Vera Popoff
Eu estou tão triste, triste, triste
Muito triste, triste, triste...
triste.
Sou toda pranto.
Pranto jorrado, pranto contido,
pranto expelido e
pranto pelos sonhos jogados fora e
perdidos.
Prantos expostos , prantos escondidos
num lugar de mim que costumo chamar
de alma.
Ilusões bonitas ficaram impalpáveis
Sorrisos escorregaram, caíram da boca
foram pisados e esmagados
E fiquei triste, triste, triste e muito
triste.
Já não faço esforço para fingir alegria
Entrego-me à tristeza
As folhas das árvores percebem
tanta e toda tristeza, mas
nem me consolam.
Então eu escrevo
Repito a palavra ...triste!
Triste, triste, triste, triste.
Quem sabe, exorcizo a minha tristeza
Nem mesmo a Aparecida amiga, mãe,
protetora, acolhedora consegue limpar
tanta tristeza.
Amanhece, cai a tarde, anoitece
e permaneço triste!
A palavra esperança é só uma palavra
que rima com lembrança, bonança,
liderança, destemperança, desesperança.
Espero o vento do norte, do sul,
Percorro alguns traços, olho o horizonte azul
Nada me faz desejar ou sonhar, ou me aventurar
Estanquei na tristeza e sinto-me a cada dia e hora
mais triste.
Triste, triste, triste...
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