ONDE ESTÁ A POESIA?
Vera Popoff
Alguém já reclama:
-Onde está a poesia?
Poie é, que dureza!
Matei a inteligência
Peguei no pesado,
mas não sou renegada
Apenas , um tanto atrapalhada!
O rastelo na mão
a caneta sem tempo
espera ansiosa , a criação!
A semente que germina
geme , quer chão!
O galho balança
minha alma o alcança
pega carona e sacode
no ar!
Alguém já reclama
-Onde está a poesia?
A poesia descansa,
o verso solitário espera
o tempo de poetar!
O lírio inocente
exige cuidado urgente!
O sol posto queima meu rosto
Na sombra da minha mangueira
descanso encostada
Vislumbro o fruto que amarela
no pé!
Alguém reclama:
-Onde está a poesia?
A poesia espera o seu tempo
Amadurece no meu coração
Qualquer hora, palpita, se agita,
busca o riso, o pranto , a paixão
Os versos , então, cairão como os frutos maduros,
ao chão!
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
CONVITE
CONVITE
Vera Popoff
Agora eu lhe faço um convite
Porque sonhos duram tão pouco
ilusões vão embora num instante
São leves e breves viandantes!
Meu convite é inusitado, porém
feito de coração
Vai mexer com seu dia e a sua emoção!
Vamos ter fé , vamos crer?
Crença na vida alonga a existência
livra a cabeça de toda demência
Liberta o medo, atrai a manhã louçã
A beleza é tanta , que a alma canta!
Descuidada e inocente, viva como criança
Põe o seu coração num balanço
que os anjos a rodearão
enviados dos céus, a protegerão!
Vera Popoff
Agora eu lhe faço um convite
Porque sonhos duram tão pouco
ilusões vão embora num instante
São leves e breves viandantes!
Meu convite é inusitado, porém
feito de coração
Vai mexer com seu dia e a sua emoção!
Vamos ter fé , vamos crer?
Crença na vida alonga a existência
livra a cabeça de toda demência
Liberta o medo, atrai a manhã louçã
A beleza é tanta , que a alma canta!
Descuidada e inocente, viva como criança
Põe o seu coração num balanço
que os anjos a rodearão
enviados dos céus, a protegerão!
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
CORAÇÃO MADRUGADOR
CORAÇÃO MADRUGADOR
Vera Popoff
Meu coração madrugador, madruga!
Vai guardar a lua e apagar as estrelas.
Vai abrir a porta e receber a aurora
Vai enxugar o sereno!
Vai acender o sol e colocá-lo a brilhar.
Meu coração madrugador, madruga!
Vai despertar o galo
Vai perguntar ao galo:
-O galo não quer cantar?
Vai avisar ao tempo que já é tempo
Não pode perder mais tempo!
Meu coração madrugador, madruga!
Vai azular o céu e clarear a manhã!
Vai acordar passarinhos:
-É hora de gorjear!
Vai dizer ao jasmineiro:
-Corre espalhar seu perfume no ar!
Meu coração madrugador, madruga!
Vai tocar o sino queixoso
anunciando a alvorada!
Vai procurar outro livro,
o livro que está aberto,
é livro lido e relido!
Meu coração madrugador, madruga!
Vai buscar a esperança,
o dia será de esperar!
Vai recolher as lembranças,
o dia será de lembrar!
Vai traduzir o amor,
o dia será de amar!
Meu coração madrugador, madruga!
Vai cismar que madrugou e a tristeza murchou,
a desventura acabou e a lágrima secou!
Vai acender o fogo e queimar a sua angústia,
coar o primeiro café e encher o peito de fé!
Vera Popoff
Meu coração madrugador, madruga!
Vai guardar a lua e apagar as estrelas.
Vai abrir a porta e receber a aurora
Vai enxugar o sereno!
Vai acender o sol e colocá-lo a brilhar.
Meu coração madrugador, madruga!
Vai despertar o galo
Vai perguntar ao galo:
-O galo não quer cantar?
Vai avisar ao tempo que já é tempo
Não pode perder mais tempo!
Meu coração madrugador, madruga!
Vai azular o céu e clarear a manhã!
Vai acordar passarinhos:
-É hora de gorjear!
Vai dizer ao jasmineiro:
-Corre espalhar seu perfume no ar!
Meu coração madrugador, madruga!
Vai tocar o sino queixoso
anunciando a alvorada!
Vai procurar outro livro,
o livro que está aberto,
é livro lido e relido!
Meu coração madrugador, madruga!
Vai buscar a esperança,
o dia será de esperar!
Vai recolher as lembranças,
o dia será de lembrar!
Vai traduzir o amor,
o dia será de amar!
Meu coração madrugador, madruga!
Vai cismar que madrugou e a tristeza murchou,
a desventura acabou e a lágrima secou!
Vai acender o fogo e queimar a sua angústia,
coar o primeiro café e encher o peito de fé!
A SALA CINCO POR TRÊS
SALA CINCO POR TRÊS
(Vera Popoff) Aquela pequena sala, que mede cinco por três, abriga sonetos, canções! Lá dentro convivem, entre si, ... um tanto de lirismo e graça, outro tanto de realismo e desgraça! De nostalgia, pintei as paredes. De sentimentos, teci as redes! Da lágrima, reguei o vaso. De soluços, enchi as gavetas. De saudade, teci as cortinas! Num dia, a penumbra da desilusão! N'outro, a luz da ilusão! No palco da sala que mede cinco por três, visto os meus figurinos: -a veste da dor e do amor, -do riso e do pranto, -da agonia ou da alegria, -da porfia ou da paz! -da maldição ou da prece! Ora, me deleito languente! Ora, escrevo tristemente! Ou falo só a verdade, Ou juro com falsidade! É assim que brotam meus versos, na sala cinco por três! |
terça-feira, 22 de setembro de 2015
A PRIMAVERA ESTÁ
" O inverno cobre minha cabeça, mas uma eterna primavera vive em meu coração."(Victor Hugo)
A PRIMAVERA ESTÁ
Vera Popoff
O tema mais doce e perfumado
A teimosia verde e rosa desafiando
todas as durezas
O frescor na face , o encanto no olhar,
Na pele, a tentação da beleza e a falta de pudor!
Foi promulgada a lei do amor!
A primavera já está na minha vida
A facilidade da rima,
A ave que seu canto, afina
A aurora que tanto fascina
Minha face roçada pela pétala da rosa
Meu olho enverdecido num campo
salpicado de lírios
A visitação da borboleta formosa!
Fascinação! As árvores fardaram-se
de verde oliva
A vida matizada já não vê a flor estiolada
Eu caminho lado a lado com aquele vento ameno!
Delineio a paisagem na moldura da janela
Degusto os azuis e violetas e
escolho a flor mais bela
A dama d’uma noite provoca aqui,
O perfume d’um jasmim seduz alí!
Sou contente, conquistei tantos amores!
Meu coração é doce riso de esperança
Pulsa, vibra e o alto céu alcança!
e o meu momento!
Entre os espinhos aprendi a caminhar
esquivando-me, desviando -me
de incuráveis ferimentos!
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
O GRANDE ENGANO
O GRANDE ENGANO
Vera Popoff
O derradeiro arrependimento
Chegou sem data de vencimento.
Não adianta , a decisão foi tomada
Não foi decisão acertada
Deus , como foi equivocada!
Sinceramente, a mais desastrada!
Mas o que está feito, está feito!
Não vejo solução ou jeito.
Se houvesse conserto, seria consertada
Se eu enxergasse um arranjo,
seria arranjada
Se eu avistasse uma luz, seria
a escuridão, iluminada!
Se eu tivesse um imenso poder,
riscaria o dia vivido
Meu coração não teria parido
tal engano!
Desfraldaria toda a coragem
e voltaria atrás. Andaria de fasto,
pisaria sem dó o momento infausto!
Arrancaria do peito aquela dor,
aquele gemido repetido
aquele mal entendido!
Oh, escolha, pela sina , imposta!
E eu, tremendo fraqueza,
tornei permitida!
De nada serviu-me o livre-arbítrio
Se na encruzilhada mais escura
não avistei estrela augusta.
Um dia que seria inspirado e ditoso
Virou dia amargurado e custoso!
No quarto do padecimento
tranco-me e vivo o tormento!
Busco um ermo retiro
Solto, quando quero, todos os suspiros!
De Deus, já não espero a graça
que tal engano se desfaça!
Vera Popoff
O derradeiro arrependimento
Chegou sem data de vencimento.
Não adianta , a decisão foi tomada
Não foi decisão acertada
Deus , como foi equivocada!
Sinceramente, a mais desastrada!
Mas o que está feito, está feito!
Não vejo solução ou jeito.
Se houvesse conserto, seria consertada
Se eu enxergasse um arranjo,
seria arranjada
Se eu avistasse uma luz, seria
a escuridão, iluminada!
Se eu tivesse um imenso poder,
riscaria o dia vivido
Meu coração não teria parido
tal engano!
Desfraldaria toda a coragem
e voltaria atrás. Andaria de fasto,
pisaria sem dó o momento infausto!
Arrancaria do peito aquela dor,
aquele gemido repetido
aquele mal entendido!
Oh, escolha, pela sina , imposta!
E eu, tremendo fraqueza,
tornei permitida!
De nada serviu-me o livre-arbítrio
Se na encruzilhada mais escura
não avistei estrela augusta.
Um dia que seria inspirado e ditoso
Virou dia amargurado e custoso!
No quarto do padecimento
tranco-me e vivo o tormento!
Busco um ermo retiro
Solto, quando quero, todos os suspiros!
De Deus, já não espero a graça
que tal engano se desfaça!
sábado, 19 de setembro de 2015
CONSTATAÇÃO
CONSTATAÇAO
VERA POPOFF
Como a corrente leva as águas do rio
O sisudo tempo leva o que já fomos
Ainda que queiramos... já não somos
os mesmos!
Fendas abriram-se no peito
Cansaços abrigaram-se na alma
Dores são carregadas nas costas, pernas ,
músculos e a cruz pesa...pesa..pesa...
Por sorte, e apenas por causa dela
O campo dos sonhos ainda esverdeia
na primavera.
Por teimosia, e só por causa dela
recomeçamos, bem machucados, mas
nos resta ainda... a vida!
Por amor , e só por causa dele
Fingimos alegria e de tanto mentir,
acreditamos nas mentiras e...sorrimos!
VERA POPOFF
Como a corrente leva as águas do rio
O sisudo tempo leva o que já fomos
Ainda que queiramos... já não somos
os mesmos!
Fendas abriram-se no peito
Cansaços abrigaram-se na alma
Dores são carregadas nas costas, pernas ,
músculos e a cruz pesa...pesa..pesa...
Por sorte, e apenas por causa dela
O campo dos sonhos ainda esverdeia
na primavera.
Por teimosia, e só por causa dela
recomeçamos, bem machucados, mas
nos resta ainda... a vida!
Por amor , e só por causa dele
Fingimos alegria e de tanto mentir,
acreditamos nas mentiras e...sorrimos!
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
SEM HORA MARCADA
SEM HORA MARCADA
(Vera Popoff)
Ontem ,hoje, amanhã ou depois de amanhã,
Que importam datas reguladas e confirmadas?
Do relógio, arranquei os ponteiros.
Vivo o tempo assim...de momento
Ontem foi vivido, não voltará, foi levado.
Nem sei se alcançou o finito , quanto mais
o infinito!
Amanhã é dia de esperar...
Não vou arriscar-me numa espera incerta
Quem me garantirá sentidos sensíveis,
o porvir desejado, o sonho realizado?
Amanheço e faço na alma ,uma vistoria.
A poeira é retirada, as sombras... abrilhantadas!
Aguço a imaginação, visto a roupa de brincar
O dia é tão criança! Tem ainda a inocência
do amanhecer. Não foi maculado,
ainda não carrega o peso do pecado.
Enquanto sou menina , vou vivê-lo
e gastar minhas peraltices
Saio da escuridão, corro, alcanço o luzimento!
Deixo a brisa fresca me afagar
Assisto a semente germinar ,
viro galho acolhedor de passarinho.
O peito enchido de todas as vontades
O fruto doce experimentado
Todo amargor, adoçado!
O relógio sem ponteiro
A vida, um respiro certeiro
Quem precisa do relojoeiro?
Nada cronometrado
O som do coração, desenfreado.
A primeira regra é viver
A segunda regra é viver
A terceira regra é viver!
(Vera Popoff)
Ontem ,hoje, amanhã ou depois de amanhã,
Que importam datas reguladas e confirmadas?
Do relógio, arranquei os ponteiros.
Vivo o tempo assim...de momento
Ontem foi vivido, não voltará, foi levado.
Nem sei se alcançou o finito , quanto mais
o infinito!
Amanhã é dia de esperar...
Não vou arriscar-me numa espera incerta
Quem me garantirá sentidos sensíveis,
o porvir desejado, o sonho realizado?
Amanheço e faço na alma ,uma vistoria.
A poeira é retirada, as sombras... abrilhantadas!
Aguço a imaginação, visto a roupa de brincar
O dia é tão criança! Tem ainda a inocência
do amanhecer. Não foi maculado,
ainda não carrega o peso do pecado.
Enquanto sou menina , vou vivê-lo
e gastar minhas peraltices
Saio da escuridão, corro, alcanço o luzimento!
Deixo a brisa fresca me afagar
Assisto a semente germinar ,
viro galho acolhedor de passarinho.
O peito enchido de todas as vontades
O fruto doce experimentado
Todo amargor, adoçado!
O relógio sem ponteiro
A vida, um respiro certeiro
Quem precisa do relojoeiro?
Nada cronometrado
O som do coração, desenfreado.
A primeira regra é viver
A segunda regra é viver
A terceira regra é viver!
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
ESTENDIDA
ESTENDIDA
Vera Popoff
AH...alma estendida no verde da terra!
A minha vida é uma coroa de espinhos, de flores
Vida que pisou sobre tantas pedras
Lutou contra as tempestades
Venceu ventanias , iluminou-se sob a luz
dos raios mandados do céu!
Meus prantos foram enxugados
Havia sempre aquela mão para secá-los
E mesmo chorando , o coração
A boca se ria das tantas paixões!
Quando a morte bateu na porta
Tranquei o cadeado , ri também da morte
Eis-me, inteira, cicatrizada, viva, aqui!
Tanta exaustão acumulada!
Os cansaços, todos reciclados
Por nunca ter sido indiferente
Recomeço a cada manhã...completamente!
Vera Popoff
AH...alma estendida no verde da terra!
A minha vida é uma coroa de espinhos, de flores
Vida que pisou sobre tantas pedras
Lutou contra as tempestades
Venceu ventanias , iluminou-se sob a luz
dos raios mandados do céu!
Meus prantos foram enxugados
Havia sempre aquela mão para secá-los
E mesmo chorando , o coração
A boca se ria das tantas paixões!
Quando a morte bateu na porta
Tranquei o cadeado , ri também da morte
Eis-me, inteira, cicatrizada, viva, aqui!
Tanta exaustão acumulada!
Os cansaços, todos reciclados
Por nunca ter sido indiferente
Recomeço a cada manhã...completamente!
TERRA À VISTA!
TERRA À VISTA!
Vera Popoff
Brasileiros! Somos todos brasileiros!
Brasileiros nascidos e acolhidos
Brasileiros recebidos, filhos, netos de imigrantes,
refugiados esgotados, chegados do Velho Mundo,
Ásia, Oriente, Ocidente, todos os lugares!
Brasil sempre foi porto de chegada,
Brasileiros são amáveis e receptivos!
É nossa marca, é nosso dom, é nosso tom, é nosso som!
Sempre foi assim!
É assim!
Que seja sempre assim!
Nosso povo foi talhado na miscigenação,
Loiros , ruivos, negros, brancos, mas
todos com o mesmo sangue vermelho vibrante
no coração!
Misturados, juntos no trabalho ,pela grandeza da Pátria Brasil!
Numa viagem a vapor , navega o tronco da árvore!
Árvore Girotto, vergada nas ventanias da Velha Itália
Embarca no sonho de novas esperanças, novo tempo
O que o espera no novo clima, novo chão, novo céu?
Na busca pelo país livre , inocente , desliza o coração carente!
Carrega na bagagem uma imensa fadiga, uma desilusão , a dor da partida!
Olhos atentos aos céus que se modificam a cada avanço nas ondas do mar.
Mal sabem a beleza que os espera
As amoreiras, mangueiras , jaqueiras e goiabeiras,
pendendo seus frutos , dividindo-os com todos que chegam
com a boca seca, o corpo curvado , o pranto rolado!
O cardápio oferecido, corações à brasileira!
Trazendo no peito o orgulho da terra onde nasceu
Já vão longe o Porto de Gênova, Treviso, LA MIA ITÁLIA!
As nuvens são calmas, mas a ansiedade não se acalma.
A vista da Nova Terra pespontada dos raios do sol
Iluminam-se as almas viajantes...
Interminável tempo...
Interminável viagem...
Interminável ansiedade
Interminável busca...
Interminável angústia...
Interminável cansaço carregado nas costas
Terra à vista! Salve ! Salve!
A límpida maravilha da vida a recomeçar
Oprimido pela incerteza, talvez nem enxergue de pronto, a beleza!
Que infinito! Que azul! Que calor !
Já arde no peito, antes com medo e sem jeito,
a gana , a vontade do recomeço!
A imensidão desta Pátria inaugura uma nova visão!
Outra manhã abençoada, outra ilusão flutuada!
O céu furta-cor já abriga os corações que desembarcam
Desembarcam dores, saudades, sonhos e a vontade de amar
novos amores!
"Desenha-se no tronco forte e firme da árvore da vida...GIROTTO,
um coração! Dentro dele, dois nomes escritos,
testemunhados . reconhecidos por Deus: HENRIQUE E ZULMIRA!"
E assim ...nasceu Maria!
Eis o recomeço!
A realidade já não era tão dura e tão fria!
A esperança já não era simples fantasia.
As mais belas contradições nasciam com muitas Marias!
"Tantos galhos multiplicados , crescidos e florescidos!
Um, dois , três ...dez! Juntos numa saga de pujança, determinação,
trabalho, bom combate, dignidade, honradez e um bem-querer rico
de esperança!
Tantos novos ramos na Bela ÁRVORE FRUTIFICADA ,
abençoada, iluminada pelo Criador! Hoje , as sementes ainda germinam...
alçadas em terra fecunda e produtiva: netos, bisnetos,
tataranetos, italianos/brasileiros ,que misturando as duas Pátrias,
com costumes arraigados, outros, assimilados, escreveram uma história!
História de coragem, determinação e obstinação!
Hoje, num 10 de outubro de 2015, marcamos nossa saga com um encontro
de afetos, de lembranças , de carinho, de rememorações, alegrias!
Que nossa história seja perpetuada1 Que esta data se transforme num outro
capítulo do LIVRO GIROTTO!
Que a ÁRVORE enraizada continue verdejante e bela!
É nosso compromisso cuidar para que a sua fronde continue abrigando
novos filhos, novos frutos . O renascimento continuado e abençoado
por este céu que nos cobre!"
O coração já é um campo verde, aplainado,
chão fecundo, calmaria , trabalho, mãos fazedoras
da vida!
Basta a coragem trazida de LA MIA ITÁLIA
Basta a vida pulsando no peito
Basta a vontade de respirar
Basta a beleza do novo lugar!
Estes agora, são os meus rios
Vê, este agora é o meu céu!
O chão pisado é o meu conforto
é o meu porto
A minha saudade esverdeou, virou esperança!
Meu pai, minha mãe, meus irmãos,
Minhas Pátrias amadas , idolatradas,
Salve a Itália! Salve o Brasil!
Vera Popoff
Brasileiros! Somos todos brasileiros!
Brasileiros nascidos e acolhidos
Brasileiros recebidos, filhos, netos de imigrantes,
refugiados esgotados, chegados do Velho Mundo,
Ásia, Oriente, Ocidente, todos os lugares!
Brasil sempre foi porto de chegada,
Brasileiros são amáveis e receptivos!
É nossa marca, é nosso dom, é nosso tom, é nosso som!
Sempre foi assim!
É assim!
Que seja sempre assim!
Nosso povo foi talhado na miscigenação,
Loiros , ruivos, negros, brancos, mas
todos com o mesmo sangue vermelho vibrante
no coração!
Misturados, juntos no trabalho ,pela grandeza da Pátria Brasil!
Numa viagem a vapor , navega o tronco da árvore!
Árvore Girotto, vergada nas ventanias da Velha Itália
Embarca no sonho de novas esperanças, novo tempo
O que o espera no novo clima, novo chão, novo céu?
Na busca pelo país livre , inocente , desliza o coração carente!
Carrega na bagagem uma imensa fadiga, uma desilusão , a dor da partida!
Olhos atentos aos céus que se modificam a cada avanço nas ondas do mar.
Mal sabem a beleza que os espera
As amoreiras, mangueiras , jaqueiras e goiabeiras,
pendendo seus frutos , dividindo-os com todos que chegam
com a boca seca, o corpo curvado , o pranto rolado!
O cardápio oferecido, corações à brasileira!
Trazendo no peito o orgulho da terra onde nasceu
Já vão longe o Porto de Gênova, Treviso, LA MIA ITÁLIA!
As nuvens são calmas, mas a ansiedade não se acalma.
A vista da Nova Terra pespontada dos raios do sol
Iluminam-se as almas viajantes...
Interminável tempo...
Interminável viagem...
Interminável ansiedade
Interminável busca...
Interminável angústia...
Interminável cansaço carregado nas costas
Terra à vista! Salve ! Salve!
A límpida maravilha da vida a recomeçar
Oprimido pela incerteza, talvez nem enxergue de pronto, a beleza!
Que infinito! Que azul! Que calor !
Já arde no peito, antes com medo e sem jeito,
a gana , a vontade do recomeço!
A imensidão desta Pátria inaugura uma nova visão!
Outra manhã abençoada, outra ilusão flutuada!
O céu furta-cor já abriga os corações que desembarcam
Desembarcam dores, saudades, sonhos e a vontade de amar
novos amores!
"Desenha-se no tronco forte e firme da árvore da vida...GIROTTO,
um coração! Dentro dele, dois nomes escritos,
testemunhados . reconhecidos por Deus: HENRIQUE E ZULMIRA!"
E assim ...nasceu Maria!
Eis o recomeço!
A realidade já não era tão dura e tão fria!
A esperança já não era simples fantasia.
As mais belas contradições nasciam com muitas Marias!
"Tantos galhos multiplicados , crescidos e florescidos!
Um, dois , três ...dez! Juntos numa saga de pujança, determinação,
trabalho, bom combate, dignidade, honradez e um bem-querer rico
de esperança!
Tantos novos ramos na Bela ÁRVORE FRUTIFICADA ,
abençoada, iluminada pelo Criador! Hoje , as sementes ainda germinam...
alçadas em terra fecunda e produtiva: netos, bisnetos,
tataranetos, italianos/brasileiros ,que misturando as duas Pátrias,
com costumes arraigados, outros, assimilados, escreveram uma história!
História de coragem, determinação e obstinação!
Hoje, num 10 de outubro de 2015, marcamos nossa saga com um encontro
de afetos, de lembranças , de carinho, de rememorações, alegrias!
Que nossa história seja perpetuada1 Que esta data se transforme num outro
capítulo do LIVRO GIROTTO!
Que a ÁRVORE enraizada continue verdejante e bela!
É nosso compromisso cuidar para que a sua fronde continue abrigando
novos filhos, novos frutos . O renascimento continuado e abençoado
por este céu que nos cobre!"
O coração já é um campo verde, aplainado,
chão fecundo, calmaria , trabalho, mãos fazedoras
da vida!
Basta a coragem trazida de LA MIA ITÁLIA
Basta a vida pulsando no peito
Basta a vontade de respirar
Basta a beleza do novo lugar!
Estes agora, são os meus rios
Vê, este agora é o meu céu!
O chão pisado é o meu conforto
é o meu porto
A minha saudade esverdeou, virou esperança!
Meu pai, minha mãe, meus irmãos,
Minhas Pátrias amadas , idolatradas,
Salve a Itália! Salve o Brasil!
terça-feira, 15 de setembro de 2015
MUDAM-SE OS TEMPOS
MUDAM-SE OS TEMPOS
Vera Popoff
Mudam-se os tempos
Mudam-se os ensejos
Mudam-se os desejos
Mudam-se as esperanças
Mudam-se as lembranças
Mudam-se as paisagens
Mudam-se os amores
Mudam-se nossos fervores
Mudam-se os ninhos
Mudam-se os caminhos
Mudam-se as saudades
Mudam-se os olhares
Mudam-se as confianças
Mudam-se os lugares
Mudam-se as perspectivas
Mudam-se as mágoas
Mudam-se as dores
Mudam-se as flores
Mudam-se os chãos pisados
Mudam-se os cantos
Mudam-se os encantos
Mudam-se os medos
Mudam-se os segredos
Mudam-se até as belezas
Mudam-se as certezas
Mudam-se os motivos
Mudam-se as tristezas
Mudam-se os aromas
Mudam-se os nossos sonhos
Mudam-se as queixas
Mudam-se as deixas
Mudam-se as ansiedades
Fico me perguntando:
-Afligir-se por quê?
Se o que foi ontem já não é
E o tempo será outro...amanhã??
Vera Popoff
Mudam-se os tempos
Mudam-se os ensejos
Mudam-se os desejos
Mudam-se as esperanças
Mudam-se as lembranças
Mudam-se as paisagens
Mudam-se os amores
Mudam-se nossos fervores
Mudam-se os ninhos
Mudam-se os caminhos
Mudam-se as saudades
Mudam-se os olhares
Mudam-se as confianças
Mudam-se os lugares
Mudam-se as perspectivas
Mudam-se as mágoas
Mudam-se as dores
Mudam-se as flores
Mudam-se os chãos pisados
Mudam-se os cantos
Mudam-se os encantos
Mudam-se os medos
Mudam-se os segredos
Mudam-se até as belezas
Mudam-se as certezas
Mudam-se os motivos
Mudam-se as tristezas
Mudam-se os aromas
Mudam-se os nossos sonhos
Mudam-se as queixas
Mudam-se as deixas
Mudam-se as ansiedades
Fico me perguntando:
-Afligir-se por quê?
Se o que foi ontem já não é
E o tempo será outro...amanhã??
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
A PAISAGEM VISTA DA PORTA
A PAISAGEM VISTA DA PORTA
Vera Popoff
Gosto da paisagem vista da porta
Eu a enxergo singela, bela!
Nada mais me importa
quando vejo a pintura através da porta.
Na mesa , o trabalho espera...
São riscos, moldes, rabiscos,
panos, fitinhas , rendinhas,
laçarotes e fricotes.
Deixo a tarefa esperando e
e saio num voo, esperançando!
Num tapete feito de linhas de sonho,
contemplo... a paisagem vista da porta.
Estou livre! A beleza se acrescenta
Mais beleza ainda , minh'alma , inventa!
As cores na mesa
As cores depois da porta
As cores do dia e da hora
As cores do arco-íris
As cores do passarinho
As cores do meu ninho
As cores do alto do céu
As cores da fecunda terra
As cores das flores
As cores na parede e na rede
As cores de todos os verdes
As cores da alegria, da esperança!
As cores da minha vida...
Vera Popoff
Gosto da paisagem vista da porta
Eu a enxergo singela, bela!
Nada mais me importa
quando vejo a pintura através da porta.
Na mesa , o trabalho espera...
São riscos, moldes, rabiscos,
panos, fitinhas , rendinhas,
laçarotes e fricotes.
Deixo a tarefa esperando e
e saio num voo, esperançando!
Num tapete feito de linhas de sonho,
contemplo... a paisagem vista da porta.
Estou livre! A beleza se acrescenta
Mais beleza ainda , minh'alma , inventa!
As cores na mesa
As cores depois da porta
As cores do dia e da hora
As cores do arco-íris
As cores do passarinho
As cores do meu ninho
As cores do alto do céu
As cores da fecunda terra
As cores das flores
As cores na parede e na rede
As cores de todos os verdes
As cores da alegria, da esperança!
As cores da minha vida...
domingo, 13 de setembro de 2015
PENSO, LOGO...ESCREVO
PENSO, LOGO...ESCREVO!
Vera Popoff
Penso e escrevo
Escrevo e penso
Postada frente à vida,
contemplo!
Não me acovardo e digo,
digo o que penso
penso no que digo
digo o que sinto
sinto o que digo e penso
escrevo o que sinto.
Se não penso, esqueço
Se esqueço, não digo, não escrevo
Se não penso, esmago a minha
consistência
Se não escrevo, caio na demência
Se não digo, perco a decência
Se não penso, nem sinto,
sou a própria inconsciência!
Se sou omissa, bato continência
Mas não durmo...porque
surra-me, a consciência!
Vera Popoff
Penso e escrevo
Escrevo e penso
Postada frente à vida,
contemplo!
Não me acovardo e digo,
digo o que penso
penso no que digo
digo o que sinto
sinto o que digo e penso
escrevo o que sinto.
Se não penso, esqueço
Se esqueço, não digo, não escrevo
Se não penso, esmago a minha
consistência
Se não escrevo, caio na demência
Se não digo, perco a decência
Se não penso, nem sinto,
sou a própria inconsciência!
Se sou omissa, bato continência
Mas não durmo...porque
surra-me, a consciência!
FIO DA MEADA
FIO DA MEADA
Vera Popoff
Pelo caminho não escolhido,
mas percorrido e vivido
caminhamos...
Nas dores jamais previstas,
naqueles imprevistos onde tropeçamos,
viramos frutos maduros.
Nas alegrias penduradas e colhidas
germinamos, florescemos!
Pelo vazio do Nada
tantas vezes nos perdemos
Incrível, mas é do mesmo Nada
que renascemos!
Nos braços de alguns amores
ficamos embrulhados e protegidos
Mas com cuidado, pois os amores
também passam.
Na terra fecunda, somos a árvore
Enfrentamos ventanias, vergamos,
mas suportamos...mesmo tão machucados!
Nas buscas desenfreadas, nos perdemos
Da inação desestimulada, tantas vezes
encontramos e puxamos, o fio da meada!
Vera Popoff
Pelo caminho não escolhido,
mas percorrido e vivido
caminhamos...
Nas dores jamais previstas,
naqueles imprevistos onde tropeçamos,
viramos frutos maduros.
Nas alegrias penduradas e colhidas
germinamos, florescemos!
Pelo vazio do Nada
tantas vezes nos perdemos
Incrível, mas é do mesmo Nada
que renascemos!
Nos braços de alguns amores
ficamos embrulhados e protegidos
Mas com cuidado, pois os amores
também passam.
Na terra fecunda, somos a árvore
Enfrentamos ventanias, vergamos,
mas suportamos...mesmo tão machucados!
Nas buscas desenfreadas, nos perdemos
Da inação desestimulada, tantas vezes
encontramos e puxamos, o fio da meada!
sábado, 12 de setembro de 2015
MADAME DE FORNO E FOGÃO
MADAME DE FORNO E FOGÃO
Vera Popoff
Minha filha é amorosa
Deseja-me uma vida leve
Sonha com a mãe elegante...
E leva seu sonho adiante!
Vera Popoff
Minha filha é amorosa
Deseja-me uma vida leve
Sonha com a mãe elegante...
E leva seu sonho adiante!
Num sábado diferente
Da minha casa, ausente
Viro nova personagem
Resolvo mudar a imagem.
Vou ao cabeleireiro
Que mexe no meu visual
-Madame, vou lhe fazer um penteado!!
Nada há nada bonito igual!
A moça tão dedicada
Olha-me com delicadeza
Meu Deus, quanta fineza!
Das mãos resolve cuidar.
Esmalte cor rosa choque
Um brilho que dá o toque
Meu peito suspira a saudade
Da vida que é de verdade!
Não combino com o salão
Da madame elegante
Sou mulher de forno e fogão
Coar meu café é a grande emoção!
Minha mão é tarefeira
Dedo ferido da boa bordadeira
Um notável encardido
Pois é também, semeadeira!!
Cruzo as linhas no tecido
Cruzo as linhas do destino
Não houve um dia vivido
Sem o trabalho aguerrido!!
Da minha casa, ausente
Viro nova personagem
Resolvo mudar a imagem.
Vou ao cabeleireiro
Que mexe no meu visual
-Madame, vou lhe fazer um penteado!!
Nada há nada bonito igual!
A moça tão dedicada
Olha-me com delicadeza
Meu Deus, quanta fineza!
Das mãos resolve cuidar.
Esmalte cor rosa choque
Um brilho que dá o toque
Meu peito suspira a saudade
Da vida que é de verdade!
Não combino com o salão
Da madame elegante
Sou mulher de forno e fogão
Coar meu café é a grande emoção!
Minha mão é tarefeira
Dedo ferido da boa bordadeira
Um notável encardido
Pois é também, semeadeira!!
Cruzo as linhas no tecido
Cruzo as linhas do destino
Não houve um dia vivido
Sem o trabalho aguerrido!!
DELATOR "HONORIS CAUSA"
DELATOR "HONORIS CAUSA"
Vera Popoff
Num mundo de cabeça para baixo
Onde a cabeça subjuga-se ao pé
Já nem sei como ter fé
Enalteço o mal do inferno
sinto calor no inverno
Não preciso ter juízo,
pois não desejo o paraíso!
Aprendi com o meu pai
Amar, não odiar e favores prestar
Ser gentil e elegante
Levar as tarefas, adiante.
Deixar a alma bem livre
Pois assim é que se vive.
Ensinou o professor :
-Nunca seja um delator, pois
delatar é um horror!
Hoje, o delator é premiado
Tem título "honoris causa"
É chamado de doutor!
Homem bem acreditado
Pelo juiz, um ser amado,
numa bandeja carregado.
Sua delação virou a salvação
Faz sorrir toda a Nação!
Pois agora, é senhor de respeito
Cidadão de bom coração!
Vera Popoff
Num mundo de cabeça para baixo
Onde a cabeça subjuga-se ao pé
Já nem sei como ter fé
Enalteço o mal do inferno
sinto calor no inverno
Não preciso ter juízo,
pois não desejo o paraíso!
Aprendi com o meu pai
Amar, não odiar e favores prestar
Ser gentil e elegante
Levar as tarefas, adiante.
Deixar a alma bem livre
Pois assim é que se vive.
Ensinou o professor :
-Nunca seja um delator, pois
delatar é um horror!
Hoje, o delator é premiado
Tem título "honoris causa"
É chamado de doutor!
Homem bem acreditado
Pelo juiz, um ser amado,
numa bandeja carregado.
Sua delação virou a salvação
Faz sorrir toda a Nação!
Pois agora, é senhor de respeito
Cidadão de bom coração!
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
OS ÓCULOS
OS ÓCULOS
Vera Popoff
-Onde estão os óculos?
Colocados frente aos olhos.
Por que os procuro?
Já enxergo tão bem!
Ou talvez, não...
Estarão as lentes, desatualizadas?
Ou a minha visão anda enganada?
Vê o que deseja ver
Não enxerga o que lhe causa dor.
Os mais leves devaneios, colore!
A dura realidade, descora!
Mimetiza a beleza
Cerra-se frente à aspereza
Enxerga onde nascem as flores
Finge não ver as tantas e incuráveis dores!
Os óculos corrigem quatro graus de astigmatismo
Mas não corrigem graus d'um teimoso egoísmo!
Vera Popoff
-Onde estão os óculos?
Colocados frente aos olhos.
Por que os procuro?
Já enxergo tão bem!
Ou talvez, não...
Estarão as lentes, desatualizadas?
Ou a minha visão anda enganada?
Vê o que deseja ver
Não enxerga o que lhe causa dor.
Os mais leves devaneios, colore!
A dura realidade, descora!
Mimetiza a beleza
Cerra-se frente à aspereza
Enxerga onde nascem as flores
Finge não ver as tantas e incuráveis dores!
Os óculos corrigem quatro graus de astigmatismo
Mas não corrigem graus d'um teimoso egoísmo!
PENSAMENTO LIVRE
PENSAMENTO LIVRE
Vera Popoff
Ah...maravilhosa sensação!
O pensamento livre, livre, livre!
Sem censura e sem amarras
Sem correntes, sonhos inocentes,
utopias. maravilhosamente dementes!
Pensamento que não envelhece,
as normas, desobedece.
Responde e não se esconde,
Não justifica, não denomina,
não desanima, não discrimina,
As sua vontades...desatina!
A liberdade , lhe fascina!
Sem disciplina, não esbarra
na certeza do outro !
Com astúcia , aprende, desaprende,
não repreende, se surpreende!
Sarcástico, quando provocado
Nos voos, tão encorajado!
Nas ilusões, um afortunado!
Pensamento livre, livre, livre!
Ri das esquisitices, das mesmices.
Foge das razões bem definidas,
das sapiências exibidas,
das verdades não discutidas.
Diz o sim e o não sem ouvir sermão.
Pensamento voador e encantador
de sonhos!
Encontra na liberdade , a candura
da vida desinibida,
a beleza da flor colhida,
a libertação da vontade tolhida,
a leveza da palavra solta, sempre permitida!.
Vera Popoff
Ah...maravilhosa sensação!
O pensamento livre, livre, livre!
Sem censura e sem amarras
Sem correntes, sonhos inocentes,
utopias. maravilhosamente dementes!
Pensamento que não envelhece,
as normas, desobedece.
Responde e não se esconde,
Não justifica, não denomina,
não desanima, não discrimina,
As sua vontades...desatina!
A liberdade , lhe fascina!
Sem disciplina, não esbarra
na certeza do outro !
Com astúcia , aprende, desaprende,
não repreende, se surpreende!
Sarcástico, quando provocado
Nos voos, tão encorajado!
Nas ilusões, um afortunado!
Pensamento livre, livre, livre!
Ri das esquisitices, das mesmices.
Foge das razões bem definidas,
das sapiências exibidas,
das verdades não discutidas.
Diz o sim e o não sem ouvir sermão.
Pensamento voador e encantador
de sonhos!
Encontra na liberdade , a candura
da vida desinibida,
a beleza da flor colhida,
a libertação da vontade tolhida,
a leveza da palavra solta, sempre permitida!.
UMA REFLEXÃO
UMA REFLEXÃO
Vera Popoff
Pelo caminho não escolhido,
mas percorrido e vivido...
Caminhamos!
Nas dores jamais previstas
Nos imprevistos, de repente...avistados
Viramos frutos maduros!
No vazio do Nada
tantas vezes nos perdemos
Mas é do Nada , que renascemos!
Nos braços dos amores amados
nos embrulhamos, nos agasalhamos.
E a alma, fortalecemos!
Nas buscas desenfreadas...perdemos.
Da inércia desestimulada
puxamos o fio da meada!
Na terra fecunda germinamos
Somos árvores humanas
Sendo humanas, nos curvamos!
A nós, a decisão...
cairemos ou não!
Vera Popoff
Pelo caminho não escolhido,
mas percorrido e vivido...
Caminhamos!
Nas dores jamais previstas
Nos imprevistos, de repente...avistados
Viramos frutos maduros!
No vazio do Nada
tantas vezes nos perdemos
Mas é do Nada , que renascemos!
Nos braços dos amores amados
nos embrulhamos, nos agasalhamos.
E a alma, fortalecemos!
Nas buscas desenfreadas...perdemos.
Da inércia desestimulada
puxamos o fio da meada!
Na terra fecunda germinamos
Somos árvores humanas
Sendo humanas, nos curvamos!
A nós, a decisão...
cairemos ou não!
A TEMPESTADE
A TEMPESTADE
Vera Popoff
Da janela, vejo a tempestade
Sou a árvore balançada e curvada
Mas que resiste e não é derrubada!
A nuvem escura e pesada desaba
ao som do estrondo do trovão.
Sinto calafrio, mas lembro-me...
É o anúncio da primavera ressurgida ,
renascida, florida , sem importar-se
com nossas dores!
O pássaro voa ao ninho...aconchega-se.
A intempérie, talvez o assuste tremendamente
Não sei exatamente, pois tenho asas, mas
pouco sei da alma passarinha!
A Natureza parece exausta!
Luta, desdobra-se, busca a recuperação
Mas não imagina o que a espera...
O poder humano da devastação!
Vera Popoff
Da janela, vejo a tempestade
Sou a árvore balançada e curvada
Mas que resiste e não é derrubada!
A nuvem escura e pesada desaba
ao som do estrondo do trovão.
Sinto calafrio, mas lembro-me...
É o anúncio da primavera ressurgida ,
renascida, florida , sem importar-se
com nossas dores!
O pássaro voa ao ninho...aconchega-se.
A intempérie, talvez o assuste tremendamente
Não sei exatamente, pois tenho asas, mas
pouco sei da alma passarinha!
A Natureza parece exausta!
Luta, desdobra-se, busca a recuperação
Mas não imagina o que a espera...
O poder humano da devastação!
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
INTERROGATÓRIO A UMA SENHORA
INTERROGATÓRIO A UMA SENHORA
Vera Popoff
Por favor, o teu nome??
-Mulher!
-Teu endereço?
-Rua Vazia, número zero.
-Documento com foto, por favor!
-Minha foto é só uma sombra.
-A senhora é indesejada e triste?
-A tua alma e os teus olhos só sabem chorar?
-Teu cansaço anda exaurido , transtornado, aborrecido?
-O teu coração é um abismo de tormento escondido?
-O teu jardim virou espaço de abandono padecido?
-Teu olhar anda embaçado pelas lágrimas vertidas?
-O riso da tua boca é uma mentira consentida?
- A tua palavra é vazia, desfigurada e invertida?
-O teu sonho é apenas um pensamento bisonho?
-A tua verdade acreditada é uma mentira deslavada?
-O teu amor nada mais é do que um estranho?
-A tua poesia é um punhado de versos perdidos e incompreendidos?
-E a tua vida, o que é a tua vida?
-É um querer que não quer?
-É um olhar que não vê?
-É um amor desprezado, um abraço não dado?
-É uma lembrança esquecida, uma aventura não vivida?
-É uma dia escuro que não amanhece?
É um luar minguante?
-Interrogo-te, mulher!
-Teu testemunho te condena!
-Oh, vida neutralizada, aniquilada,
mal amada, com vontades enterradas, emoções acabrunhadas!
-Cumprirá a pena de serviço pesado em favor do teu coração!
-Vá, busque a ilusão , a paixão, a devoção, o perdão, a mão
que a levante do chão!
Vera Popoff
Por favor, o teu nome??
-Mulher!
-Teu endereço?
-Rua Vazia, número zero.
-Documento com foto, por favor!
-Minha foto é só uma sombra.
-A senhora é indesejada e triste?
-A tua alma e os teus olhos só sabem chorar?
-Teu cansaço anda exaurido , transtornado, aborrecido?
-O teu coração é um abismo de tormento escondido?
-O teu jardim virou espaço de abandono padecido?
-Teu olhar anda embaçado pelas lágrimas vertidas?
-O riso da tua boca é uma mentira consentida?
- A tua palavra é vazia, desfigurada e invertida?
-O teu sonho é apenas um pensamento bisonho?
-A tua verdade acreditada é uma mentira deslavada?
-O teu amor nada mais é do que um estranho?
-A tua poesia é um punhado de versos perdidos e incompreendidos?
-E a tua vida, o que é a tua vida?
-É um querer que não quer?
-É um olhar que não vê?
-É um amor desprezado, um abraço não dado?
-É uma lembrança esquecida, uma aventura não vivida?
-É uma dia escuro que não amanhece?
É um luar minguante?
-Interrogo-te, mulher!
-Teu testemunho te condena!
-Oh, vida neutralizada, aniquilada,
mal amada, com vontades enterradas, emoções acabrunhadas!
-Cumprirá a pena de serviço pesado em favor do teu coração!
-Vá, busque a ilusão , a paixão, a devoção, o perdão, a mão
que a levante do chão!
QUEM ÉS TU, MULHER?
QUEM ÉS TU, MULHER?
Vera Popoff
Quem és tu, mulher?
És a calma da alma?
És a muda voz do silêncio?
És a brisa que abana o calor?
És o mistério que encerra a paixão?
Quem és tu, mulher?
És a inquietude que te movimenta?
És a retórica insana e profana?
És o alarido das ruas feitas de sons grotescos
e de gemidos?
És o desvario, o embate, o peito ardente?
Ou tu és o campo solitário e triste?
És uma altiva palmeira se retorcendo ao vento?
És a mansa água d'um regato?
És o murmúrio d'um coração solitário?
Quem és tu, afinal, mulher?
És a fala constante e irritante?
És o leviano riso estridor?
És a discussão, a interrogação,
a coragem transbordada, a questão indefinida,
a irritação desmedida?
Quem és tu, mulher?
És a fé calada rogando nos montes?
És a fé do templo profano que grita,
agita, que canta e julga?
És a quietude das tardes sob os laranjais?
Ou és a extravagância da avenida espremida,
sem doçura, sem candura, gemendo seus "ais"?
Ainda estás a tua procura?
Ainda te perguntas quem és?
Meditas sobre a tua existência?
Questiona a certeza, a palavra final,
o acento, o direto, o indireto, o oculto,
definido , indefinido, a clareza, o pingo do "i"?
Vá , mulher!
Corre atrás do teu próprio encontro!
Vera Popoff
Quem és tu, mulher?
És a calma da alma?
És a muda voz do silêncio?
És a brisa que abana o calor?
És o mistério que encerra a paixão?
Quem és tu, mulher?
És a inquietude que te movimenta?
És a retórica insana e profana?
És o alarido das ruas feitas de sons grotescos
e de gemidos?
És o desvario, o embate, o peito ardente?
Ou tu és o campo solitário e triste?
És uma altiva palmeira se retorcendo ao vento?
És a mansa água d'um regato?
És o murmúrio d'um coração solitário?
Quem és tu, afinal, mulher?
És a fala constante e irritante?
És o leviano riso estridor?
És a discussão, a interrogação,
a coragem transbordada, a questão indefinida,
a irritação desmedida?
Quem és tu, mulher?
És a fé calada rogando nos montes?
És a fé do templo profano que grita,
agita, que canta e julga?
És a quietude das tardes sob os laranjais?
Ou és a extravagância da avenida espremida,
sem doçura, sem candura, gemendo seus "ais"?
Ainda estás a tua procura?
Ainda te perguntas quem és?
Meditas sobre a tua existência?
Questiona a certeza, a palavra final,
o acento, o direto, o indireto, o oculto,
definido , indefinido, a clareza, o pingo do "i"?
Vá , mulher!
Corre atrás do teu próprio encontro!
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
MAIS UMA SINGELA CANTIGA
MAIS UMA SINGELA CANTIGA
Vera Popoff
A nossa história foi longa
Voamos por tantos céus
Acertos e desacertos
Mas nunca o desprezo com a vida
Sempre altivos, pensamentos definidos!
Os sonhos sonhados juntos foram tão decisivos
As lágrimas de um , pelo outro, enxugada
Á luz das luas, nossas conversas
Á luz dos sóis, nossas tarefas
À luz do coração, tanta afeição
À luz da alma, respeito e devoção!
No momento, tanto sossego!
Exercito o desapego
Já vencemos tantos medos
Quem semeia tanto bem
Espera, pois a colheita vem!
Vera Popoff
A nossa história foi longa
Voamos por tantos céus
Acertos e desacertos
Mas nunca o desprezo com a vida
Sempre altivos, pensamentos definidos!
Os sonhos sonhados juntos foram tão decisivos
As lágrimas de um , pelo outro, enxugada
Á luz das luas, nossas conversas
Á luz dos sóis, nossas tarefas
À luz do coração, tanta afeição
À luz da alma, respeito e devoção!
No momento, tanto sossego!
Exercito o desapego
Já vencemos tantos medos
Quem semeia tanto bem
Espera, pois a colheita vem!
terça-feira, 8 de setembro de 2015
O CANTO DA JURITI
O CANTO DA JURITI
Vera Popoff
A juriti canta...canta...canta
Quer avisar uma lágrima, ou um riso
Suspiro e lhe pergunto:
-Diz-me, juriti, diz-me!
Senão eu perco o juízo!
A juriti cantou às dezoito horas
Despertou-me com seu chilrear
Oh, juriti, quer uma alegria avisar?
Ou vai me fazer chorar?
No meu peito não há aperto
O meu coração está levinho...
No dia não há escuridade
Portanto, é um recado da Divindade!
Vera Popoff
A juriti canta...canta...canta
Quer avisar uma lágrima, ou um riso
Suspiro e lhe pergunto:
-Diz-me, juriti, diz-me!
Senão eu perco o juízo!
A juriti cantou às dezoito horas
Despertou-me com seu chilrear
Oh, juriti, quer uma alegria avisar?
Ou vai me fazer chorar?
No meu peito não há aperto
O meu coração está levinho...
No dia não há escuridade
Portanto, é um recado da Divindade!
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
UM SONHO?
UM SONHO?
Vera Popooff
Uma semente de limão brotada
O olhar atento do irmão Fernando
O dia azul e silencioso
Passos leves, mas sempre caminhando
Um indescritível e suave prazer
Um livro esperando a leitura
Sentimento de delicada lisura
O sol sobre o rosto amado
A brisa refrescando o lugar abençoado
Uma canção indefinida
Tudo parecia uma ilusão
Mas transpirava vida
Tentei afagar seu rosto
Desisti, com todo cuidado
Não o queria tão exposto!
Num sorriso de brandura
despediu-se...sem dizer nada
Sabendo sua presença, confirmada,
compartilhada!
Vera Popooff
Uma semente de limão brotada
O olhar atento do irmão Fernando
O dia azul e silencioso
Passos leves, mas sempre caminhando
Um indescritível e suave prazer
Um livro esperando a leitura
Sentimento de delicada lisura
O sol sobre o rosto amado
A brisa refrescando o lugar abençoado
Uma canção indefinida
Tudo parecia uma ilusão
Mas transpirava vida
Tentei afagar seu rosto
Desisti, com todo cuidado
Não o queria tão exposto!
Num sorriso de brandura
despediu-se...sem dizer nada
Sabendo sua presença, confirmada,
compartilhada!
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
SÓ UM LAMENTO
´SÓ UM LAMENTO
(Vera Popoff)
A noite sem a lua
A mágoa, pois não fui sua
A tristeza na alma nua
A dor que lateja crua
A afeição rejeitada, secou!
A canção que ninguém cantou
A espera que não chegou
A boca que não beijou
A angústia ditando o tom
A voz abafando o som
Será o sofrimento , um dom?
Ou o sonho que não foi bom?
O tempo trazendo o vento
Há sombra no pensamento
A lágrima de sofrimento
Livrai-me de tal tormento!
Amanhece e procuro o brilho
A lembrança do olhar do filho
O sol lança a claridade
Chega da autopiedade
Vou atrás da felicidade!
(Vera Popoff)
A noite sem a lua
A mágoa, pois não fui sua
A tristeza na alma nua
A dor que lateja crua
A afeição rejeitada, secou!
A canção que ninguém cantou
A espera que não chegou
A boca que não beijou
A angústia ditando o tom
A voz abafando o som
Será o sofrimento , um dom?
Ou o sonho que não foi bom?
O tempo trazendo o vento
Há sombra no pensamento
A lágrima de sofrimento
Livrai-me de tal tormento!
Amanhece e procuro o brilho
A lembrança do olhar do filho
O sol lança a claridade
Chega da autopiedade
Vou atrás da felicidade!
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
ALMA AFINADA
ALMA AFINADA
Vera Popoff
Acordei inspirada
Afinei minha alma
Abri um teclado
Repassei a sonata
A voz de harmonia
Cantou Bach
E a sua 'Alegria"
Um coro angelical
Vem chegando do céu
Ah...que manhã triunfal!
Dou um giro no mundo
Respiro sentimento profundo
O sol ainda está desbotado
Quase apagado
A chuva ameaça
A beleza transpassa
A folha luzindo
A gota do orvalho
A vida se aviva
A rosa corada
A Terra inteira habitada
por tantos anjos do céu
Chega o vento tão manso
Suspiro e descanso
Num tempo novo eu avanço
Vera Popoff
Acordei inspirada
Afinei minha alma
Abri um teclado
Repassei a sonata
A voz de harmonia
Cantou Bach
E a sua 'Alegria"
Um coro angelical
Vem chegando do céu
Ah...que manhã triunfal!
Dou um giro no mundo
Respiro sentimento profundo
O sol ainda está desbotado
Quase apagado
A chuva ameaça
A beleza transpassa
A folha luzindo
A gota do orvalho
A vida se aviva
A rosa corada
A Terra inteira habitada
por tantos anjos do céu
Chega o vento tão manso
Suspiro e descanso
Num tempo novo eu avanço
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