sábado, 21 de maio de 2016

COTIDIANO

COTIDIANO

                                           Vera Popoff

Jamais usei um despertador
Nunca perdi a hora
Às cinco e meia, madrugada escura
ponho-me de pé!
O leito  vira espinheiro
incômodo, desconfortável!
A madrugada inda está intacta
Não foi ainda maculada
Seu aroma é puro e agradável!
O galo canta, o jacu faz algazarra
A chaleira chia , sai o primeiro  café
O coração  ainda guarda alguma fé!
O silêncio , a solidão , a constatação da vida
trazem um imenso alívio.
A caminhada em minha companhia
Os pés pisando  as  folhas secas
O sereno envolvendo o corpo
O primeiro bom dia a quem passa
O sol querendo dar o ar da graça
Ah...que pena que a hora avança!
Viveria assim...
Isso é que é bonança!!!


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