segunda-feira, 7 de março de 2016

AOS QUATRO VENTOS

AOS QUATRO VENTOS

                                                               Vera Popoff
Éolo, o Deus dos ventos, está a postos
Vai decidir se haverá brisa leve...
ou uma tempestade!
Os quatro grandes ventos...aguardam:
Bóreas, o vento norte, frio e violento
prepara-se!!
Quer sair ventando e desarrumando
tudo que já está desarrumado.
Balança as palmeiras
Verga os jacarandás
Destelha a casa do pobre
Despenteia os cabelos do nobre!
Estanca, quando percebe
que ventou com exagero,
e causou destemperança
e varreu a esperança!
Éolo, trouxe-o de volta
sob ordem bem expressa:
-Vento, onde vai com tamanha pressa??
Chama Noto, o vento do sul,
formador das nuvens, encalorado,
venta quente!!
Chega lá das bandas do sol nascente
no solstício do verão!
Vai ventar e dar lugar ao formador das
tempestades:-Euro
que não venta sobre o dinheiro,
mas lava, com forte jato,
as culpas do mundo inteiro!
Chega até, com crueldade!
Causa furor e certa dose de dor!
Como vento que se presa
Passa, estraga, carrega, mas é
ligeiro e passageiro!
Terminando o tempo da ventania
Éolo, o Deus dos ventos, se arrepia!
Não quer terminar o dia
como um exterminador
Esquece qualquer demência
E dá fim a tanta sofrência!
-Zéfiro, chega do oeste!! Determina!
E chega o vento suave,
modesto, calmo, agradável!
E assim entra o ocaso...
carregado de harmonia,
trazendo a paz, a alegria
e um bocadinho de nostalgia!
Coloca cada coisa
no seu devido lugar.
A história é retomada
no tempo dos ventos...menores!
-Olhem, a beleza, de volta
nos arredores


 

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