domingo, 7 de janeiro de 2018

AH...DOR!

AH...DOR!
                             Vera Popoff

Ah...dor!
Dor que dói sem dó de doer!
Dor que afasta a magia e a fantasia
Dor que aniquila os caminhos...e afunila.
Ah...dor!
Fecha inda mais os olhos
de pouco enxergar.
Estanca a alma peregrina
Destrói um coração de menina.
Dor que acarreta a perda do rumo e do prumo
Dor que amontoa , num só corpo,
o desânimo, o peso, o cinza do mundo.
Destrói  a energia acumulada em apenas,
                        um segundo!
Dor desmedida e destemperada
que açoita o corpo até na madrugada,
                        sem piedade!
Dor que dói sem dó de doer!
Faz a estrada poeirenta e a vida sequiosa
Traz tristeza e alavanca na mente dolorida,
todas as mais vís pequenezas.
Desanima, faz o tempo não passar...
                         só doer!

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