida só, foi um presente
A solidão não me faz ausente!
domingo, 14 de fevereiro de 2016
A MELHOR IDADE
A MELHOR IDADE
Vera Popoff
Estou cansada, cansada, cansada!
Ouço dizer que estou na melhor idade
Mas diz justamente o contrário,
a minha carteira de identidade!
Na melhor idade aonde vou buscar a ilusão?
Na melhor idade salta de paixão , o coração?
Na melhor idade tenho a leveza de um passarinho,
ou acaso grito de prazer e me desalinho?
Na melhor idade conservo a silhueta ,
caminho os traçados longos e dou piruetas
de contentamento?
Na melhor idade , nem mais me reconheço
Sou melancolia e sinto mais saudade
Finjo que estou bem e propago
que a alma não envelhece,
que fico remoçada , só com uma prece!
Oh, melhor idade que me dificulta a rima
Fazer um verso, depende da memória,
tantas vezes já perdida, no capítulo já lido
da minha boa história!
A melhor idade é conversa deslavada!
É engano puro, é a energia gasta,
é gente querida , que parte ou se afasta.
Na melhor idade eu falto na festa
pois com limitações , é o que me resta!
O tempo não conta, diz a auto-ajuda!
O que vale é o espírito tão jovem!
Ah, sim...acaso o espírito pula e rebola ,
salta , brinca e dor nenhuma amola??
Traz de volta aquele alguém, para mim?
Corre pela escada, sobe na mangueira e me faz faceira?
Na melhor idade , tenho passos lentos,
caminhadas curtas , dores no joelho
e do médico, só ouço conselhos!
Na melhor idade, a casa está vazia,
a manhã é mais suave, mas é também , mais fria!
As mãos tem gestos delicados,
mas a coordenação está comprometida
e a letra da minha canção...ficou esquecida!
Vera Popoff
Estou cansada, cansada, cansada!
Ouço dizer que estou na melhor idade
Mas diz justamente o contrário,
a minha carteira de identidade!
Na melhor idade aonde vou buscar a ilusão?
Na melhor idade salta de paixão , o coração?
Na melhor idade tenho a leveza de um passarinho,
ou acaso grito de prazer e me desalinho?
Na melhor idade conservo a silhueta ,
caminho os traçados longos e dou piruetas
de contentamento?
Na melhor idade , nem mais me reconheço
Sou melancolia e sinto mais saudade
Finjo que estou bem e propago
que a alma não envelhece,
que fico remoçada , só com uma prece!
Oh, melhor idade que me dificulta a rima
Fazer um verso, depende da memória,
tantas vezes já perdida, no capítulo já lido
da minha boa história!
A melhor idade é conversa deslavada!
É engano puro, é a energia gasta,
é gente querida , que parte ou se afasta.
Na melhor idade eu falto na festa
pois com limitações , é o que me resta!
O tempo não conta, diz a auto-ajuda!
O que vale é o espírito tão jovem!
Ah, sim...acaso o espírito pula e rebola ,
salta , brinca e dor nenhuma amola??
Traz de volta aquele alguém, para mim?
Corre pela escada, sobe na mangueira e me faz faceira?
Na melhor idade , tenho passos lentos,
caminhadas curtas , dores no joelho
e do médico, só ouço conselhos!
Na melhor idade, a casa está vazia,
a manhã é mais suave, mas é também , mais fria!
As mãos tem gestos delicados,
mas a coordenação está comprometida
e a letra da minha canção...ficou esquecida!
O QUE ME IMPORTA?
O QUE ME IMPORTA?
Vera Popoff
O que me importa a humilhação
Do teu gesto sem perdão...
Da tua boca que diz não
Da tua mão em outra mão
Se teu beijo temperou de mel
os lábios meus
Se me arrepiei com teu carinho...um dia
Se perdi os meus sentidos
enroscada no teu corpo.
Vera Popoff
O que me importa a humilhação
Do teu gesto sem perdão...
Da tua boca que diz não
Da tua mão em outra mão
Se teu beijo temperou de mel
os lábios meus
Se me arrepiei com teu carinho...um dia
Se perdi os meus sentidos
enroscada no teu corpo.
Diz agora que nada valeu
Que teu mundo não foi meu
Que tua boca não carrega
o gosto da minha boca.
Diz à outra que jamais me amou
Que não parti teu coração
Que nunca seguraste o meu corpo
em tuas mãos!
Conta como foi a despedida
Que implorei o teu perdão
Que me abandonaste ajoelhada
Naquele chão que teus pés pisaram
Naquela cama desarrumada
onde tanto nos amamos
Naquela louca paixão onde nos confundimos e nos misturamos.
Que teu mundo não foi meu
Que tua boca não carrega
o gosto da minha boca.
Diz à outra que jamais me amou
Que não parti teu coração
Que nunca seguraste o meu corpo
em tuas mãos!
Conta como foi a despedida
Que implorei o teu perdão
Que me abandonaste ajoelhada
Naquele chão que teus pés pisaram
Naquela cama desarrumada
onde tanto nos amamos
Naquela louca paixão onde nos confundimos e nos misturamos.
VOCÊ ME IGNORA
VOCÊ ME IGNORA
Vera Popoff
Hoje, você me ignora!...
O coração que pulsou
lá dentro do seu coração
O corpo que você esculpiu
com paixão!
Os braços que sustentaram
as suas penas e o seu sofrimento
As mãos que aliviaram aquelas
suas dores
Os beijos que afastaram
todos os seus temores!
Hoje, você me ignora!
Orgulhoso , esconde as marcas,
que cravei no seu peito
Nas suas vacilações, que com cuidado,
dei jeito!
O calor que alimentou seus desejos
A cumplicidade que selou seus
desacreditados ensejos
Os carinhos onde você se enroscou
Aquela ternura onde você se aninhou
O jardim da minh'alma onde
o seu sonho floresceu!
Hoje, você me ignora
Esqueceu o sorriso que já
lhe encantou!
A voz que o seu nome , em delírio,
gritou!
A paixão que no seu peito,ardeu
O abraço , que no inverno,
o agasalhou!
Hoje, você me ignora!
Jogou fora o amor que lhe dei
Virou as costas e foi embora
Levando consigo, os pedaços
de mim ,que seu desprezo
destroçou
A alma onde pisou, machucou e
um pouco...matou!
Vera Popoff
Hoje, você me ignora!...
O coração que pulsou
lá dentro do seu coração
O corpo que você esculpiu
com paixão!
Os braços que sustentaram
as suas penas e o seu sofrimento
As mãos que aliviaram aquelas
suas dores
Os beijos que afastaram
todos os seus temores!
Hoje, você me ignora!
Orgulhoso , esconde as marcas,
que cravei no seu peito
Nas suas vacilações, que com cuidado,
dei jeito!
O calor que alimentou seus desejos
A cumplicidade que selou seus
desacreditados ensejos
Os carinhos onde você se enroscou
Aquela ternura onde você se aninhou
O jardim da minh'alma onde
o seu sonho floresceu!
Hoje, você me ignora
Esqueceu o sorriso que já
lhe encantou!
A voz que o seu nome , em delírio,
gritou!
A paixão que no seu peito,ardeu
O abraço , que no inverno,
o agasalhou!
Hoje, você me ignora!
Jogou fora o amor que lhe dei
Virou as costas e foi embora
Levando consigo, os pedaços
de mim ,que seu desprezo
destroçou
A alma onde pisou, machucou e
um pouco...matou!
RECORDANDO
VERA POPOFF
Estou recordando
a noite em que lhe emprestei...
o meu corpo
para que você descansasse
o seu corpo.
Recordo as tardes que ficamos
juntos
E seu olhar navegou no meu olhar
E do gosto do seu beijo que alimentou a minha boca
Recordo das nossas mãos enlaçadas uma na outra...
Das minhas mentirosas esquivanças
ao seu toque amoroso e sutil!
Do meu coração atormentado
a cada despedida e o medo,
que um dia, não voltasse!
Das mágoas todas esquecidas a cada abraço seu
Do amor que eu menina, julgava
fosse pecado, mas que pecava ...pecava...pecava...
Das lágrimas derramadas de emoção
quando você desvendou a mulher , em mim!
Da tua mão deslizando em cada curva
Dos seus olhos suaves, ternos, sedutores
Do seu sorriso perverso ao virar-me do avesso
O seu amor foi o antídoto que me salvou
Mas foi também o veneno que quase me levou!
Foi a canção que me emocionou
mas o silêncio que me apavorou
O seu amor foi a alegria do meu rosto
mas foi o peso carregado no meu dorso!
Foi a flechada que me feriu
Mas foi a magia que me descobriu!
E quando digo que de nada mais me lembro,
é quando mais lembro ,mais praguejo
sobre as lembranças!
Você destruiu em mim , todas as esperanças!
VERA POPOFF
Estou recordando
a noite em que lhe emprestei...
o meu corpo
para que você descansasse
o seu corpo.
Recordo as tardes que ficamos
juntos
E seu olhar navegou no meu olhar
E do gosto do seu beijo que alimentou a minha boca
Recordo das nossas mãos enlaçadas uma na outra...
Das minhas mentirosas esquivanças
ao seu toque amoroso e sutil!
Do meu coração atormentado
a cada despedida e o medo,
que um dia, não voltasse!
Das mágoas todas esquecidas a cada abraço seu
Do amor que eu menina, julgava
fosse pecado, mas que pecava ...pecava...pecava...
Das lágrimas derramadas de emoção
quando você desvendou a mulher , em mim!
Da tua mão deslizando em cada curva
Dos seus olhos suaves, ternos, sedutores
Do seu sorriso perverso ao virar-me do avesso
O seu amor foi o antídoto que me salvou
Mas foi também o veneno que quase me levou!
Foi a canção que me emocionou
mas o silêncio que me apavorou
O seu amor foi a alegria do meu rosto
mas foi o peso carregado no meu dorso!
Foi a flechada que me feriu
Mas foi a magia que me descobriu!
E quando digo que de nada mais me lembro,
é quando mais lembro ,mais praguejo
sobre as lembranças!
Você destruiu em mim , todas as esperanças!
sábado, 13 de fevereiro de 2016
PARA O MEU AMIGO MARINHO
PARA O MEU AMIGO MARINHO
Vera Popoff
Menino Marinho!
O menino Marinho completa setenta anos!
Marinho Filho...do senhor Mário Tenacidade
Marinho Filho...da senhora Maria Esperança
Do amor de Mário e Maria nasceu Marinho
Marinho Obstinação Confiança!
Marinho da lambreta, dos tantos amores,
das ruas de Getulina, dos olhos de céu
Marinho, desconhecedor das limitações e temores!
Forte e doce, corajoso e amigo!
Mais uma vez, fui travada , pelas pernas tolas,
que insistem em me prender!
Mal sabem , que minh'alma aprendeu a voar
E num voo, sem turbulência , cheguei na sua festa!
Bem ali , num cantinho, eu estou lhe abraçando!
Muito perto , tão perto , que sinto o teu amor amigo.
Vera Popoff
Menino Marinho!
O menino Marinho completa setenta anos!
Marinho Filho...do senhor Mário Tenacidade
Marinho Filho...da senhora Maria Esperança
Do amor de Mário e Maria nasceu Marinho
Marinho Obstinação Confiança!
Marinho da lambreta, dos tantos amores,
das ruas de Getulina, dos olhos de céu
Marinho, desconhecedor das limitações e temores!
Forte e doce, corajoso e amigo!
Mais uma vez, fui travada , pelas pernas tolas,
que insistem em me prender!
Mal sabem , que minh'alma aprendeu a voar
E num voo, sem turbulência , cheguei na sua festa!
Bem ali , num cantinho, eu estou lhe abraçando!
Muito perto , tão perto , que sinto o teu amor amigo.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
ESTAVA FÁCIL
ESTAVA FÁCIL
Vera Popoff
Estava fácil!
Eu tinha o chão e os pés
para caminhar, pisar
E preferi as nuvens...voar!
Fui meu sonho de andorinha
Voei...voei... alto demais!
Não fui capaz de voltar!
O universo se apercebeu
daquela euforia da mulher andorinha
e diagnosticou , delírio insano!
Mas encorajou-me e se abriu inteiro!
Fui embrulhada pelos ares,
aconchegada pelas nuvens,
aquecida pelo sol,
banhada pela lua ,
guiada pelas estrelas,
iluminada , voei, abençoada!
Os meus olhos fitaram o azul
Encontrei os atalhos do arco-íris...
De violeta , pintei o pensamento
de amarelo, pintei as asas
das outras cinco cores
enfeitei-me...inteira!
Jamais voltei ao chão e não me lastimo!
Só arrependo-me de não ter subido antes
De não ter tido a coragem
de encarar tão linda viagem!
Do alto deste sonho louco
ganhei toda beleza
virei parte desta Natureza!
Vera Popoff
Estava fácil!
Eu tinha o chão e os pés
para caminhar, pisar
E preferi as nuvens...voar!
Fui meu sonho de andorinha
Voei...voei... alto demais!
Não fui capaz de voltar!
O universo se apercebeu
daquela euforia da mulher andorinha
e diagnosticou , delírio insano!
Mas encorajou-me e se abriu inteiro!
Fui embrulhada pelos ares,
aconchegada pelas nuvens,
aquecida pelo sol,
banhada pela lua ,
guiada pelas estrelas,
iluminada , voei, abençoada!
Os meus olhos fitaram o azul
Encontrei os atalhos do arco-íris...
De violeta , pintei o pensamento
de amarelo, pintei as asas
das outras cinco cores
enfeitei-me...inteira!
Jamais voltei ao chão e não me lastimo!
Só arrependo-me de não ter subido antes
De não ter tido a coragem
de encarar tão linda viagem!
Do alto deste sonho louco
ganhei toda beleza
virei parte desta Natureza!
Eita , coração!
EITA, CORAÇÃO!
Vera Popoff
Eita, coração desarrumado!
Coração de compasso desencontrado!...
Eu te preveni:
-"Cuidado com a saudade!"
Mas decides do teu jeito
e depois...choras o efeito!
Eita, coração emocionado,
de calor, irradiado!
Não foi falta de aviso
-"Fica frio, não te acalores tanto!"
Mas decides pelas paixões
Incendeias e choras sobre as
cinzas das ilusões queimadas!
Eita ,coração esperançado!!
De tanto esperançar
Acabas desesperado pelas
desesperanças!
Entoas a valsa e de tristeza,
não danças!!
Não foi falta de aviso
Não foi desleixo
Não foi ingenuidade
Foi só a insensatez ,
a credulidade!
Foi o desejo ardente
de amar e ser amado,
de pulsar no ritmo frenético
dos amores sem pudores,
loucos, vorazes e aterradores!
Vera Popoff
Eita, coração desarrumado!
Coração de compasso desencontrado!...
Eu te preveni:
-"Cuidado com a saudade!"
Mas decides do teu jeito
e depois...choras o efeito!
Eita, coração emocionado,
de calor, irradiado!
Não foi falta de aviso
-"Fica frio, não te acalores tanto!"
Mas decides pelas paixões
Incendeias e choras sobre as
cinzas das ilusões queimadas!
Eita ,coração esperançado!!
De tanto esperançar
Acabas desesperado pelas
desesperanças!
Entoas a valsa e de tristeza,
não danças!!
Não foi falta de aviso
Não foi desleixo
Não foi ingenuidade
Foi só a insensatez ,
a credulidade!
Foi o desejo ardente
de amar e ser amado,
de pulsar no ritmo frenético
dos amores sem pudores,
loucos, vorazes e aterradores!
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
CAMINHANDO
CAMINHANDO
Vera Popoff
Poderia ter se acomodado,
ter sentido medo e se acovardado,
aberto o guarda-chuva e se protegido
dos pingos que em torrencial, caiam!
Poderia ter querido uma rosa ou margarida, mas
decidiu ter um jardim inteiro...
e regou a vida , que tornou brotar.
Poderia ter calado a voz no cômodo
silêncio,
de ter gaguejado , mas fluiu a fala!
Ter ajuntado cacos, toda roupa rota,
o sapato antigo e mal usado
O paletó pesado e guardado
para o inverno que jamais chegou.
Desnudou-se dos apegos todos
e foi caminhando
Poderia ter protegido a cabeça
com seu chapéu de linho,
mas preferiu a luz espalhada e captada
pelo atrevimento do pensamento.
Poderia ter sorrido com timidez, mas
gargalhou com desfaçatez!
Ter fincado cercas de separação e
desbravou as fronteiras da agregação.
Poderia ter optado pelo glamour
além dos mares,
mas decidiu pelo aberto espaço do seu regaço.
Acendido os lustres de cristais que foram herdados,
mas acendeu a lamparina que aqueceu sua alma.
Ter se perfumado com essências finas
e banhou-se com a água do jasmim!
Poderia ter se acomodado, mas caminhou...
E na caminhada pela estrada pouca,
destituiu-se da hipocrisia louca!
Viu de tudo ,mas desejou tão pouco!
Só os passos sem cadência ,
buscando o aroma da essência
da liberdade com decência!
Vera Popoff
Poderia ter se acomodado,
ter sentido medo e se acovardado,
aberto o guarda-chuva e se protegido
dos pingos que em torrencial, caiam!
Poderia ter querido uma rosa ou margarida, mas
decidiu ter um jardim inteiro...
e regou a vida , que tornou brotar.
Poderia ter calado a voz no cômodo
silêncio,
de ter gaguejado , mas fluiu a fala!
Ter ajuntado cacos, toda roupa rota,
o sapato antigo e mal usado
O paletó pesado e guardado
para o inverno que jamais chegou.
Desnudou-se dos apegos todos
e foi caminhando
Poderia ter protegido a cabeça
com seu chapéu de linho,
mas preferiu a luz espalhada e captada
pelo atrevimento do pensamento.
Poderia ter sorrido com timidez, mas
gargalhou com desfaçatez!
Ter fincado cercas de separação e
desbravou as fronteiras da agregação.
Poderia ter optado pelo glamour
além dos mares,
mas decidiu pelo aberto espaço do seu regaço.
Acendido os lustres de cristais que foram herdados,
mas acendeu a lamparina que aqueceu sua alma.
Ter se perfumado com essências finas
e banhou-se com a água do jasmim!
Poderia ter se acomodado, mas caminhou...
E na caminhada pela estrada pouca,
destituiu-se da hipocrisia louca!
Viu de tudo ,mas desejou tão pouco!
Só os passos sem cadência ,
buscando o aroma da essência
da liberdade com decência!
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
MAIS UM DIA
MAIS UM DIA
Vera Popoff
Foi-me entregue , mais um dia!
Não sei quantos mais, eu viverei...
Hoje , falei com amigos
Olhei além do umbigo
Carreguei um pouco de poesia...comigo!
Lembrei-me d'algumas venturas
Sonhei com outras...
Indaguei a mim mesma
se valeu à pena.
Ah...valeu!
Valeu pelos recados bonitos
Pelas flores ofertadas
Pelas gentilezas que recolhi
Pelo mau-humor que venci!
Pelas lições aprendidas
Pelo impulso controlado
Pelo amor ofertado!
As postagens desagradáveis, debochadas,
aquelas vazias ou chatas, ou raivosas,
ou vingativas, ou cheias de ressentimentos,
nem absorvi, não teimei, até me controlei
Aprendi com ALGUÉM MUITO ESPECIAL,
a contar setenta vezes sete, mas por segurança,
contei setecentas vezes dez!!
Contrariei a contrariedade
Aprendi com a idade
Não me preocupo mais
com arbitrariedades!
Longe de qualquer perfeição
Às vezes perco a mansidão
Coisa de poucos minutos,
Pois é na lucidez
que conservo na alma , a dignidade.
No pensamento , a altivez
No comportamento, a polidez!
Se houver um amanhã,
por certo, será melhor!
Ocupo a noite com boa leitura
Os sonhos, portanto, serão viagens
por mundos inusitados,
por mares ainda não navegados,
por planetas onde reinam ,
a liberdade e a igualdade!!
Vera Popoff
Foi-me entregue , mais um dia!
Não sei quantos mais, eu viverei...
Hoje , falei com amigos
Olhei além do umbigo
Carreguei um pouco de poesia...comigo!
Lembrei-me d'algumas venturas
Sonhei com outras...
Indaguei a mim mesma
se valeu à pena.
Ah...valeu!
Valeu pelos recados bonitos
Pelas flores ofertadas
Pelas gentilezas que recolhi
Pelo mau-humor que venci!
Pelas lições aprendidas
Pelo impulso controlado
Pelo amor ofertado!
As postagens desagradáveis, debochadas,
aquelas vazias ou chatas, ou raivosas,
ou vingativas, ou cheias de ressentimentos,
nem absorvi, não teimei, até me controlei
Aprendi com ALGUÉM MUITO ESPECIAL,
a contar setenta vezes sete, mas por segurança,
contei setecentas vezes dez!!
Contrariei a contrariedade
Aprendi com a idade
Não me preocupo mais
com arbitrariedades!
Longe de qualquer perfeição
Às vezes perco a mansidão
Coisa de poucos minutos,
Pois é na lucidez
que conservo na alma , a dignidade.
No pensamento , a altivez
No comportamento, a polidez!
Se houver um amanhã,
por certo, será melhor!
Ocupo a noite com boa leitura
Os sonhos, portanto, serão viagens
por mundos inusitados,
por mares ainda não navegados,
por planetas onde reinam ,
a liberdade e a igualdade!!
O CARNAVAL PASSOU
O CARNAVAL PASSOU
Vera Popoff
O carnaval passou?
Não vi e nem percebi!
Esperei o carnaval chegar
e esqueci de abrir a janela
adormeci sem sentinela
perdi minha serpentina
não costurei fantasia
e nem bordei o ponto da alegria!
Não faz mal...
Sonhei ...fantasiada de camponesa
A minha paisagem era
a pura visão da beleza
Os confetes eram pétalas
salpicadas pelo chão.
O príncipe tinha um cravo na lapela
Nos meus cabelos, uma flor amarela
Meu bloco passou na alameda das flores
Jamais imaginei uma visão tão bela!
Vera Popoff
O carnaval passou?
Não vi e nem percebi!
Esperei o carnaval chegar
e esqueci de abrir a janela
adormeci sem sentinela
perdi minha serpentina
não costurei fantasia
e nem bordei o ponto da alegria!
Não faz mal...
Sonhei ...fantasiada de camponesa
A minha paisagem era
a pura visão da beleza
Os confetes eram pétalas
salpicadas pelo chão.
O príncipe tinha um cravo na lapela
Nos meus cabelos, uma flor amarela
Meu bloco passou na alameda das flores
Jamais imaginei uma visão tão bela!
MINHAS ALMAS
MINHAS ALMAS
Vera Popoff
Vagam minhas almas por ares diversos
Dez delas, ou mais ,ou menos...
Uma apenas , sei que não!
Sinto tantas delas com energias
se contrapondo, expondo-se por
caminhos estranhos entre si!
Uma mais leve , esvoaçante e solta
Outra tão pesarosa e amarrada em si
mesma!
Mais outra enraizada , apegada, limitada,
e ainda aquela pecaminosamente
apaixonada e volúvel!
A comportada e alimentada de sensatez
N'outra a insensatez desvairada, pendurada
no penhasco das ilusões!
Das tantas almas que tenho
E as tenho , sem preferências !
Tiro-as da caixa do peito, conforme
o humor do dia, a dor que dói ou alivia.
Interferem , na alma em encenação,
os temores desastrosos
as saudades perigosas
os sonhos que me sustentaram
o alcance dos voos
a graça das flores
a intensidade dos meus fervores
a pena padecida
a ira acordada
a suavidade da mansidão
a capacidade ou não do perdão!
Tantas , numa só!!
Mil verdades misturadas
e mentiras desencontradas
Fervilhantes olhos de enxergar
Cegueiras no pensamento
Fantasias desativadas
Escolhas tão enganosas
paixões malucas e duvidosas...
Quando uma alma acorda
as outras adormecem
Enquanto uma se expõe
as outras escondem-se...
esperam o seu momento para
entrarem em ação!
Vera Popoff
Vagam minhas almas por ares diversos
Dez delas, ou mais ,ou menos...
Uma apenas , sei que não!
Sinto tantas delas com energias
se contrapondo, expondo-se por
caminhos estranhos entre si!
Uma mais leve , esvoaçante e solta
Outra tão pesarosa e amarrada em si
mesma!
Mais outra enraizada , apegada, limitada,
e ainda aquela pecaminosamente
apaixonada e volúvel!
A comportada e alimentada de sensatez
N'outra a insensatez desvairada, pendurada
no penhasco das ilusões!
Das tantas almas que tenho
E as tenho , sem preferências !
Tiro-as da caixa do peito, conforme
o humor do dia, a dor que dói ou alivia.
Interferem , na alma em encenação,
os temores desastrosos
as saudades perigosas
os sonhos que me sustentaram
o alcance dos voos
a graça das flores
a intensidade dos meus fervores
a pena padecida
a ira acordada
a suavidade da mansidão
a capacidade ou não do perdão!
Tantas , numa só!!
Mil verdades misturadas
e mentiras desencontradas
Fervilhantes olhos de enxergar
Cegueiras no pensamento
Fantasias desativadas
Escolhas tão enganosas
paixões malucas e duvidosas...
Quando uma alma acorda
as outras adormecem
Enquanto uma se expõe
as outras escondem-se...
esperam o seu momento para
entrarem em ação!
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
JARDINEIRA
JARDINEIRA
Vera Popoff
A boa mão na terra
O suor na testa
A alma em festa
Uma ave liberta e avoada...
Cem poemas decorados
Pensadores consultados
A gramática aplicada
Para virar jardineira?
A terra, a muda , a semente
O coração confirma e consente
-Tu és uma jardineira!!
A página do livro, no mesmo lugar,
esquecida!
Descartado o dicionário,
o substantivo, adjetivo,
verbo transitivo, intransitivo,
Esqueça o acordo ortográfico
Mira o chão, que te basta!
O sol , a sombra, água na proporção
Concentra a tua admiração
no fruto e sua maturação.
Tua asa não irá além da árvore adotada,
ou da flor aveludada, da ternura semeada.
Reges o teu jardim, ó jardineira!
Tu és a maestrina das tuas flores,
das asas que te sobrevoam , dos beija-flores!
O teu romantismo resume-se
nos esmerados botões,
que se abrirão amanhã!
O teu modernismo
é a planta sem modismo.
A terra, a água , o sol,
o clarão na tua pele...o arrebol!
O teu reconhecimento
Não vem dos teus dons literários
nem da tua conta bancária,
mas da flor desabrochada
e do fruto adocicado!
A tua sabedoria é a germinação,
a brotação, a data da floração,
o solo analisado com retidão.
Choverá no teu jardim,
apesar da dúvida da filosofia
O sol reinará sobre o verde,
com ou sem a linguística
Deixa pra quem tem doutorado,
a tese da poesia , da rima ,
da métrica e da versificação
-Jardineira, só precisas , de um simples
coração!
Vera Popoff
A boa mão na terra
O suor na testa
A alma em festa
Uma ave liberta e avoada...
Cem poemas decorados
Pensadores consultados
A gramática aplicada
Para virar jardineira?
A terra, a muda , a semente
O coração confirma e consente
-Tu és uma jardineira!!
A página do livro, no mesmo lugar,
esquecida!
Descartado o dicionário,
o substantivo, adjetivo,
verbo transitivo, intransitivo,
Esqueça o acordo ortográfico
Mira o chão, que te basta!
O sol , a sombra, água na proporção
Concentra a tua admiração
no fruto e sua maturação.
Tua asa não irá além da árvore adotada,
ou da flor aveludada, da ternura semeada.
Reges o teu jardim, ó jardineira!
Tu és a maestrina das tuas flores,
das asas que te sobrevoam , dos beija-flores!
O teu romantismo resume-se
nos esmerados botões,
que se abrirão amanhã!
O teu modernismo
é a planta sem modismo.
A terra, a água , o sol,
o clarão na tua pele...o arrebol!
O teu reconhecimento
Não vem dos teus dons literários
nem da tua conta bancária,
mas da flor desabrochada
e do fruto adocicado!
A tua sabedoria é a germinação,
a brotação, a data da floração,
o solo analisado com retidão.
Choverá no teu jardim,
apesar da dúvida da filosofia
O sol reinará sobre o verde,
com ou sem a linguística
Deixa pra quem tem doutorado,
a tese da poesia , da rima ,
da métrica e da versificação
-Jardineira, só precisas , de um simples
coração!
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
HORA DA VERDADE
HORA DA VERDADE
VERA POPOFF
Chegou o tempo de voltar atrás
Desligar as máquinas...
Ativar as mãos
E mãos-à-obra!!
Voltar para dentro de mim
Libertar-me do comodismo
e do modismo de clicar teclas!
O manuscrito , de novo,
bem caligrafado:
Maiúsculas e minúsculas,
pontos e virgulas, o dicionário
aberto!
Corrijo e escrevo certo,
sem abreviação
com apreciação!
Visto-me da blusa fora de moda
O chinelo macio e os passos...
carregam-me para a solidão
mais gostosa!
Colho no pé, a fruta madura e
saborosa!
Fecho os olhos e revejo
A beleza que já não percebo
A flor que tem nome de beijo
Adiante , volto a perceber o sol!
Agigantou-se!
E minh'alma já tão fria, acalorou-se!
Não necessito de teclas
Preciso de mãos enlaçadas
De ternuras entrelaçadas
Da técnica do abraço apertado
De carinhos expostos, e olhares
enfrentados!
Olho no olho
Boca no riso
Ouvidos à postos
É tudo que gosto!
Acabou-se a conversa fria
A alegria fingida
A superação exibida
A desilusão tingida
Hora da verdade!
O mau-humor pela manhã
O desamor rondando o dia
A paciência esgotada
A esperança cansada!
O trabalho pesado, enjoativo
A tarde enfadonha
O retrato da felicidade bisonha!
Tão bom , ser de verdade...
Não exibir a fotografia
da plenitude jamais sentida,
Da vida , amargamente,
vivida!!
A hora da verdade chegou a tempo
Vou enfrentar meus contratempos!
Desligar as máquinas...
Ativar as mãos
E mãos-à-obra!!
Voltar para dentro de mim
Libertar-me do comodismo
e do modismo de clicar teclas!
O manuscrito , de novo,
bem caligrafado:
Maiúsculas e minúsculas,
pontos e virgulas, o dicionário
aberto!
Corrijo e escrevo certo,
sem abreviação
com apreciação!
Visto-me da blusa fora de moda
O chinelo macio e os passos...
carregam-me para a solidão
mais gostosa!
Colho no pé, a fruta madura e
saborosa!
Fecho os olhos e revejo
A beleza que já não percebo
A flor que tem nome de beijo
Adiante , volto a perceber o sol!
Agigantou-se!
E minh'alma já tão fria, acalorou-se!
Não necessito de teclas
Preciso de mãos enlaçadas
De ternuras entrelaçadas
Da técnica do abraço apertado
De carinhos expostos, e olhares
enfrentados!
Olho no olho
Boca no riso
Ouvidos à postos
É tudo que gosto!
Acabou-se a conversa fria
A alegria fingida
A superação exibida
A desilusão tingida
Hora da verdade!
O mau-humor pela manhã
O desamor rondando o dia
A paciência esgotada
A esperança cansada!
O trabalho pesado, enjoativo
A tarde enfadonha
O retrato da felicidade bisonha!
Tão bom , ser de verdade...
Não exibir a fotografia
da plenitude jamais sentida,
Da vida , amargamente,
vivida!!
A hora da verdade chegou a tempo
Vou enfrentar meus contratempos!
ONDE ESTÁ A MINHA MERENDA??
ONDE ESTÁ A MINHA MERENDA??
Vera Popoff
-Tio Geraldinho, onde está a minha merenda?
-O titio usou a sua merenda para pagar compromissos próprios!
-Tio, podemos bater as panelas vazias da minha escola? Estamos com muita fome!
-Ora , moleque, tome tenência! Só as madames de barriga cheia é que batem as suas panelas de grife!
Vera Popoff
-Tio Geraldinho, onde está a minha merenda?
-O titio usou a sua merenda para pagar compromissos próprios!
-Tio, podemos bater as panelas vazias da minha escola? Estamos com muita fome!
-Ora , moleque, tome tenência! Só as madames de barriga cheia é que batem as suas panelas de grife!
IMAGINÁRIO
IMAGINÁRIO
Vera Popoff
Eu não durmo e a noite avança...
E o imaginário voa e dança...
O inconsciente, um mundo novo,
alcança!
Já nem sei se dormi profundo sono
Ou se fiz uma viagem no sonho.
Sensações desconhecidas
passam pelas estradas desconhecidas
da mente!
Sinto a brisa leve e diferente!
Dou de cara com tempo bom vivido,
que hoje está ausente
São caminhos floridos de goivos
Semblantes desenhados com
suavidade
A matéria já não pesa
A dor, por si só , se desdenhou!
A alma, mediunicamente, flutuou...
Vera Popoff
Eu não durmo e a noite avança...
E o imaginário voa e dança...
O inconsciente, um mundo novo,
alcança!
Já nem sei se dormi profundo sono
Ou se fiz uma viagem no sonho.
Sensações desconhecidas
passam pelas estradas desconhecidas
da mente!
Sinto a brisa leve e diferente!
Dou de cara com tempo bom vivido,
que hoje está ausente
São caminhos floridos de goivos
Semblantes desenhados com
suavidade
A matéria já não pesa
A dor, por si só , se desdenhou!
A alma, mediunicamente, flutuou...
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
SAIR DE CENA
SAIR DE CENA
SAIR DE CENA
Vera Popoff
Sair de cena , às vezes ,
faz parte do teatro da vida!...
O texto da peça enfastiou-me!
O figurino esgarçou-se
A página amarelou
A voz emudeceu.
Vera Popoff
Sair de cena , às vezes ,
faz parte do teatro da vida!...
O texto da peça enfastiou-me!
O figurino esgarçou-se
A página amarelou
A voz emudeceu.
Tempo de cerzimentos,
reflexões e ponderações!
Momento para a solidão;
sabiamente , ela habitará o palco!
Os textos serão reescritos
com a fantasia do manuscrito!
Na reestréia ...a luz estará focada
A roupa bem costurada
A vontade , respeitada
A energia , com retoques mais
carregados!
O palco estará ampliado
No espaço redecorado,
novas óperas cantadas,
novas paixões deflagradas
e chuvas douradas... sobre
inéditas ilusões!
reflexões e ponderações!
Momento para a solidão;
sabiamente , ela habitará o palco!
Os textos serão reescritos
com a fantasia do manuscrito!
Na reestréia ...a luz estará focada
A roupa bem costurada
A vontade , respeitada
A energia , com retoques mais
carregados!
O palco estará ampliado
No espaço redecorado,
novas óperas cantadas,
novas paixões deflagradas
e chuvas douradas... sobre
inéditas ilusões!
Assinar:
Postagens (Atom)