De quem é o sol?
Vera Popoff
De quem é o sol?
A energia da estrela maior
A luz e o brilho dourado
A chama luzente que nasce de novo
na outra manhã?
De quem é o vento que canta e sussurra
na cara, no ouvido, nos galhos?
Que leva embora a saudade e traz a generosa
lembrança?
De quem é a gota do orvalho?
Que pinga na rosa e enternece o jardim?
Que umedece a relva e refresca o jasmim?
De quem é a rua elegante, charmosa
onde desfilam as finas e bondosas senhoras
tementes a Deus?
De quem é a cidade que desabriga e castiga?
De quem são os sonhos? De poucos? De alguns?
De quem são os edifícios de gala,
as noites de festa?
Para quem é o Feliz Natal e o Novo Ano
próspero que esperas?
São teus. São teus. São teus.
O sol , a manhã e o vento
O orvalho, a relva e a rosa
A rua charmosa
A cidade que abriga
A noite de festa
O Feliz Natal
Ano Bom , sem igual!
São teus!
São teus!
Cuspa na fronte do outro
Ria o teu riso desdenhoso
Regurgita e vomita as tuas duras ofensas
e durma...em paz,
se puderes, ah...mas podes!
Tu és o opressor, o consumidor,
o dono, o patrão.
Tens garras...que pena eu sinto de ti!
Extinguiram teus braços de abraços
Tens garras...
Tens garras...
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
SE ME DEITO CEDO
SE ME DEITO CEDO
Vera Popoff
Se me deito cedo
vestida de dor, esmorecida , cansada .
O corpo exigindo repouso, doído, moído
A alma implorando silêncio...
eu perco a lua.
Se perco o luar
Fico sem a magia
Não sonho e não subo às estrelas
O canto ao longe, só ouvido por mim...
A lembrança afável que se concretiza
O doce do beijo na boca
A brisa amorosa da noite
O mistério e a ausência d'alguma razão
Perco...
se me deito cedo
na busca do leito branquinho,
macio, aconchego no ninho.
Capenga, molenga, sou carne jogada,
cansada, estirada
recompondo energia para o novo dia.
Mas perco o luar!
Vera Popoff
Se me deito cedo
vestida de dor, esmorecida , cansada .
O corpo exigindo repouso, doído, moído
A alma implorando silêncio...
eu perco a lua.
Se perco o luar
Fico sem a magia
Não sonho e não subo às estrelas
O canto ao longe, só ouvido por mim...
A lembrança afável que se concretiza
O doce do beijo na boca
A brisa amorosa da noite
O mistério e a ausência d'alguma razão
Perco...
se me deito cedo
na busca do leito branquinho,
macio, aconchego no ninho.
Capenga, molenga, sou carne jogada,
cansada, estirada
recompondo energia para o novo dia.
Mas perco o luar!
BRANCO E PRETO
BRANCO E PRETO
Vera Popoff
O branco é a paz e a calma
É translúcido e inspirador
É a alvura da alma
A pomba, a folha não escrita,
o lenço da partida.
E o preto?
O preto é o carimbo , a assinatura que lavra
a escritura.
É a coragem, é a noite que aconchega
os mistérios e a perspicácia
É a força onde acontecem, com bravura,
as decisões.
É a cor do brasileiro que jamais se cansa
É a luta pela liberdade , dignidade e a igualdade.
É o destemor, a cor de fato e de direito
É a mão que constrói a Nação!
O preto é a noite cálida
que apresenta-nos às estrelas e à brancura da Lua.
Vera Popoff
O branco é a paz e a calma
É translúcido e inspirador
É a alvura da alma
A pomba, a folha não escrita,
o lenço da partida.
E o preto?
O preto é o carimbo , a assinatura que lavra
a escritura.
É a coragem, é a noite que aconchega
os mistérios e a perspicácia
É a força onde acontecem, com bravura,
as decisões.
É a cor do brasileiro que jamais se cansa
É a luta pela liberdade , dignidade e a igualdade.
É o destemor, a cor de fato e de direito
É a mão que constrói a Nação!
O preto é a noite cálida
que apresenta-nos às estrelas e à brancura da Lua.
VERÃO O VERÃO?
VERÃO O VERÃO??
Vera Popoff
Chegou o verão!
Verão??
Sim , verão mas se calarão, mais uma vez!
Verão e não se aperceberão o quão são usados e pisados.
Verão e sentirão o verão quente e cada dia mais miserável. Mas não se importarão!
Verão o quanto está desmoronada a Nação, mas sob o cabresto...seguirão.
Verão o tamanho da promiscuidade e suas rasas vidinhas...continuarão.
Verão a escuridão dos atuais tempos e,
ainda assim, as luzes da coragem, não se acenderão.
Verão apenas mais um verão acabrunhado e
desavergonhado.
Vera Popoff
Chegou o verão!
Verão??
Sim , verão mas se calarão, mais uma vez!
Verão e não se aperceberão o quão são usados e pisados.
Verão e sentirão o verão quente e cada dia mais miserável. Mas não se importarão!
Verão o quanto está desmoronada a Nação, mas sob o cabresto...seguirão.
Verão o tamanho da promiscuidade e suas rasas vidinhas...continuarão.
Verão a escuridão dos atuais tempos e,
ainda assim, as luzes da coragem, não se acenderão.
Verão apenas mais um verão acabrunhado e
desavergonhado.
AORTA
AORTA
Vera Popoff
Na horta , um pé de pimenta doce ao lado,
um amor perfeito!
Na aorta , sangue bom, vermelho , vibrante
e confiante na fortaleza do coração que bate
no lado esquerdo do peito.
Colho na horta o que alimenta e produz energia
Na aorta , injeto sonhos ...
no sangue que corre vermelho, vibrante!
A horta é regada da água mais transparente
A aorta é regada do sangue rubi e latente.
Na horta o alimento deixa-me forte e corada
Na aorta , alimento o meu sangue das utopias.
Nas células , mais amor e mais fantasia!
Vera Popoff
Na horta , um pé de pimenta doce ao lado,
um amor perfeito!
Na aorta , sangue bom, vermelho , vibrante
e confiante na fortaleza do coração que bate
no lado esquerdo do peito.
Colho na horta o que alimenta e produz energia
Na aorta , injeto sonhos ...
no sangue que corre vermelho, vibrante!
A horta é regada da água mais transparente
A aorta é regada do sangue rubi e latente.
Na horta o alimento deixa-me forte e corada
Na aorta , alimento o meu sangue das utopias.
Nas células , mais amor e mais fantasia!
CHEGA!
CHEGA
Vera Popoff
Agora, chega!
Nasci, chorei, cresci.
Amei quem não amou o meu amor.
Escolhi caminhos tão penosos!
Iludi-me e desiludi-me
Apaixonei e me desesperei
Participei de todas as lutas
que passaram por mim, glórias e inglórias
Plantei mil árvores e escrevi folhas em branco
Poesias e textos lidos, não lidos, irrelevantes.
Pari, amamentei e chorei todo tipo de dor
Sorri algumas alegrias, mesmo não tendo sido
verdadeiramente, inteiramente e inconsequentemente alegre.
Arrisquei-me mais do que podia
Recolhi tantos cacos!
Alvejei tantas nódoas!
Remendei tantos trapos!
Andei muito além do desejado
Dancei passos mal marcados
Abdiquei dos sonhos mais lindamente sonhados.
Fui tola, fui ingênua , fui pequena e fui tão grande
quando exigiram-me crescimento.
Mas agora, cansei o cansaço "mais grande"
que se pode cansar!
Sento-me, então , sob árvores que plantei
Recosto-me no barranco mais próximo
Deito-me na relva e espero...
um colibri, uma canto do sabiá,
um cheiro bom do jasmim.
Acaricio as pétalas das rosas escolhidas, no jardim
Aprecio a construção do ninho e
emociono-me , apenas e tão somente , com os pássaros , e as asas dos passarinhos.
Sair do meu quintal para ver o quê?
Convidada, não vou às festas
e já não vivo de aparar arestas.
Chega de exposição e decepção
Chega de querer convencer e esmurrar
o mal querer
Chega de lembrar o que desejo esquecer!
O mundo fora da minha porteira está tão feio!
Tanta dureza, aspereza e nas almas,
pouca nobreza.
A justiça é seletiva e cruel
As palavras com gosto de fel!
Gosto mesmo é de lamber a própria mão
lambuzada de mel.
Dane-se! Cansei!
Mas se precisarem de mim...cheguei!
Vera Popoff
Agora, chega!
Nasci, chorei, cresci.
Amei quem não amou o meu amor.
Escolhi caminhos tão penosos!
Iludi-me e desiludi-me
Apaixonei e me desesperei
Participei de todas as lutas
que passaram por mim, glórias e inglórias
Plantei mil árvores e escrevi folhas em branco
Poesias e textos lidos, não lidos, irrelevantes.
Pari, amamentei e chorei todo tipo de dor
Sorri algumas alegrias, mesmo não tendo sido
verdadeiramente, inteiramente e inconsequentemente alegre.
Arrisquei-me mais do que podia
Recolhi tantos cacos!
Alvejei tantas nódoas!
Remendei tantos trapos!
Andei muito além do desejado
Dancei passos mal marcados
Abdiquei dos sonhos mais lindamente sonhados.
Fui tola, fui ingênua , fui pequena e fui tão grande
quando exigiram-me crescimento.
Mas agora, cansei o cansaço "mais grande"
que se pode cansar!
Sento-me, então , sob árvores que plantei
Recosto-me no barranco mais próximo
Deito-me na relva e espero...
um colibri, uma canto do sabiá,
um cheiro bom do jasmim.
Acaricio as pétalas das rosas escolhidas, no jardim
Aprecio a construção do ninho e
emociono-me , apenas e tão somente , com os pássaros , e as asas dos passarinhos.
Sair do meu quintal para ver o quê?
Convidada, não vou às festas
e já não vivo de aparar arestas.
Chega de exposição e decepção
Chega de querer convencer e esmurrar
o mal querer
Chega de lembrar o que desejo esquecer!
O mundo fora da minha porteira está tão feio!
Tanta dureza, aspereza e nas almas,
pouca nobreza.
A justiça é seletiva e cruel
As palavras com gosto de fel!
Gosto mesmo é de lamber a própria mão
lambuzada de mel.
Dane-se! Cansei!
Mas se precisarem de mim...cheguei!
LEVITANDO
LEVITANDO
Vera Popoff
Mal consigo abrir ao olhos
Se é cansaço, sono, preguiça ou chatice,
ainda não decifrei.
Quem sabe , um pouco de tédio, saudade, vazio?
ainda não atinei.
Tem um silêncio lá fora
E outro silêncio cá dentro do peito
Não ouço mais nem mesmo, as batidas do coração
Será que parou, ou deu um tempo,
exausto com os contratempos?
Mas um lirismo me arrodeia
que chega nem mesmo sei d'onde
Envolve a minh'alma débil
Atenua a possível tristeza
Faz-me ascender, tamanha leveza!
Vera Popoff
Mal consigo abrir ao olhos
Se é cansaço, sono, preguiça ou chatice,
ainda não decifrei.
Quem sabe , um pouco de tédio, saudade, vazio?
ainda não atinei.
Tem um silêncio lá fora
E outro silêncio cá dentro do peito
Não ouço mais nem mesmo, as batidas do coração
Será que parou, ou deu um tempo,
exausto com os contratempos?
Mas um lirismo me arrodeia
que chega nem mesmo sei d'onde
Envolve a minh'alma débil
Atenua a possível tristeza
Faz-me ascender, tamanha leveza!
domingo, 7 de janeiro de 2018
AS REGRAS
Ah...as regras!
Vera Popoff
Ah...as regras!
No papel, são tão convincentes e tão presentes!...
São bem elaboradas , bem pensadas e bem intencionadas!
As regras visam o respeito ao outro
Delicadeza com o vizinho,
Civilidade , um pouquinho só de bondade ,
Um olhar de misericórdia e o nosso espaço
seria quase perfeito, sem a discórdia!
Entretanto, ignorando as regras da convivência ,
Aqui faço uma interferência,
pois existem as posições egoístas , arrogantes e desumanas
que destroem a alegria , a paz
e a mansidão
que emanam d'um Coração Cristão! (Vera Popoff)
Vera Popoff
Ah...as regras!
No papel, são tão convincentes e tão presentes!...
São bem elaboradas , bem pensadas e bem intencionadas!
As regras visam o respeito ao outro
Delicadeza com o vizinho,
Civilidade , um pouquinho só de bondade ,
Um olhar de misericórdia e o nosso espaço
seria quase perfeito, sem a discórdia!
Entretanto, ignorando as regras da convivência ,
Aqui faço uma interferência,
pois existem as posições egoístas , arrogantes e desumanas
que destroem a alegria , a paz
e a mansidão
que emanam d'um Coração Cristão! (Vera Popoff)
MAIS UM
MAIS UM
Ano Novo
Vera Popoff
A minha casa , singela e bela,
Pintada da cor da rosa...
Abriga meu corpo, já meio exaurido
pelos setenta anos vividos!
Abriga as decepções do ano presente
Abriga as novas esperanças
do ano que vem!
Vou deixar do lado de fora da casa,
as doenças que partirão com o ano velho
Judiaram tanto do corpo,
mas não atingiram minh'alma
Do lado de dentro...as curas,
a saúde recuperada
A vida , então, restaurada e
renovada!
Que assim seja e assim será!
Vera Popoff
A minha casa , singela e bela,
Pintada da cor da rosa...
Abriga meu corpo, já meio exaurido
pelos setenta anos vividos!
Abriga as decepções do ano presente
Abriga as novas esperanças
do ano que vem!
Vou deixar do lado de fora da casa,
as doenças que partirão com o ano velho
Judiaram tanto do corpo,
mas não atingiram minh'alma
Do lado de dentro...as curas,
a saúde recuperada
A vida , então, restaurada e
renovada!
Que assim seja e assim será!
Vivo num condomínio, onde não desejaria viver.
Foi uma escolha equivocada
O lugar é grande, elegante e ostenta!
Ostenta uma elegância, que de fato, não tem.
Ostenta um falso glamour daqueles que pensam que são, mas nada são! ...
Ostenta uma compreensão acerca da vida socialmente sadia
Mas de verdade, como estão socialmente enfermos!!
O lugar onde vivo exibe-se como uma casta e vasta elite brasileira
Ah...como enganam-se estes meus vizinhos !!!
Encantam-se com poucas coisas:
- um asfalto na porta
-fogos de artifícios para exibirem suas presenças medíocres
-músicas nas alturas demonstrando poder
-grosserias e indelicadezas
-quadras de tênis quando nem raquetes sabem segurar
- serviçais para recolherem seus lixos mal acondicionados
-carros importados , ainda que com prestações atrasadas
-gargalhadas d'uma alegria regada à uísque barato e falso , assim como são baratas e falsas ...as suas vidinhas.
Foi uma escolha equivocada
O lugar é grande, elegante e ostenta!
Ostenta uma elegância, que de fato, não tem.
Ostenta um falso glamour daqueles que pensam que são, mas nada são! ...
Ostenta uma compreensão acerca da vida socialmente sadia
Mas de verdade, como estão socialmente enfermos!!
O lugar onde vivo exibe-se como uma casta e vasta elite brasileira
Ah...como enganam-se estes meus vizinhos !!!
Encantam-se com poucas coisas:
- um asfalto na porta
-fogos de artifícios para exibirem suas presenças medíocres
-músicas nas alturas demonstrando poder
-grosserias e indelicadezas
-quadras de tênis quando nem raquetes sabem segurar
- serviçais para recolherem seus lixos mal acondicionados
-carros importados , ainda que com prestações atrasadas
-gargalhadas d'uma alegria regada à uísque barato e falso , assim como são baratas e falsas ...as suas vidinhas.
CHEGA!
Vera Popoff
Agora , chega!
Nasci, chorei,cresci....
Amei quem não amou o meu amor.
Escolhi caminhos tão penosos!
Iludi-me e desiludi-me
Apaixonei e me desesperei
Participei de todas as lutas
que passaram por mim
Plantei mil árvores e escrevi livros, mal escritos,
mas estão lá,
abertos por alguns, ou fechados e não lidos.
Pari , amamentei e chorei todas as dores,
e sorri algumas alegrias,
mesmo nunca tendo sido, verdadeiramente,
inteiramente e inconsequentemente... alegre.
Arrisquei-me mais do que podia,
Andei muito além do desejado
Dancei passos mal marcados
Abdiquei dos sonhos mais lindamente sonhados.
Fui tola, ingênua, pequena
e tão grande,
quando exigiram-me crescimento.
Mas agora, cansei.
Sento-me sob árvores que plantei
e sinto o cheiro bom do jasmim
Acaricio as pétalas das rosas escolhidas, no jardim.
Aprecio a construção do ninho
e emociono-me , apenas e tão somente
com o passarinho.
Sair do meu quintal para ver o quê??
Convidada, não vou às festas
e não vivo para aparar mais arestas.
Chega de exposição e tanta decepção
Chega de querer convencer ,
de esmurrar o mal querer
de lembrar o que desejo esquecer.
O mundo, fora daqui ,
está duro, sujo e cruel
As palavras são fel!
E eu gosto mesmo é de lamber a própria mão,
lambuzada de mel.
Dane-se! Cansei!
Ver mais
Vera Popoff
Agora , chega!
Nasci, chorei,cresci....
Amei quem não amou o meu amor.
Escolhi caminhos tão penosos!
Iludi-me e desiludi-me
Apaixonei e me desesperei
Participei de todas as lutas
que passaram por mim
Plantei mil árvores e escrevi livros, mal escritos,
mas estão lá,
abertos por alguns, ou fechados e não lidos.
Pari , amamentei e chorei todas as dores,
e sorri algumas alegrias,
mesmo nunca tendo sido, verdadeiramente,
inteiramente e inconsequentemente... alegre.
Arrisquei-me mais do que podia,
Andei muito além do desejado
Dancei passos mal marcados
Abdiquei dos sonhos mais lindamente sonhados.
Fui tola, ingênua, pequena
e tão grande,
quando exigiram-me crescimento.
Mas agora, cansei.
Sento-me sob árvores que plantei
e sinto o cheiro bom do jasmim
Acaricio as pétalas das rosas escolhidas, no jardim.
Aprecio a construção do ninho
e emociono-me , apenas e tão somente
com o passarinho.
Sair do meu quintal para ver o quê??
Convidada, não vou às festas
e não vivo para aparar mais arestas.
Chega de exposição e tanta decepção
Chega de querer convencer ,
de esmurrar o mal querer
de lembrar o que desejo esquecer.
O mundo, fora daqui ,
está duro, sujo e cruel
As palavras são fel!
E eu gosto mesmo é de lamber a própria mão,
lambuzada de mel.
Dane-se! Cansei!
O nome dela é Zygopetalum
Vera Popoff
Olá, Zygopetalum!
Tu chegaste pequena e tão sem graça!
Pensei: -não será fácil lidar com ela. Raízes frágeis , tão minguadinha,...
Oh , pobrezinha!
Mas fomos vivendo:
Uma cuidando da outra
Entreguei minh'alma aos teus desvelos.
Entregaste a mim a tua sorte
Teu nome? Espécie?
Desconhecia.
Minhas dores...tu não sentias.
Cascas de ovos , pó de café, carvão moído e uma alquimia
ativa que me motiva.
Folha daqui
Raiz dali
Verde brilhante e alguns botões
Enfim...tuas flores!
Mas e o teu nome,
donzela flor??
-Zygopetalum?
Encantaste-me e me enlevaste
Estou feliz, passou a dor
Se não passou, nem a percebo!
Nosso segredo!
Ver mais
Vera Popoff
Olá, Zygopetalum!
Tu chegaste pequena e tão sem graça!
Pensei: -não será fácil lidar com ela. Raízes frágeis , tão minguadinha,...
Oh , pobrezinha!
Mas fomos vivendo:
Uma cuidando da outra
Entreguei minh'alma aos teus desvelos.
Entregaste a mim a tua sorte
Teu nome? Espécie?
Desconhecia.
Minhas dores...tu não sentias.
Cascas de ovos , pó de café, carvão moído e uma alquimia
ativa que me motiva.
Folha daqui
Raiz dali
Verde brilhante e alguns botões
Enfim...tuas flores!
Mas e o teu nome,
donzela flor??
-Zygopetalum?
Encantaste-me e me enlevaste
Estou feliz, passou a dor
Se não passou, nem a percebo!
Nosso segredo!
Ver mais
CLASSE MÉDIA
Classe Média
Vera Popoff
Difícil
Cruel...
Incômodo
Desconfortável e
Irritante...
Conviver com a classe média, mediana e medíocre!
Gritam para mostrar que estão
Festejam a própria limitação
E cantam a ostentação!
Fazem-se presentes
Mesmo quando os desejamos ausentes
Buzinam seus carrões e bradam a ignorância triste
Apontam seus dedos em riste
São rasos, pequenos e tristes.
Exibem- se como se fossem a elite
Mal sabem que são apenas deprimidos
desajustados e desconhecidos!
Forçam uma elegância, mas tropeçam na própria arrogância.
Pior para mim
Ah...quanto desconforto
Viver ao lado de gente
Que de humanos ,não possuem
nem mesmo, a patente.
Vera Popoff
Difícil
Cruel...
Incômodo
Desconfortável e
Irritante...
Conviver com a classe média, mediana e medíocre!
Gritam para mostrar que estão
Festejam a própria limitação
E cantam a ostentação!
Fazem-se presentes
Mesmo quando os desejamos ausentes
Buzinam seus carrões e bradam a ignorância triste
Apontam seus dedos em riste
São rasos, pequenos e tristes.
Exibem- se como se fossem a elite
Mal sabem que são apenas deprimidos
desajustados e desconhecidos!
Forçam uma elegância, mas tropeçam na própria arrogância.
Pior para mim
Ah...quanto desconforto
Viver ao lado de gente
Que de humanos ,não possuem
nem mesmo, a patente.
Certos que
ANO NOVO?
Vera Popoff
Chegou o ano que todos os anos ,
esperamos!...
O ano novo, que de novo, nada tem!
Pedimos a mudança, mais força, mais esperança e a prosperidade , que nunca vem!
A caçarola no fogo, avental, mais um feijão
Aqui, está tudo igual, quase normal
O novo não apareceu, bate igual,
meu coração!
A queima de fogos...o irritante rojão
Se tenho as estrelas do céu,
Por que me importaria com os fogos
e a sem graça ilusão?
Isolo-me , escondo-me, abstraio-me
Assim , não preciso do riso amarelo
e da frase de pouco efeito:- Feliz Ano Novo!
Poupo- me , já na velhice , do costumeiro bordão!
Fico melhor , na solidão!
Os sonhos?? Não, não foram embora!
São mais lindos a cada hora
Guardo-os na caixinha do meu peito
Afinal, a quem mais importam
São meus. Loucos, livres, benfazejos
Quem sabe , viram verdade,
com luta, boa vontade, energia e
gotas d' alguma verdade.
Vera Popoff
Chegou o ano que todos os anos ,
esperamos!...
O ano novo, que de novo, nada tem!
Pedimos a mudança, mais força, mais esperança e a prosperidade , que nunca vem!
A caçarola no fogo, avental, mais um feijão
Aqui, está tudo igual, quase normal
O novo não apareceu, bate igual,
meu coração!
A queima de fogos...o irritante rojão
Se tenho as estrelas do céu,
Por que me importaria com os fogos
e a sem graça ilusão?
Isolo-me , escondo-me, abstraio-me
Assim , não preciso do riso amarelo
e da frase de pouco efeito:- Feliz Ano Novo!
Poupo- me , já na velhice , do costumeiro bordão!
Fico melhor , na solidão!
Os sonhos?? Não, não foram embora!
São mais lindos a cada hora
Guardo-os na caixinha do meu peito
Afinal, a quem mais importam
São meus. Loucos, livres, benfazejos
Quem sabe , viram verdade,
com luta, boa vontade, energia e
gotas d' alguma verdade.
AH...DOR!
AH...DOR!
Vera Popoff
Ah...dor!
Dor que dói sem dó de doer!
Dor que afasta a magia e a fantasia
Dor que aniquila os caminhos...e afunila.
Ah...dor!
Fecha inda mais os olhos
de pouco enxergar.
Estanca a alma peregrina
Destrói um coração de menina.
Dor que acarreta a perda do rumo e do prumo
Dor que amontoa , num só corpo,
o desânimo, o peso, o cinza do mundo.
Destrói a energia acumulada em apenas,
um segundo!
Dor desmedida e destemperada
que açoita o corpo até na madrugada,
sem piedade!
Dor que dói sem dó de doer!
Faz a estrada poeirenta e a vida sequiosa
Traz tristeza e alavanca na mente dolorida,
todas as mais vís pequenezas.
Desanima, faz o tempo não passar...
só doer!
Vera Popoff
Ah...dor!
Dor que dói sem dó de doer!
Dor que afasta a magia e a fantasia
Dor que aniquila os caminhos...e afunila.
Ah...dor!
Fecha inda mais os olhos
de pouco enxergar.
Estanca a alma peregrina
Destrói um coração de menina.
Dor que acarreta a perda do rumo e do prumo
Dor que amontoa , num só corpo,
o desânimo, o peso, o cinza do mundo.
Destrói a energia acumulada em apenas,
um segundo!
Dor desmedida e destemperada
que açoita o corpo até na madrugada,
sem piedade!
Dor que dói sem dó de doer!
Faz a estrada poeirenta e a vida sequiosa
Traz tristeza e alavanca na mente dolorida,
todas as mais vís pequenezas.
Desanima, faz o tempo não passar...
só doer!
AH,,,DOR!
Ah...dor!
Vera Popoff
Ah...dor!
Dor que dói sem dó de doer!
Dor que afasta a magia e a fantasia ...
Dor que aniquila e os caminhos...afunila!
Ah...dor!
Fecha inda mais os olhos
de pouco enxergar
Estanca a alma peregrina
destrói um coração de menina.
Dor que acarreta a perda do rumo e do prumo
Dor que amontoa , num só corpo,
o desânimo, o peso, o cinza do mundo
Destrói a energia acumulada em apenas, um segundo!
Dor desmedida e destemperada
que açoita o corpo até na madrugada,
sem piedade !
Dor que dói sem dó de doer...
Faz a estrada poeirenta e a vida sequiosa
Traz tristeza e alavanca na mente dolorida , todas as mais vís pequenezas.
Desanima, faz o tempo não passar...
só doer.
Vera Popoff
Ah...dor!
Dor que dói sem dó de doer!
Dor que afasta a magia e a fantasia ...
Dor que aniquila e os caminhos...afunila!
Ah...dor!
Fecha inda mais os olhos
de pouco enxergar
Estanca a alma peregrina
destrói um coração de menina.
Dor que acarreta a perda do rumo e do prumo
Dor que amontoa , num só corpo,
o desânimo, o peso, o cinza do mundo
Destrói a energia acumulada em apenas, um segundo!
Dor desmedida e destemperada
que açoita o corpo até na madrugada,
sem piedade !
Dor que dói sem dó de doer...
Faz a estrada poeirenta e a vida sequiosa
Traz tristeza e alavanca na mente dolorida , todas as mais vís pequenezas.
Desanima, faz o tempo não passar...
só doer.
COISA MAIDITA!
Coisa maldita!
Vera Popoff
Vera Popoff
CRUZ CREDO ! Que coisa mal acabada, mal formada, mal gerada, mal desenvolvida, mal amada, mal vista, mal assombrada , mal vestida, mal cheirosa,, mal falada e malfadada, mal encarada e MALDITA!
(Vera Popoff)
(Vera Popoff)
SOLIDÃO
SOLIDÃO
Vera Popoff
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que do âmago deste arvoredo
Chamo de Deus
os meus sóis e as minhas luas.
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que aprendi a extrair lascas de alegrias
e cutucar meu coração
com gravetos de serenidade.
Aprendi a garimpar o brilho das pedras
e transformá-las em preciosas,
fazendo sorrir a boca da mulher!
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que debruçada num galho quebrado
ouço o ruído da pétala que tomba no chão!
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que resolvi parar e ouvir ...ouvir...ouvir
a voz da intuição.
Estanquei porque peregrina não posso ser
Não há espaço para peregrinação
Permaneço no silêncio e sinto a sensação de ficar.
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que já não me lembro do último sussurro
ouvido
e da derradeira voz ensaiada.
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que já nem sinto compaixão de mim mesma!
Num sorriso distraído recolho as quimeras
de contentamento
Bebo as gotas de lembranças e sigo...
envolta no véu da paz!
Vera Popoff
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que do âmago deste arvoredo
Chamo de Deus
os meus sóis e as minhas luas.
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que aprendi a extrair lascas de alegrias
e cutucar meu coração
com gravetos de serenidade.
Aprendi a garimpar o brilho das pedras
e transformá-las em preciosas,
fazendo sorrir a boca da mulher!
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que debruçada num galho quebrado
ouço o ruído da pétala que tomba no chão!
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que resolvi parar e ouvir ...ouvir...ouvir
a voz da intuição.
Estanquei porque peregrina não posso ser
Não há espaço para peregrinação
Permaneço no silêncio e sinto a sensação de ficar.
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que já não me lembro do último sussurro
ouvido
e da derradeira voz ensaiada.
A solidão é tanta e de tal tamanho!
O silêncio é tão quieto!
Que já nem sinto compaixão de mim mesma!
Num sorriso distraído recolho as quimeras
de contentamento
Bebo as gotas de lembranças e sigo...
envolta no véu da paz!
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