sábado, 26 de agosto de 2017

DESVALIDA

DESVALIDA
                      Vera Popoff

Quando a agonia e a tensão se juntam
Quando um quase desespero e a sofreguidão
            estão à flor da pele
O coração esmaga-se...quase me mata!

Sema as gotas que aliviam dores
Sem remédio e sem alívio, regurgito
            a desesperança.
E num trança, trança de paixões feridas
A quem recorro?
Se nada enxergo e n'onde piso
não há socorro.

O pranto prendido, escondido e inibido,
       à alma, pesa!
Não me contenho e lanço-me ao precipício
   das amarguras, contra a corrente.
O subconsciente sabe além,  da minha frente
O mal está por perto, já "arrodeia".

Meu corpo é desvalido, tão fraco e frouxo
O sentido atina e já lastima
Não há como conter a má corrente
A premonição presente, não me desmente!

Fraquejo e tombo.
Nem mesmo aquela flor tão bem cuidada,
               resiste.
Cai murcha, desolada,  e  no chão duro
                   jaz pisada...


                  

      

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