quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

31 de dezembro

31  de dezembro de qualquer ano...
                                                           Vera Popoff

Foram tantos erros e
    tantas lágrimas!
Outra vez , o mesmo vazio
O que é sereno e belo está
           por um fio!
A alma parece estar fora do corpo
clamando por algum sonho sonhado e
          jamais vivido!
E a aura anda pesada , a energia desgastada
O sim sempre bendito e dito, decidiu
             ser não!
Toda criança chora com o não
Eu padeço com o não que digo
Os tantos nãos que a vida disse ,
 nunca importaram muito!
Tão quieta e pensativa
Sendo nada e simplesmente , nada!
O olhar vago perde-se nos  calendários
            passados...
Lembro-me, relembro, gosto e não gosto
            do que é lembrado!
Descarto a filosofia  que já não me desafia
Sei que nasci, que em certo momento ,
            até vivi!
Mas hoje, decididamente,  é um estranho dia
em que não senti, não li, não abri , não sorri,
não escrevi, não decidi, não ouvi, não me distraí,
não vi, não estive nem aqui, nem ali!
Que a noite passe sofrendo  foguetórios
              horripilantes!
E que amanhã eu acorde e siga adiante!



   
           

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