DESVALIDA
Vera Popoff
Quando a agonia e a tensão se juntam
Quando um quase desespero e a sofreguidão
estão à flor da pele
O coração esmaga-se...quase me mata!
Sema as gotas que aliviam dores
Sem remédio e sem alívio, regurgito
a desesperança.
E num trança, trança de paixões feridas
A quem recorro?
Se nada enxergo e n'onde piso
não há socorro.
O pranto prendido, escondido e inibido,
à alma, pesa!
Não me contenho e lanço-me ao precipício
das amarguras, contra a corrente.
O subconsciente sabe além, da minha frente
O mal está por perto, já "arrodeia".
Meu corpo é desvalido, tão fraco e frouxo
O sentido atina e já lastima
Não há como conter a má corrente
A premonição presente, não me desmente!
Fraquejo e tombo.
Nem mesmo aquela flor tão bem cuidada,
resiste.
Cai murcha, desolada, e no chão duro
jaz pisada...
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