Lá pelos anos oitenta
presentearam-me com um papelzinho
dobradinho e redobrado como se fora
uma arte de origami.
Na frente, um manuscrito,
bem escrito: CELOSIA CRISTATA!
Deus meu! Será a semente d'um raro diamante
ou de um pé de cristal?
Semeei. Esperei. Não cansei.
Não costumo cansar-me com plantas,
com sementes, com galhos!
Brotou! E brotou e brotou...
Uma a uma brotando, vivendo, desnudando
o mistério!
Replantei, constatei :CRISTA DE GALO!!!.
Tanta complicação com a DONA CELOSIA CRISTATA!
Crista de galo! Flor tecida no veludo,
torcida , retorcida, mimosa , exuberante,
vaidosa e caprichosa!
Firmamos uma distinta parceria.
Desde então, eu a cultivo e ela me motiva!
Dona Celosia Cristata, vulgo, Crista de Galo,
aparece, enternece, enrubesce, despede-se!
Junto as centenas de sementinhas ,
guardo bem guardadinhas em origamis
singelos, sem arte, mas com a certeza
da renascida beleza!
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