MINHA FESTA
Vera Popoff
Minha festa é uma festa quieta
A música que a embala
é a orquestra dos grilos
compartilhada pelo canto da cigarra
que num tronco se agarra!
Está chegando o esquilo...
Muita alegria, nenhum vacilo!
Estranhos na festa, não há,
não senhor!
A porteira sempre aberta
Os convidados não precisam ter
título de doutor!
Sem a identidade comprovada
Sem fotografia ou documento
chega o pássaro cantador!
O traje não é "a rigor"!
As vestimentas são penas das asas,
as pétalas das flores, o verde das folhas!
O quati chega na hora
Não se incomoda com a angola!
-Tô fraco! Tõ fraco!
A festança ganha brilho, sem demora
Cada um quer chamar mais atenção!
Todos muito animados, mas seguindo
a orientação, nenhuma perturbação!
Minha festa é festa quieta!
Ao vizinho, nenhuma inquietação!
Os abusos da minha festa
são os zumbidos da abelha
na flor da giesta!
A luz da festa vem do céu.
De dia ...o sol!
De noite...a estrela e o luar!
A quem vou incomodar?
Vagalumes vão piscando
Convidados por todo canto
Mas o colibri é o maior encanto!
Tem beleza na minha festa
Tem delicadeza na minha festa
Tem aconchego na minha festa
Tem alegria na minha festa
Só não há, desrespeito ao vizinho
na minha festa!
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
TROVANDO
TROVANDO
Vera Popoff
Ontem não vi o seu rosto
Nem ouvi a sua voz
Meu triste lamento exposto
Oh, que dor tão atroz!
De tantos prantos chorados
Meus olhos estão cansados
No seu luminoso sorriso
Meu pesar será vencido
Eu encontro o paraíso!
A lembrança me acorrenta
Sou cativa da saudade
Para falar a verdade
O passado é que me sustenta.
De tanto esperar e esperar
Não vi o tempo passar
Agora vivo a murmurar
Os dias lá atrás esquecidos
Não tenho como voltar
Com falta de esmero e zelo
Tratei mal a minha alma
Já não adianta o desespero
O tempo, a ferida, acalma!
É tempo de trovar
Para a solidão afastar
Quando começo a poetar
Não vejo o tempo passar!
Risos! Acordei com tudo, filhinha!
Camões , minha inspiração
Perto dele sou grão de areia
Mas falo com o coração!
Depois de tanta conversa
Vou tomar o meu café
Longe da vida adversa
Sou mulher de muita fé!
Nem ouvi a sua voz
Meu triste lamento exposto
Oh, que dor tão atroz!
De tantos prantos chorados
Meus olhos estão cansados
No seu luminoso sorriso
Meu pesar será vencido
Eu encontro o paraíso!
A lembrança me acorrenta
Sou cativa da saudade
Para falar a verdade
O passado é que me sustenta.
De tanto esperar e esperar
Não vi o tempo passar
Agora vivo a murmurar
Os dias lá atrás esquecidos
Não tenho como voltar
Com falta de esmero e zelo
Tratei mal a minha alma
Já não adianta o desespero
O tempo, a ferida, acalma!
É tempo de trovar
Para a solidão afastar
Quando começo a poetar
Não vejo o tempo passar!
Risos! Acordei com tudo, filhinha!
Camões , minha inspiração
Perto dele sou grão de areia
Mas falo com o coração!
Depois de tanta conversa
Vou tomar o meu café
Longe da vida adversa
Sou mulher de muita fé!
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
ESPLÊNDIDA TARDE
ESPLÊNDIDA TARDE
Vera Popoff
Esplêndida tarde!
Delicada tarde vestida de ternura
A menina anda numa linha pura
de sonhos e tanta brandura!
Sua alegria jamais desalinha.
Sua alma balança e alcança
o céu tão pintado de azul!
Para a menina da tarde
não importa se o vento
chega do norte ou do sul!
A paz é o caminho
A beleza é o seu ninho
Seus amores nunca sentiram dores
O riso doce da mãe,
O gesto firme do pai,
Os dedos do seu irmão
dedilham a "Serenata ao Luar".
O coral da Marieta a cantar!
Marta abre o jornal e admira-se:
-Não há notícia igual!
A linda Rosa sorri.
E a Vanda que dança, que dança!
Luci organiza a festança!
Sueli não rejeita uma contradança.
Marlene sempre elegante
De todos, nunca distante!
Dirce fotografa o sol que nasce e se põe
O Criador diz sim, não dispõe!
Eunice borda as nossas iniciais
Amamos os nossos iguais!
Lúcia diz:- Viva!Viva!
A existência está ativa!
A Célia vendendo seu pão,
firme na posição: fiado não!
"Maria Helena és tu , a minha
inspiração!"
Lalá vem cantarolar a cantiga
que vai ensinar.
Ana Tereza, outra menina traquina,
encanta-se ! Como fala a sua alma risonha!
A Rozenda de olhos azuis é anjo que sonha!
Leudimila pinta sua tela de flor
Enquanto a Inês distribui o seu amor!
Mary por nós , rezando, rezando...
Zezé , na cruzada da fé!
Aparecida com seu tarô
sobre a toalha bordô!
A Sonia , Castro Alves, declama!
Toninha bravinha se inflama,
solta sua voz e reclama!
Maria Rosa demonstra
o teorema!
Meu Deus, a matemática é meu dilema!
A Rose atrapalha o namoro
Oh, esqueça tanto decoro !
Beatriz , Sandra,Vilma , Joana
são tão pequeninas e lindas meninas!
E Verinha, onde está?
Poetando a cidade da amizade,
do sorriso tão antigo e amigo!
Contando seus "causos" e se rindo, se rindo,
se rindo!
A tarde esplêndida a todos acolhe
Todo o mal, o céu azul , recolhe!
Circundando tanta gentileza
Um canteiro de flor , com certeza!
O sino tangendo , é a Ave Maria!
O brinquedo , a roda, balança caixão
A cena é de tanta paixão!
Liberdade sem maldade
em qualquer idade!
Não há o que esconder
Só há o que viver!
Vera Popoff
Esplêndida tarde!
Delicada tarde vestida de ternura
A menina anda numa linha pura
de sonhos e tanta brandura!
Sua alegria jamais desalinha.
Sua alma balança e alcança
o céu tão pintado de azul!
Para a menina da tarde
não importa se o vento
chega do norte ou do sul!
A paz é o caminho
A beleza é o seu ninho
Seus amores nunca sentiram dores
O riso doce da mãe,
O gesto firme do pai,
Os dedos do seu irmão
dedilham a "Serenata ao Luar".
O coral da Marieta a cantar!
Marta abre o jornal e admira-se:
-Não há notícia igual!
A linda Rosa sorri.
E a Vanda que dança, que dança!
Luci organiza a festança!
Sueli não rejeita uma contradança.
Marlene sempre elegante
De todos, nunca distante!
Dirce fotografa o sol que nasce e se põe
O Criador diz sim, não dispõe!
Eunice borda as nossas iniciais
Amamos os nossos iguais!
Lúcia diz:- Viva!Viva!
A existência está ativa!
A Célia vendendo seu pão,
firme na posição: fiado não!
"Maria Helena és tu , a minha
inspiração!"
Lalá vem cantarolar a cantiga
que vai ensinar.
Ana Tereza, outra menina traquina,
encanta-se ! Como fala a sua alma risonha!
A Rozenda de olhos azuis é anjo que sonha!
Leudimila pinta sua tela de flor
Enquanto a Inês distribui o seu amor!
Mary por nós , rezando, rezando...
Zezé , na cruzada da fé!
Aparecida com seu tarô
sobre a toalha bordô!
A Sonia , Castro Alves, declama!
Toninha bravinha se inflama,
solta sua voz e reclama!
Maria Rosa demonstra
o teorema!
Meu Deus, a matemática é meu dilema!
A Rose atrapalha o namoro
Oh, esqueça tanto decoro !
Beatriz , Sandra,Vilma , Joana
são tão pequeninas e lindas meninas!
E Verinha, onde está?
Poetando a cidade da amizade,
do sorriso tão antigo e amigo!
Contando seus "causos" e se rindo, se rindo,
se rindo!
A tarde esplêndida a todos acolhe
Todo o mal, o céu azul , recolhe!
Circundando tanta gentileza
Um canteiro de flor , com certeza!
O sino tangendo , é a Ave Maria!
O brinquedo , a roda, balança caixão
A cena é de tanta paixão!
Liberdade sem maldade
em qualquer idade!
Não há o que esconder
Só há o que viver!
TROVAS SINGELAS
TROVAS SINGELAS
Vera Popoff
Ás vezes eu canto um verso
Cheio de graça ou sem graça
Mas uma coisa eu lhe digo
Cada palavra cantada
Cada rima encontrada
Pelo meu coração, é alçada!
O canto vem do horizonte
Dos sonhos ou de outra fonte
Vem da nuvem caminheira
Ou do pássaro pousado
No alto da castanheira!
Canto o cravo, a margarida
Canto a orquídea mais exibida
Mas é no perfume da rosa
Onde encontro a melhor prosa!
Um, dois , três versos escritos
Não termino a minha poesia
Falta amor , falta alegria
Corro atrás da fantasia!
Vera Popoff
Ás vezes eu canto um verso
Cheio de graça ou sem graça
Mas uma coisa eu lhe digo
Cada palavra cantada
Cada rima encontrada
Pelo meu coração, é alçada!
O canto vem do horizonte
Dos sonhos ou de outra fonte
Vem da nuvem caminheira
Ou do pássaro pousado
No alto da castanheira!
Canto o cravo, a margarida
Canto a orquídea mais exibida
Mas é no perfume da rosa
Onde encontro a melhor prosa!
Um, dois , três versos escritos
Não termino a minha poesia
Falta amor , falta alegria
Corro atrás da fantasia!
terça-feira, 27 de outubro de 2015
MAIS UM LAMENTO
MAIS UM LAMENTO
Vera Popoff
Tranquei no peito uma mágoa
Mas a mágoa trancafiada
Escapa por uma fresta
Esquece a alegria da festa
Suspira e chora um lamento
Relembra a dor do tormento!
A alma na busca da paz
Envolve-se naquela tristeza
Acorrenta-se na aspereza
Apaga o tom da beleza
Sofre , explode e se revolta
Todo o sofrimento , volta!
Mas a amiga Natureza
esbanjando cor e fantasia
Volta a trazer para o dia
um buquê de alegria!
Vera Popoff
Tranquei no peito uma mágoa
Mas a mágoa trancafiada
Escapa por uma fresta
Esquece a alegria da festa
Suspira e chora um lamento
Relembra a dor do tormento!
A alma na busca da paz
Envolve-se naquela tristeza
Acorrenta-se na aspereza
Apaga o tom da beleza
Sofre , explode e se revolta
Todo o sofrimento , volta!
Mas a amiga Natureza
esbanjando cor e fantasia
Volta a trazer para o dia
um buquê de alegria!
PARA A PRIMA CECÍLIA BORGES
PARA A PRIMA CECÍLIA BORGES
(Vera Popoff)
Prima Cecília, mais uma primavera!
Meu coração , um, dois versos lhe oferece
Uma poesia inteira é o que você merece.
Entre nós há uma estrada
que separa o nosso olhar
que separa o nosso riso
Mas a amizade verdadeira
perdurou a vida inteira!
Prima Cecília, mais uma primavera!
Meu coração , uma flor lhe oferece
Mas um canteiro inteiro
de um jardim feito com esmero
é o que você merece!
Prima Cecília, mais uma primavera!
Eu , com amor lhe ofereço
o meu sorriso mais franco
acompanhado de um lírio branco!
(Vera Popoff)
Prima Cecília, mais uma primavera!
Meu coração , um, dois versos lhe oferece
Uma poesia inteira é o que você merece.
Entre nós há uma estrada
que separa o nosso olhar
que separa o nosso riso
Mas a amizade verdadeira
perdurou a vida inteira!
Prima Cecília, mais uma primavera!
Meu coração , uma flor lhe oferece
Mas um canteiro inteiro
de um jardim feito com esmero
é o que você merece!
Prima Cecília, mais uma primavera!
Eu , com amor lhe ofereço
o meu sorriso mais franco
acompanhado de um lírio branco!
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
NÃO VÁ EMBORA
NÃO VÁ EMBORA
Vera Popoff
Não vá embora, não vá embora!
Eu sinto tanto a sua falta!
Dói o peito e a saudade não melhora.
Fique aqui, bem perto de mim
Não posso viver tão triste assim!
O dia não passa , por mais que eu faça
Tem frio na minha alma
Chopin não me acalma
Beethoven , de lembrança , me envolve
Mas a minha paz , não devolve!
Liszt é 'Meu Sonho'
Nem assim vivo dia risonho!
Não vá embora, pega-me no colo!
Faz dormir o meu coração
no seu coração!!
Vera Popoff
Não vá embora, não vá embora!
Eu sinto tanto a sua falta!
Dói o peito e a saudade não melhora.
Fique aqui, bem perto de mim
Não posso viver tão triste assim!
O dia não passa , por mais que eu faça
Tem frio na minha alma
Chopin não me acalma
Beethoven , de lembrança , me envolve
Mas a minha paz , não devolve!
Liszt é 'Meu Sonho'
Nem assim vivo dia risonho!
Não vá embora, pega-me no colo!
Faz dormir o meu coração
no seu coração!!
sábado, 24 de outubro de 2015
SÓ REFLEXÃO
SÓ REFLEXÃO
Vera Popoff
Sou uma árvore cravada
no pé da colina
Não vejo razão que me anima
a soltar as raízes do chão e
viajar num mundão cheio de porteiras!
Ninguém que mereça um suspiro,
uma saudade , uma cumplicidade.
Vera Popoff
Sou uma árvore cravada
no pé da colina
Não vejo razão que me anima
a soltar as raízes do chão e
viajar num mundão cheio de porteiras!
Ninguém que mereça um suspiro,
uma saudade , uma cumplicidade.
QUEM ÉS?
QUEM ÉS ??
(Vera Popoff)
Quem és?
Poucos a veem...
Uma ermitã selvagem?
Uma energia, a neblina, um átomo?
O Deva das flores , movida pelo vento,
fora da luz do seu tempo?
No verde mundo , um enlevo!
Conectada à Natureza
n'outro lugar não enxerga a beleza!
O silêncio fundo , longe do mundo
Poucos sons são permitidos
Poucos caminhos invadidos.
O estrondo do trovão,
as nuvens encontrando-se,
o clarão
são o seu espanto!
A estrela de brilho antigo
um pássaro como amigo
O vetusto ipê de mil flores
a ausência dos sóbrios amores.
Histórias lembradas, relembradas
Destinos cruzados e descruzados
saudades, solidão...
A viagem à Lua nunca maculada
por astronautas!
A vibração é o sopro bendito
do seu pequeno infinito.
(Vera Popoff)
Quem és?
Poucos a veem...
Uma ermitã selvagem?
Uma energia, a neblina, um átomo?
O Deva das flores , movida pelo vento,
fora da luz do seu tempo?
No verde mundo , um enlevo!
Conectada à Natureza
n'outro lugar não enxerga a beleza!
O silêncio fundo , longe do mundo
Poucos sons são permitidos
Poucos caminhos invadidos.
O estrondo do trovão,
as nuvens encontrando-se,
o clarão
são o seu espanto!
A estrela de brilho antigo
um pássaro como amigo
O vetusto ipê de mil flores
a ausência dos sóbrios amores.
Histórias lembradas, relembradas
Destinos cruzados e descruzados
saudades, solidão...
A viagem à Lua nunca maculada
por astronautas!
A vibração é o sopro bendito
do seu pequeno infinito.
AO VIOLINO
AO VIOLINO
(VERA POPOFF)
Duas da madrugada
A mulher bordando
ao ritmo do violino.
O romance de Antonín Dvorak
embala a viagem...
O ponto sombra,
o ponto haste
o ponto cheio
o ponto que cruza linhas
a agulha que desliza e alinha
O ponto que corre atrás
de um sonho bem pequeno.
Uma , duas , três agulhadas no dedo
despertam o insensato devaneio.
O bordado que nunca termina...
A mulher que anima e desanima
O ponto, a agulha, o violino
Dvorak para ela,
insistente no romance que sacode
o coração dela!
A madrugada estanca , estreita o espaço
Apaga a luz da janela!
Na parede do quarto, abaixo da arandela,
o abraço no retrato pendurado ,
cúmplice do momento alucinado.
(VERA POPOFF)
Duas da madrugada
A mulher bordando
ao ritmo do violino.
O romance de Antonín Dvorak
embala a viagem...
O ponto sombra,
o ponto haste
o ponto cheio
o ponto que cruza linhas
a agulha que desliza e alinha
O ponto que corre atrás
de um sonho bem pequeno.
Uma , duas , três agulhadas no dedo
despertam o insensato devaneio.
O bordado que nunca termina...
A mulher que anima e desanima
O ponto, a agulha, o violino
Dvorak para ela,
insistente no romance que sacode
o coração dela!
A madrugada estanca , estreita o espaço
Apaga a luz da janela!
Na parede do quarto, abaixo da arandela,
o abraço no retrato pendurado ,
cúmplice do momento alucinado.
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
DESCUPE, DOUTOR!
DESCUPE, DOUTOR!
Vera Popoff
Doutor, o senhor me desculpe,
mas vou cancelar a consulta.
Conheci um chá milagroso
seu gosto nem é amargoso!
Aliviou minha dor, meu dia
foi prazer e fervor.
Senti o meu peito multiplicado
de amor!
Doutor, tenho-lhe muito respeito!
Desculpe o meu tolo jeito
Confiando num chá de efeito
Resolvendo os meus pesares
e afastando todos os males!
Doutor, cansei de exames seguidos!
Tantas radiografias, mais cintilografia,
Doppler da perna direita e também
da apurada esquerda!
Esqueço a ressonância magnética
Confio agora, numa alma profética!
A vida bem mais gostosa
Faz-me até mais amorosa
Voo livre ao pé de amora,
Colho as folhas tão verdinhas !
O chazinho fumegando...
A cura inspira-me, agora!
A luz da alegria ...brilhando!
Vera Popoff
Doutor, o senhor me desculpe,
mas vou cancelar a consulta.
Conheci um chá milagroso
seu gosto nem é amargoso!
Aliviou minha dor, meu dia
foi prazer e fervor.
Senti o meu peito multiplicado
de amor!
Doutor, tenho-lhe muito respeito!
Desculpe o meu tolo jeito
Confiando num chá de efeito
Resolvendo os meus pesares
e afastando todos os males!
Doutor, cansei de exames seguidos!
Tantas radiografias, mais cintilografia,
Doppler da perna direita e também
da apurada esquerda!
Esqueço a ressonância magnética
Confio agora, numa alma profética!
A vida bem mais gostosa
Faz-me até mais amorosa
Voo livre ao pé de amora,
Colho as folhas tão verdinhas !
O chazinho fumegando...
A cura inspira-me, agora!
A luz da alegria ...brilhando!
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
OS TIJOLOS
OS TIJOLOS
Vera Popoff
Quando sofreu sua primeira perda
desatinou, chorou!
Correu amassar o barro
molhado com suas lágrimas!
Moldou seu primeiro tijolo.
Iniciava-se ali, a sua olaria.
Acomodou, assentou o primeiro tijolo
dentro d'alma!
Quando sofreu a segunda, a terceira perdas
Na sua olaria, voltou a amassar o barro
regado de lágrimas!
Assentou-os sobre o primeiro!
E assim foi construindo o seu duro aconchego
Outra perda, outro tijolo
perda, tijolo
perda tijolo
Um sobre o outro fixados , suportando,
quem sabe , as dores, as asperezas, os danos!
De pranto em pranto, os tijolos avolumados
Estava feita a muralha!
Quando se deu conta,
a alma estava intransponível.
Impedimentos , escuridão , tormentos...
Pobre alma cerceada numa muralha!
Numa tempestade deflagrada
dentro do peito sufocado
Numa louca e fatal destruição,
cai a muralha!
O raio de sol, depois da tormenta ,
não pede licença e trespassa os escombros!
A olaria foi exterminada!
Vera Popoff
Quando sofreu sua primeira perda
desatinou, chorou!
Correu amassar o barro
molhado com suas lágrimas!
Moldou seu primeiro tijolo.
Iniciava-se ali, a sua olaria.
Acomodou, assentou o primeiro tijolo
dentro d'alma!
Quando sofreu a segunda, a terceira perdas
Na sua olaria, voltou a amassar o barro
regado de lágrimas!
Assentou-os sobre o primeiro!
E assim foi construindo o seu duro aconchego
Outra perda, outro tijolo
perda, tijolo
perda tijolo
Um sobre o outro fixados , suportando,
quem sabe , as dores, as asperezas, os danos!
De pranto em pranto, os tijolos avolumados
Estava feita a muralha!
Quando se deu conta,
a alma estava intransponível.
Impedimentos , escuridão , tormentos...
Pobre alma cerceada numa muralha!
Numa tempestade deflagrada
dentro do peito sufocado
Numa louca e fatal destruição,
cai a muralha!
O raio de sol, depois da tormenta ,
não pede licença e trespassa os escombros!
A olaria foi exterminada!
terça-feira, 20 de outubro de 2015
HORA DE NAVEGAR
HORA DE NAVEGAR
Vera popoff
Jamais parei n'algum lugar.
Passei por tantos,
Ancorei por algum tempo
Voltei a navegar...
A minha alma é inquieta,
mas o meu corpo deseja
aquietar-se.
No conflito entre corpo e alma
Quem sairá vencedor?
O vento começa a soprar mais forte
Um galho da minha árvore roça a alma
Podar o galho instigador?
Ou deixar-me vulnerável
ao seu toque motivador?
Vera popoff
Jamais parei n'algum lugar.
Passei por tantos,
Ancorei por algum tempo
Voltei a navegar...
A minha alma é inquieta,
mas o meu corpo deseja
aquietar-se.
No conflito entre corpo e alma
Quem sairá vencedor?
O vento começa a soprar mais forte
Um galho da minha árvore roça a alma
Podar o galho instigador?
Ou deixar-me vulnerável
ao seu toque motivador?
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
DOIS RETRATOS
DOIS RETRATOS
(Vera Popoff)
Na parede do meu quarto
tenho dois retratos pendurados.
São mudos, intactos!
Semblantes tão sutis e tão distantes!
Sinto que quando me olham...choram.
Talvez a lágrima da saudade
A despedida, afinal, foi sentida e sofrida,
magoada e chorada, por mim e pelos retratos,
compartilhada!
Olho para os retratos e lembro-me...
das vozes que já não falam
dos risos que já não riem
dos gestos , assim de relance
quase ao meu alcance!
-Quero voltar no tempo!
Mas falho no meu intento
e me contento
em observar os retratos
sem a metafísica do entendimento.
Faço tentativas para vencer
o que jamais será vencido
A distância entre mim e os retratos,
consumada pelo tempo, pela linha
do infinito onde se encontram.
Os retratos são tristes, vazios e desabitados
Os aromas, as essências foram-se
com os eflúvios da nova esfera!
Aqui no peito, a ilusão da espera
Ah, coração humano e esperançoso!
Tem sonhos do reencontro, mas por enquanto...
Apenas os traços e os tantos laços
que unem-me aos retratos!
(Vera Popoff)
Na parede do meu quarto
tenho dois retratos pendurados.
São mudos, intactos!
Semblantes tão sutis e tão distantes!
Sinto que quando me olham...choram.
Talvez a lágrima da saudade
A despedida, afinal, foi sentida e sofrida,
magoada e chorada, por mim e pelos retratos,
compartilhada!
Olho para os retratos e lembro-me...
das vozes que já não falam
dos risos que já não riem
dos gestos , assim de relance
quase ao meu alcance!
-Quero voltar no tempo!
Mas falho no meu intento
e me contento
em observar os retratos
sem a metafísica do entendimento.
Faço tentativas para vencer
o que jamais será vencido
A distância entre mim e os retratos,
consumada pelo tempo, pela linha
do infinito onde se encontram.
Os retratos são tristes, vazios e desabitados
Os aromas, as essências foram-se
com os eflúvios da nova esfera!
Aqui no peito, a ilusão da espera
Ah, coração humano e esperançoso!
Tem sonhos do reencontro, mas por enquanto...
Apenas os traços e os tantos laços
que unem-me aos retratos!
TROVAS NA SEGUNDA -FEIRA
TROVAS NA SEGUNDA-FEIRA
(Vera Popoff)
Engano a segunda-feira
Minto que estou tão feliz!
Que o dia será de pura alegria
Visto a preguiça com outro matiz
A alma reage, já não está fria!
Não escolho entre o verso e a flor
No verso eu canto os amores
Meus olhos bendizem as flores
Meu verso transforma -se em rosa
Minha rosa transfora-se em prosa!
Passo a vida em revista
Olhando as fotografias
Revivo doces momentos
Aliso as emoções e alegrias!
(Vera Popoff)
Engano a segunda-feira
Minto que estou tão feliz!
Que o dia será de pura alegria
Visto a preguiça com outro matiz
A alma reage, já não está fria!
Não escolho entre o verso e a flor
No verso eu canto os amores
Meus olhos bendizem as flores
Meu verso transforma -se em rosa
Minha rosa transfora-se em prosa!
Passo a vida em revista
Olhando as fotografias
Revivo doces momentos
Aliso as emoções e alegrias!
domingo, 18 de outubro de 2015
ESTOU VERDE!!
ESTOU VERDE!
Vera Popoff
Passei a manhã jardinando
Achei boa prosa : o vizinho Mauro
A conversa animada na cerca
Com bom humor, tudo se ajeita!
Conversadeira, contei "causos" ao Mauro
Rimos e trocamos gentilezas
Coisa boa é a delicadeza!!
Contei-lhe da paixão pelas plantas
Todas: árvores, folhagens, flores,
coloridos vários, a energia , a sinergia!
Falamos de sonhos , dias risonhos!
Ele , bem mais quieto! Mais ouvido
do que boca!
Mas me dizia:- Fala mais, dona Vera!
-Não, Mauro, apenas Vera!
As dezenas de mudanças de endereços
e dos tantos tropeços!
As infantis esperanças de tornar meu mundo
bem feitinho
bem verdinho!
As paisagens modificadas
A vida sempre recomeçada
As plantas campeadas
As sementes lançadas
O plano de viver numa casa invadida...
por todos os galhos do mundo,
sem nódoas
sem podas!
E não é que o impossível acontece?
Bendita seja a perseverança, a pujança!
Minha casa está sendo invadida!!!!!!!!!!
-Não me socorram. não estou em perigo!
Só estou ficando...verde!
Vera Popoff
Passei a manhã jardinando
Achei boa prosa : o vizinho Mauro
A conversa animada na cerca
Com bom humor, tudo se ajeita!
Conversadeira, contei "causos" ao Mauro
Rimos e trocamos gentilezas
Coisa boa é a delicadeza!!
Contei-lhe da paixão pelas plantas
Todas: árvores, folhagens, flores,
coloridos vários, a energia , a sinergia!
Falamos de sonhos , dias risonhos!
Ele , bem mais quieto! Mais ouvido
do que boca!
Mas me dizia:- Fala mais, dona Vera!
-Não, Mauro, apenas Vera!
As dezenas de mudanças de endereços
e dos tantos tropeços!
As infantis esperanças de tornar meu mundo
bem feitinho
bem verdinho!
As paisagens modificadas
A vida sempre recomeçada
As plantas campeadas
As sementes lançadas
O plano de viver numa casa invadida...
por todos os galhos do mundo,
sem nódoas
sem podas!
E não é que o impossível acontece?
Bendita seja a perseverança, a pujança!
Minha casa está sendo invadida!!!!!!!!!!
-Não me socorram. não estou em perigo!
Só estou ficando...verde!
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
SAUDAÇÃO AO DIA
SAUDAÇÃO AO DIA
Vera Popoff
O sol, a rosa, a borboleta,
o colibri, o sabiá, a abelha,
o galho se embalançando,
a pedra pisada, o cheiro bom
da terra molhada!
O estrondo do trovão,
a chuva pingando na alma e
a alma se enxaguando!
A pele ao sol, o rosto corado!
O traço do sossego,
o treino do desapego.
A existência sem muita obediência,
a liberdade, a fé, a esperança!
O coração aberto...a partilha.
O passo em direção ao sonho.
A saudade do invisível
O peito tão sensível!
A porteira aberta
A ladeira deserta
A paciência difícil, mas é
a decisão certa.
O desejo pequeno
O traçado curto
O caminho que dia a dia ,
eu encurto!
A vida que surpreende
Cada aurora, que a chama apagada
acende
e meu espírito ascende!
Vera Popoff
O sol, a rosa, a borboleta,
o colibri, o sabiá, a abelha,
o galho se embalançando,
a pedra pisada, o cheiro bom
da terra molhada!
O estrondo do trovão,
a chuva pingando na alma e
a alma se enxaguando!
A pele ao sol, o rosto corado!
O traço do sossego,
o treino do desapego.
A existência sem muita obediência,
a liberdade, a fé, a esperança!
O coração aberto...a partilha.
O passo em direção ao sonho.
A saudade do invisível
O peito tão sensível!
A porteira aberta
A ladeira deserta
A paciência difícil, mas é
a decisão certa.
O desejo pequeno
O traçado curto
O caminho que dia a dia ,
eu encurto!
A vida que surpreende
Cada aurora, que a chama apagada
acende
e meu espírito ascende!
FOTO DA FOTÓGRAFA DIRCE MITUUTI |
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
CINCO VEZES SEIS
CINCO VEZES SEIS
(Vera Popoff))
-João, responda rápido!
-5 x 6 ?
-Trinta, professora!
E tange o sino do meu peito!
Trinta badaladas!
Trinta anos seguidos
da lição teimosamente insistida,
repetida, com a voz pausada,
a consciência apaziguada!
O passado vai longe, mas
a lembrança tão viva
o meu coração cativa!
No firmamento brilham
os olhos deles... como as estrelas
circundando as luas!
A sala singela,
Na lousa , a esperança!
Deitar e dormir sossegada, pois amanhã...
uma ambição diferente
O desejo da lição bem feita,
o saber mais frequente!
O sujeito adquirindo tantos
predicados!
O direto objeto:- o sonho da criança!
A frase bem acabada e pontuada.
O exercício da paciência
cultivado com tanta decência!
Saudades? Sim ! Indicam as badaladas
do sino tangendo no coração.
É o recreio!
A pausa merecida, a alma refeita!
O problema resolvido
O raciocínio treinado
O silêncio alentador do dever cumprido,
do livro lido , do destino esculpido
na nobre lida!
Sim, valeram tanto a pena ! As tabuadas decoradas,
as leituras interpretadas, a caminhada indicada!
Cinco vezes seis ?
-Trinta, professora!
(Vera Popoff))
-João, responda rápido!
-5 x 6 ?
-Trinta, professora!
E tange o sino do meu peito!
Trinta badaladas!
Trinta anos seguidos
da lição teimosamente insistida,
repetida, com a voz pausada,
a consciência apaziguada!
O passado vai longe, mas
a lembrança tão viva
o meu coração cativa!
No firmamento brilham
os olhos deles... como as estrelas
circundando as luas!
A sala singela,
Na lousa , a esperança!
Deitar e dormir sossegada, pois amanhã...
uma ambição diferente
O desejo da lição bem feita,
o saber mais frequente!
O sujeito adquirindo tantos
predicados!
O direto objeto:- o sonho da criança!
A frase bem acabada e pontuada.
O exercício da paciência
cultivado com tanta decência!
Saudades? Sim ! Indicam as badaladas
do sino tangendo no coração.
É o recreio!
A pausa merecida, a alma refeita!
O problema resolvido
O raciocínio treinado
O silêncio alentador do dever cumprido,
do livro lido , do destino esculpido
na nobre lida!
Sim, valeram tanto a pena ! As tabuadas decoradas,
as leituras interpretadas, a caminhada indicada!
Cinco vezes seis ?
-Trinta, professora!
terça-feira, 13 de outubro de 2015
FINAL DE FÉRIAS
FINAL DE FÉRIAS
(Vera Popoff)
Final de férias...
E já bate a saudade da rotina fleumática
O esquecimento do horário
Café da manhã demorado
Os olhos no portal que indica o infinito
O corpo num ritmo lento
Alguns sonhos sonhados com doce preguiça!
Férias é a proximidade do enredo mais cativante
Notamos a flor mais aberta
A alegria como cena certa
O aconchego macio da cama desarrumada
A conversa pausada e prolongada
Discussões existenciais que não levam
a lugar algum!
Mas instigam o pensamento
na ideia sem praticidade, apenas
no raciocínio sem lógica,
técnicas esquecidas , resoluções adormecidas!
Tão bom! Tão bom e dura tão pouco!
Acorda, olha a janela!
Rutila a manhã e lhe chama
-Ao dever , agita-se a dura razão
A vida não transcorre só de emoção
Chateia, exaure e nos amarra, o tal trabalho
A caminhada é longa , ´mas o nosso único atalho!
(Vera Popoff)
Final de férias...
E já bate a saudade da rotina fleumática
O esquecimento do horário
Café da manhã demorado
Os olhos no portal que indica o infinito
O corpo num ritmo lento
Alguns sonhos sonhados com doce preguiça!
Férias é a proximidade do enredo mais cativante
Notamos a flor mais aberta
A alegria como cena certa
O aconchego macio da cama desarrumada
A conversa pausada e prolongada
Discussões existenciais que não levam
a lugar algum!
Mas instigam o pensamento
na ideia sem praticidade, apenas
no raciocínio sem lógica,
técnicas esquecidas , resoluções adormecidas!
Tão bom! Tão bom e dura tão pouco!
Acorda, olha a janela!
Rutila a manhã e lhe chama
-Ao dever , agita-se a dura razão
A vida não transcorre só de emoção
Chateia, exaure e nos amarra, o tal trabalho
A caminhada é longa , ´mas o nosso único atalho!
domingo, 11 de outubro de 2015
EU QUERIA TER SIDO VOCÊ
DE MÃE PARA FILHA
EU QUERIA TER SIDO VOCÊ
Vera Popoff
Eu queria ter sido você...ontem!
Sem invejá-la, mas por admirá-la tanto!
Eu queria ter tido a sua inteligência,
a sua perspicácia e tanta eficácia...para amar.
Eu queria ter sido você ...ontem!
Para o meu coração bater
como bate o seu coração...compassado,
às vezes , apressado, com amor demonstrado,
exagerado , ilimitado!
Eu queria ter sido você...ontem!
Tão corajosa e destemida,
tão segura e cheia de certezas.
Ter a alma como a sua alma,
com traços de beleza e visível grandeza!
Eu queria ter sido você ...ontem!
Ter tido o seu olhar de mar
Seu rosto cálido, sorriso de luz
Mãos de amparar
Gestos de auxiliar!
Eu queria ter sido você...ontem!
Ter vivido mocidade bela e livre!
Ter sonhado sonhos mais coloridos
Ter andado por caminhos menos espremidos!
Eu queria ter tido a sua ousadia
a sua tão jovem sabedoria!
Ter brilhado como a sua estrela e ...
voado no seu céu azul, azul de delicadeza!
Mas
agradeço a ventura de não ter sido você...
ontem!
Porque pude ser a sua mãe...hoje!
EU QUERIA TER SIDO VOCÊ
Vera Popoff
Eu queria ter sido você...ontem!
Sem invejá-la, mas por admirá-la tanto!
Eu queria ter tido a sua inteligência,
a sua perspicácia e tanta eficácia...para amar.
Eu queria ter sido você ...ontem!
Para o meu coração bater
como bate o seu coração...compassado,
às vezes , apressado, com amor demonstrado,
exagerado , ilimitado!
Eu queria ter sido você...ontem!
Tão corajosa e destemida,
tão segura e cheia de certezas.
Ter a alma como a sua alma,
com traços de beleza e visível grandeza!
Eu queria ter sido você ...ontem!
Ter tido o seu olhar de mar
Seu rosto cálido, sorriso de luz
Mãos de amparar
Gestos de auxiliar!
Eu queria ter sido você...ontem!
Ter vivido mocidade bela e livre!
Ter sonhado sonhos mais coloridos
Ter andado por caminhos menos espremidos!
Eu queria ter tido a sua ousadia
a sua tão jovem sabedoria!
Ter brilhado como a sua estrela e ...
voado no seu céu azul, azul de delicadeza!
Mas
agradeço a ventura de não ter sido você...
ontem!
Porque pude ser a sua mãe...hoje!
sábado, 10 de outubro de 2015
FRASES
FRASES
Acredito que as mãos que plantam flores , seguram mais força e energia do que aquelas que atiram pedras. ( Vera Popoff)
Eu fico tanto em casa, mas tanto, que criei raízes e virei planta.(Vera Popoff)
Janelas nos inspiram. Abertas ou fechadas são um verso, por si só! (Vera Popoff)
Se a vida fosse uma constante calmaria, seria tão bom! Menos cansativa.
Porém seríamos frágeis como pluma. Não resistiríamos , nem mesmo a uma leve brisa.
(Vera Popoff)
Se as dores , as perdas e os sofrimentos não tornaram um coração mais humilde e manso, o diagnóstico é grave! Arrogância e maldade estão obstruindo as artérias e veias. (Vera Popoff)
Deus é a minha inspiração, a minha devoção, a minha palavra. Sem Ele , não há poesia, não há sintonia, não há rima. Sem Deus, minh'alma esfria e minha cabeça esvazia. (Vera Popoff)
Se me calo, não me comprometo. Se falo, a tantos aborreço. Mas a minha consciência não convive bem com a omissão.(Vera Popoff)
Direita ou esquerda , para mim, indicam apenas a direção! De verdade, quero o bem do meu irmão!
(Vera Popoff)4
Acredito que as mãos que plantam flores , seguram mais força e energia do que aquelas que atiram pedras. ( Vera Popoff)
Eu fico tanto em casa, mas tanto, que criei raízes e virei planta.(Vera Popoff)
Janelas nos inspiram. Abertas ou fechadas são um verso, por si só! (Vera Popoff)
Se a vida fosse uma constante calmaria, seria tão bom! Menos cansativa.
Porém seríamos frágeis como pluma. Não resistiríamos , nem mesmo a uma leve brisa.
(Vera Popoff)
Se as dores , as perdas e os sofrimentos não tornaram um coração mais humilde e manso, o diagnóstico é grave! Arrogância e maldade estão obstruindo as artérias e veias. (Vera Popoff)
Deus é a minha inspiração, a minha devoção, a minha palavra. Sem Ele , não há poesia, não há sintonia, não há rima. Sem Deus, minh'alma esfria e minha cabeça esvazia. (Vera Popoff)
Se me calo, não me comprometo. Se falo, a tantos aborreço. Mas a minha consciência não convive bem com a omissão.(Vera Popoff)
Direita ou esquerda , para mim, indicam apenas a direção! De verdade, quero o bem do meu irmão!
(Vera Popoff)4
VISÃO BONITA
VISÃO BONITA
Vera Popoff
Apenas uma visão bonita
já pode mudar o meu dia
molhar a alma de alegria
esquecer qualquer nostalgia!
Vera Popoff
Apenas uma visão bonita
já pode mudar o meu dia
molhar a alma de alegria
esquecer qualquer nostalgia!
O SUOR DA TESTA
O SUOR DA TESTA
Vera Popoff
Escrevo a minha palavra de olho na janela
Na alma chovida , a asa pesa!
Entre um dizer e outro,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para encaixar a sílaba no verso!
Uma turva visão do ninho já vazio
D'uma casa pintada de amarelo
Quintal desarrumado, as roupas
esticadas no varal!
Entre o discorrer d'um pensamento e outro,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para achar a saída na penumbra!
Meu peito é uma caverna onde escondo dores.
Eu choro e sofro, mas disfarço e rio
Entre um choro e um riso,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para fingir!
Dentro de mim não cabe mais saudade
De tantas, já tenho povoado o coração!
Entre uma saudade e outra ,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para viajar, voltar no tempo!
Submersa no silêncio escuto a própria voz!
A retórica é sempre a mesma, eu me confundo
Entre uma tentativa e outra,
enxugo a minha testa!
O esforço vem da força que faço
para mudar o tom!
Enquanto penso, chegam indagações!
São dúvidas , incertezas, indecisões!
Entre um questionamento e outro,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para não perder a fé!
Sou tão pequena num Universo gigantesco!
Sou obra feita, vestida das lembranças
Minto e digo que sou a esperança!
Entre uma espera e outra ,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para não desesperar!
Vera Popoff
Escrevo a minha palavra de olho na janela
Na alma chovida , a asa pesa!
Entre um dizer e outro,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para encaixar a sílaba no verso!
Uma turva visão do ninho já vazio
D'uma casa pintada de amarelo
Quintal desarrumado, as roupas
esticadas no varal!
Entre o discorrer d'um pensamento e outro,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para achar a saída na penumbra!
Meu peito é uma caverna onde escondo dores.
Eu choro e sofro, mas disfarço e rio
Entre um choro e um riso,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para fingir!
Dentro de mim não cabe mais saudade
De tantas, já tenho povoado o coração!
Entre uma saudade e outra ,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para viajar, voltar no tempo!
Submersa no silêncio escuto a própria voz!
A retórica é sempre a mesma, eu me confundo
Entre uma tentativa e outra,
enxugo a minha testa!
O esforço vem da força que faço
para mudar o tom!
Enquanto penso, chegam indagações!
São dúvidas , incertezas, indecisões!
Entre um questionamento e outro,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para não perder a fé!
Sou tão pequena num Universo gigantesco!
Sou obra feita, vestida das lembranças
Minto e digo que sou a esperança!
Entre uma espera e outra ,
enxugo a minha testa!
O suor vem do esforço que faço
para não desesperar!
LEVA-ME , PASSARINHO!
LEVA-ME , PASSARINHO!
Vera Popoff
Venha buscar-me, passarinho!
Leva-me para o teu ninho
no alto daquela paineira.
Aqui embaixo, estou vivendo dores e penas
Aconchega-me no calor das tuas penas!
Estou sofrendo de pena em pena
Tropeçando de pedra em pedra
Chorando de gota em gota
Meu olho virou um conta-gotas!
No chão, a distância é tão grande!
Os ninhos já não são tão macios ,
Minha voz cai no vazio
Eu vejo tanta agonia
A palavra virou artilharia
Aconchega-me nas tuas penas
Já não aguento a dolorosa pena!
Quero embarcar nas tuas asas
Alivia a minha vasta pena
embaixo das tuas penas!
Vera Popoff
Venha buscar-me, passarinho!
Leva-me para o teu ninho
no alto daquela paineira.
Aqui embaixo, estou vivendo dores e penas
Aconchega-me no calor das tuas penas!
Estou sofrendo de pena em pena
Tropeçando de pedra em pedra
Chorando de gota em gota
Meu olho virou um conta-gotas!
No chão, a distância é tão grande!
Os ninhos já não são tão macios ,
Minha voz cai no vazio
Eu vejo tanta agonia
A palavra virou artilharia
Aconchega-me nas tuas penas
Já não aguento a dolorosa pena!
Quero embarcar nas tuas asas
Alivia a minha vasta pena
embaixo das tuas penas!
FOTO DA FOTÓGRAFA DIRCE MITUUTI |
RASTELANDO A GRAMA
RASTELANDO A GRAMA
(Vera Popoff)
Rastelo a grama do terreiro incerto
Fugiu-me a inspiração, fugiu-me a rima
Tranquei o pensamento e nada sei
de certo!
Pousei o lápis e desacelerei o imaginário
O dia não era. O dia não era para poetar louvores
ou cantar amores!
Rastelo a grama sem arrimo
para as minhas dores!
Não encontro as palavras
Não desvencilho-me das amarras.
Não escrevo o meu verso no anverso do papel
nem no adverso!
Ásperas ideias . Nenhuma lira para suavizá-las!
Toda harmonia perde-se no chão
onde rastelo a grama.
Rastelo a grama com a dureza d'alma!
As mãos limpam o suor do rosto
Cansada, olhando o nada eu curvo o dorso
e sigo...
rastelando a grama com mágoa no peito.
Perco o combate das idéias
Vence a iniquidade que desola!
Rastelo a grama. Vou exaurir meu corpo!
O infértil dia viveu da criação vazia
O pensamento é puro alheamento.
Rastelando a grama , abraço o tempo
do descontentamento!
(Vera Popoff)
Rastelo a grama do terreiro incerto
Fugiu-me a inspiração, fugiu-me a rima
Tranquei o pensamento e nada sei
de certo!
Pousei o lápis e desacelerei o imaginário
O dia não era. O dia não era para poetar louvores
ou cantar amores!
Rastelo a grama sem arrimo
para as minhas dores!
Não encontro as palavras
Não desvencilho-me das amarras.
Não escrevo o meu verso no anverso do papel
nem no adverso!
Ásperas ideias . Nenhuma lira para suavizá-las!
Toda harmonia perde-se no chão
onde rastelo a grama.
Rastelo a grama com a dureza d'alma!
As mãos limpam o suor do rosto
Cansada, olhando o nada eu curvo o dorso
e sigo...
rastelando a grama com mágoa no peito.
Perco o combate das idéias
Vence a iniquidade que desola!
Rastelo a grama. Vou exaurir meu corpo!
O infértil dia viveu da criação vazia
O pensamento é puro alheamento.
Rastelando a grama , abraço o tempo
do descontentamento!
TAREFA ROTINEIRA
TAREFA ROTINEIRA
Vera Popoff
Há tarefa rotineira a cumprir,
mas descumpro!
Largo a vassoura e sonhando
seguro a caneta.
Vou poetar!
O silêncio é augusto, vou poetar!
Há tarefa rotineira a cumprir
Insisto e novamente, descumpro!
Apago a chama do fogão
Acendo a chama da alma e penso,
e viajo pela atmosfera azul, fresca, leve...
Vou entregar ao vento meu pensamento
O vento vai ajudar-me... trazendo a palavra
estruturando o verso. Vou poetar!
Há tarefa rotineira a cumprir
Mas ...teimosamente, descumpro!
Fecho torneiras, desligo aparelhos.
Ligo no duzentos e vinte, o meu coração
tão sedento de emoção!
Minh'alma aberta, descoberta,
o seu canto, já não acoberta!
Há tarefa rotineira a cumprir
Rebelde como donzela à procura
da paixão
Descumpro!
Descumpro qualquer determinação,
descumpro o comportamento padrão
Descumpro o que foi dito para ser cumprido!
O sol quer dardejar seus raios
sobre mim!
Atingida pela luz do sol,
vou fulgurar!
Vera Popoff
Há tarefa rotineira a cumprir,
mas descumpro!
Largo a vassoura e sonhando
seguro a caneta.
Vou poetar!
O silêncio é augusto, vou poetar!
Há tarefa rotineira a cumprir
Insisto e novamente, descumpro!
Apago a chama do fogão
Acendo a chama da alma e penso,
e viajo pela atmosfera azul, fresca, leve...
Vou entregar ao vento meu pensamento
O vento vai ajudar-me... trazendo a palavra
estruturando o verso. Vou poetar!
Há tarefa rotineira a cumprir
Mas ...teimosamente, descumpro!
Fecho torneiras, desligo aparelhos.
Ligo no duzentos e vinte, o meu coração
tão sedento de emoção!
Minh'alma aberta, descoberta,
o seu canto, já não acoberta!
Há tarefa rotineira a cumprir
Rebelde como donzela à procura
da paixão
Descumpro!
Descumpro qualquer determinação,
descumpro o comportamento padrão
Descumpro o que foi dito para ser cumprido!
O sol quer dardejar seus raios
sobre mim!
Atingida pela luz do sol,
vou fulgurar!
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
EU NÃO PEDI
EU NÃO PEDI
Vera Popoff
Eu não pedi aquela oferenda
Apenas , um dia , sonhei com ela
Estava embaixo dela
E ela chovia pétalas
Eram todas cor-de-rosa
Eu ali, tão só e pensativa
fiquei coberta de flores!
Perguntei ao Meu Senhor:
- Onde estão todas as dores?
Jamais sonhei que a merecesse
Por mais que me lamentasse
Por tudo que no dia, rezasse
pela cruz que carregasse
Nunca pedi ao céu , tal oferenda!
Mas já que o céu enviou
Agradeço e juro bondade
No coração, um colchão de humildade
Onde se deitarão os bons sentimentos!
Agora , sou um fluído frouxo e brando
Sigo o meu dia, segurando a oferenda e
amando!
Quer receber o meu amor?
Não há fila de espera
É por ordem de chegada.
Vera Popoff
Eu não pedi aquela oferenda
Apenas , um dia , sonhei com ela
Estava embaixo dela
E ela chovia pétalas
Eram todas cor-de-rosa
Eu ali, tão só e pensativa
fiquei coberta de flores!
Perguntei ao Meu Senhor:
- Onde estão todas as dores?
Jamais sonhei que a merecesse
Por mais que me lamentasse
Por tudo que no dia, rezasse
pela cruz que carregasse
Nunca pedi ao céu , tal oferenda!
Mas já que o céu enviou
Agradeço e juro bondade
No coração, um colchão de humildade
Onde se deitarão os bons sentimentos!
Agora , sou um fluído frouxo e brando
Sigo o meu dia, segurando a oferenda e
amando!
Quer receber o meu amor?
Não há fila de espera
É por ordem de chegada.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
ESPERANÇA
ESPERANÇA
(Vera Popoff)
Esperança,
Não me engane mais!
Sorrateira, invade a minha vida,
cora uma palidez consentida,
instala-se no peito vazio,
aquece o coração frio,
assedia-me com a ilusão
promete o fim da minha solidão!
Esperança,
Não me torture mais!
Zomba de mim...
Fala do amor e da bem aventurança
enche-me de confiança
descreve-me a calmaria
o fim da tempestade
tempos de serenidade!
Esperança,
Não cometa tal perfídia!
Teu aceno é leviano,
tuas águas são tormentas
revigora o sonho vencido
desenha um trajeto novo
debocha da minha saudade
promete tanta inverdade
embala a ilusão que dorme
faz-se bonita, eloquente!
deixa-me acreditar
e parte ...levando o retrato
do meu pranto!
(Vera Popoff)
Esperança,
Não me engane mais!
Sorrateira, invade a minha vida,
cora uma palidez consentida,
instala-se no peito vazio,
aquece o coração frio,
assedia-me com a ilusão
promete o fim da minha solidão!
Esperança,
Não me torture mais!
Zomba de mim...
Fala do amor e da bem aventurança
enche-me de confiança
descreve-me a calmaria
o fim da tempestade
tempos de serenidade!
Esperança,
Não cometa tal perfídia!
Teu aceno é leviano,
tuas águas são tormentas
revigora o sonho vencido
desenha um trajeto novo
debocha da minha saudade
promete tanta inverdade
embala a ilusão que dorme
faz-se bonita, eloquente!
deixa-me acreditar
e parte ...levando o retrato
do meu pranto!
A DOR
A DOR
(Vera Popoff)
A dor que declaro agora
Não é a dor da alma,
nem a do coração, tão pouco,
da mal resolvida paixão!
A dor que declaro agora
Não é a dor da perda,
nem a dor da despedida
ou da triste partida.
Tão pouco é a dor desmedida
da saudade sentida!
A dor que declaro agora
É dor renitente, teimosa,
insistente e diferente!
Não é curada com afago,
com ternura ou doçura,
com a presença querida,
ou a força aguerrida!
A dor que declaro agora
é a dor do corpo exaurido
de sentir dor!
Está presente ao deitar
e ao despertar.
Machuca e intimida a lida
Tortura e tranca o sorriso!
Nem a flor a ameniza,
céu azul não minimiza,
canto algum a suaviza!
O que fazer com a dor, doutor?
Fingir que não está doendo?
Que dor alguma persiste e
que é mentira , a dor que existe?
O que fazer com a dor, doutor?
Inventar que a dor se foi?
Vencê-la com o pensamento,
encenar que não há tormento,
sorrir para o sofrimento?
Doutor, sua receita aviada,
a dor foi incorporada,
é o meu sétimo sentido!
Enfim...o teorema da dor ,
demonstrado e
mal curado!
(Vera Popoff)
A dor que declaro agora
Não é a dor da alma,
nem a do coração, tão pouco,
da mal resolvida paixão!
A dor que declaro agora
Não é a dor da perda,
nem a dor da despedida
ou da triste partida.
Tão pouco é a dor desmedida
da saudade sentida!
A dor que declaro agora
É dor renitente, teimosa,
insistente e diferente!
Não é curada com afago,
com ternura ou doçura,
com a presença querida,
ou a força aguerrida!
A dor que declaro agora
é a dor do corpo exaurido
de sentir dor!
Está presente ao deitar
e ao despertar.
Machuca e intimida a lida
Tortura e tranca o sorriso!
Nem a flor a ameniza,
céu azul não minimiza,
canto algum a suaviza!
O que fazer com a dor, doutor?
Fingir que não está doendo?
Que dor alguma persiste e
que é mentira , a dor que existe?
O que fazer com a dor, doutor?
Inventar que a dor se foi?
Vencê-la com o pensamento,
encenar que não há tormento,
sorrir para o sofrimento?
Doutor, sua receita aviada,
a dor foi incorporada,
é o meu sétimo sentido!
Enfim...o teorema da dor ,
demonstrado e
mal curado!
UMA HISTÓRIA DE AMOR
UMA HISTÓRIA DE AMOR(Vera Popoff)
Aquele homem de bigode escuro
e boca de beijo
Cantou para ela uma serenata
em plena Paulista.
E ela, de cabelos longos e boca
de desejo
Sentiu-se a Iaiá Garcia,
saída do livro!
O homem de bigode escuro
e boca de beijo
Oferta-lhe uma rosa.
E ela, de cabelos longos
e boca de desejo,
muito caprichosa, pensa que
todas as rosas, agora, são dela!
O homem de bigode escuro
e boca de beijo
Compara sues olhos ao brilho
das estrelas.
E ela, de cabelos longos
e boca de desejo
Sorri com seu lindo olhar e
acredita que o momento é
só de amar!
O homem de bigode escuro
a toma em seus braços,
em plena Paulista,
bem defronte ao Masp!
E ela, de cabelos longos
entrega-se ao beijo!
Agora , sente-se a estrela
que saiu da tela!
O homem de bigode escuro,
bem defronte ao Masp,
diz-lhe coisas belas!
E ela, de cabelos longos ,
com sutil malícia, suspira
e delira aquela poesia!
O homem de bigode escuro,
em plena Paulista,
entrega-lhe a lua,
Oh, figura antiga!
E ela de cabelos longos,
bem defronte ao Masp,
acredita que a lua, ali da Paulista,
ainda é dos apaixonados!
IPÊ ROSA
IPÊ ROSA
Vera Popoff
Olha , no topo da colina
Dentro do meu quintal
Um ipê rosa florido!!
Majestoso, alto, imponente
Não me diz a sua idade
Também não sei calcular...
Perdi a lição de botânica
Vamos lá. O que sei sobre a árvore?
É frondosa e tão bonita!
Deslumbramento que minh'alma, fita!
Descama as folhas no chão
descanso num tapete macio
e vai-se do coração, qualquer vazio.
Ergo o pescoço bem alto
quero contar quantas flores,
mas o que ganho são dores!
As flores, centenas delas
Num exagero , diria, milhares
aviltando com a formosura
o mundo devastador, já tão pobre
de doçura!
Vou dormir. Sonho com ela
Estou amando embaixo dela
O beijo tem a cor da flor
E o gosto...nossa!
O gosto tem gosto de amor!
Vera Popoff
Olha , no topo da colina
Dentro do meu quintal
Um ipê rosa florido!!
Majestoso, alto, imponente
Não me diz a sua idade
Também não sei calcular...
Perdi a lição de botânica
Vamos lá. O que sei sobre a árvore?
É frondosa e tão bonita!
Deslumbramento que minh'alma, fita!
Descama as folhas no chão
descanso num tapete macio
e vai-se do coração, qualquer vazio.
Ergo o pescoço bem alto
quero contar quantas flores,
mas o que ganho são dores!
As flores, centenas delas
Num exagero , diria, milhares
aviltando com a formosura
o mundo devastador, já tão pobre
de doçura!
Vou dormir. Sonho com ela
Estou amando embaixo dela
O beijo tem a cor da flor
E o gosto...nossa!
O gosto tem gosto de amor!
MEU JARDIM
MEU JARDIM
Vera Popoff
O meu jardim é tão simples!
Eu diria, um jardim, assim como eu,
caipira!
Exubera na singeleza!
Sem planejamento, os galhos são brotados
Sem definida arquitetura, as flores ocupam espaços
A festa é das joaninhas, besouros, abelhas e beija-flores!
Minhocas escorregadias fazem seus túneis e avançam
terra adentro.
Mas meu jardim tem coração e alma
Inspira uma formosura harmônica e desenhada
Mesmo que alguma dor resista
O jardim está lá...sempre à vista!
MULHER DE TRINTA
MULHER DE TRINTA
Vera Popoff
Vera Popoff
Houve o tempo de viver extasiada
Ágil e bela mulher de trinta!...
Venturosa e bonançosa
Tão bem arrumada e vaidosa!
Os gestos tão delicados...
A sedução disfarçada
O pudor, no sorriso, desmentido.
Ágil e bela mulher de trinta!...
Venturosa e bonançosa
Tão bem arrumada e vaidosa!
Os gestos tão delicados...
A sedução disfarçada
O pudor, no sorriso, desmentido.
O prazer de sentir-se bonita
quando alegre,
quando triste
O brilho no olhar confiante,
exuberando
como a luminosa luz da aurora!
Envelhece a mulher de trinta...
Já não é ágil, nem bela
Alguma ventura e a serenidade.
Sobrevive , uma sutil vaidade
Os pés são doídos! Suportam apenas,
alpargatas folgadas, relaxadas!
As mãos insistem no labor, mas cansam-se,
São manchadas e desgastadas
O corpo mal aguenta o peso do tempo
Na alma , um botão de flor,
vagarosamente... tenta desabrochar!
quando alegre,
quando triste
O brilho no olhar confiante,
exuberando
como a luminosa luz da aurora!
Envelhece a mulher de trinta...
Já não é ágil, nem bela
Alguma ventura e a serenidade.
Sobrevive , uma sutil vaidade
Os pés são doídos! Suportam apenas,
alpargatas folgadas, relaxadas!
As mãos insistem no labor, mas cansam-se,
São manchadas e desgastadas
O corpo mal aguenta o peso do tempo
Na alma , um botão de flor,
vagarosamente... tenta desabrochar!
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
MANIA DE FOTOGRAFIA
MANIA DE FOTOGRAFIA
(Vera Popoff)
Com mania de fotografia
Eu fotografei o jardim,
incluindo um pé de jasmim!
Fotografei passarinho,
O céu lindo e azulzinho!
Fotografei as nuvens branquinhas
deslizando como ovelhinhas!
Fotografei um ipê amarelo florido!
A quaresmeira , com ciúme,
Arroxeou-se toda... para ser fotografada
Mas é muito vaidosa , de beleza exagerada!
Fotografei outra fotografia antiga
com a cor muito desbotada!
Fotografei gente bonita e amada!
Fotografei a cadeira pintada
a mesa do antiquário, restaurada.
Depois...quis fotografar algumas lembranças
Busquei fotografar a esperança
Tentei fotografar as minhas saudades
Só consegui fotografar ...
o silêncio e a solidão!
Ai, como dói o meu coração!!
(Vera Popoff)
Com mania de fotografia
Eu fotografei o jardim,
incluindo um pé de jasmim!
Fotografei passarinho,
O céu lindo e azulzinho!
Fotografei as nuvens branquinhas
deslizando como ovelhinhas!
Fotografei um ipê amarelo florido!
A quaresmeira , com ciúme,
Arroxeou-se toda... para ser fotografada
Mas é muito vaidosa , de beleza exagerada!
Fotografei outra fotografia antiga
com a cor muito desbotada!
Fotografei gente bonita e amada!
Fotografei a cadeira pintada
a mesa do antiquário, restaurada.
Depois...quis fotografar algumas lembranças
Busquei fotografar a esperança
Tentei fotografar as minhas saudades
Só consegui fotografar ...
o silêncio e a solidão!
Ai, como dói o meu coração!!
MAIS TROVAS
MAIS TROVAS
(Vera Popoff)
As trovas que escrevo agora
servem para bem ilustrar
uma conversa que outrora
tive em algum lugar!
A minha suposta alegria
por tantos admirada
Ás vezes , pelo vento que passa
se vai...feito andorinha que voa
procurando outro lugar!
A inesperada tristeza
Chega bem de mansinho
É saudade? É lembrança? É aflição?
Não sei!
Mas é como artilharia
que acerta o meu coração!
A tristeza e a alegria
São versos d'uma canção!
São sentimentos diversos
que vão alternando o lugar!
Um chega, outro vai embora!
Tudo depende da hora
Um chega para afagar
E o outro, para judiar!
(Vera Popoff)
As trovas que escrevo agora
servem para bem ilustrar
uma conversa que outrora
tive em algum lugar!
A minha suposta alegria
por tantos admirada
Ás vezes , pelo vento que passa
se vai...feito andorinha que voa
procurando outro lugar!
A inesperada tristeza
Chega bem de mansinho
É saudade? É lembrança? É aflição?
Não sei!
Mas é como artilharia
que acerta o meu coração!
A tristeza e a alegria
São versos d'uma canção!
São sentimentos diversos
que vão alternando o lugar!
Um chega, outro vai embora!
Tudo depende da hora
Um chega para afagar
E o outro, para judiar!
PARA LARA E FERNANDA
PARA LARA E FERNANDA
(Vera Popoff)
Entre uma arte e outra
vou escrevendo e vivendo!
Entre uma arte e outra
vou pintando e revivendo!
Entra uma arte e outra
vou lembrando e poetando!
Entre uma arte e outra
vou pensando nas minhas crias e folias.
Vou postando e olhando fotografias
Vou fazendo de conta
que o tempo de ontem...é hoje!
Chamo uma para o dever
Chamo a outra para ler
Chamo uma para o banho
A outra para arrumar a bagunça
deste tamanho!
Ah, bons dias de alegria!
Ah, momentos de terna poesia!
Que pena que passou o tempo!
Que pena que o tempo não parou naquele tempo
da vida sem contratempo!
(Vera Popoff)
Entre uma arte e outra
vou escrevendo e vivendo!
Entre uma arte e outra
vou pintando e revivendo!
Entra uma arte e outra
vou lembrando e poetando!
Entre uma arte e outra
vou pensando nas minhas crias e folias.
Vou postando e olhando fotografias
Vou fazendo de conta
que o tempo de ontem...é hoje!
Chamo uma para o dever
Chamo a outra para ler
Chamo uma para o banho
A outra para arrumar a bagunça
deste tamanho!
Ah, bons dias de alegria!
Ah, momentos de terna poesia!
Que pena que passou o tempo!
Que pena que o tempo não parou naquele tempo
da vida sem contratempo!
PARA VANDA MARTINUCI COSTA
PARA VANDA MARTINUCI COSTA
Vera Popooff
PARA VANDA MARTINUCI COSTA
Vera Popooff
PARA VANDA MARTINUCI COSTA
Pensei em lhe dar uma flor
Fui colher para lhe entregar
Mas achei singela demais!...
Para uma alma tão grande
Uma flor tão pequenina??
Resolvi lhe dar um jardim
Que plantei dentro de mim
Mais um beijo e um abraço
Todos os mais lindos traços
De uma amizade sem fim!!
Fui colher para lhe entregar
Mas achei singela demais!...
Para uma alma tão grande
Uma flor tão pequenina??
Resolvi lhe dar um jardim
Que plantei dentro de mim
Mais um beijo e um abraço
Todos os mais lindos traços
De uma amizade sem fim!!
ORAÇÃO PARA MINHA FILHA FERNANDA
ORAÇÃO PARA MINHA FILHA FERNANDA (05/10/15
Vera Popoff
A aurora despontou
O seu sonho acordou
Sua alma está sorrindo
Mas o caminho é tão longo!
Nele há rosas , mas toda rosa
tem espinhos.
A Virgem segue na frente
abrindo todas as portas,
as porteiras destrancando
e seus passos vai guiando...
As janelas aferrolhadas
uma a uma escancaradas
Os anjos descem do céu
Numa cascata de prata
Está chovendo esperança!!
Tocam liras ,cantam glórias
Querem mudar a sua história
Uma guirlanda circunda
seu coração que é tão doce
Que belo esplendor se avulta
vencendo qualquer força oculta
Bendito sonho sonhado
Quem sabe , glorificado
Bendita seja a sua vida
que luta pelo triunfo
da batalha iniciada
com armas que atiram flores!
Vera Popoff
A aurora despontou
O seu sonho acordou
Sua alma está sorrindo
Mas o caminho é tão longo!
Nele há rosas , mas toda rosa
tem espinhos.
A Virgem segue na frente
abrindo todas as portas,
as porteiras destrancando
e seus passos vai guiando...
As janelas aferrolhadas
uma a uma escancaradas
Os anjos descem do céu
Numa cascata de prata
Está chovendo esperança!!
Tocam liras ,cantam glórias
Querem mudar a sua história
Uma guirlanda circunda
seu coração que é tão doce
Que belo esplendor se avulta
vencendo qualquer força oculta
Bendito sonho sonhado
Quem sabe , glorificado
Bendita seja a sua vida
que luta pelo triunfo
da batalha iniciada
com armas que atiram flores!
FOTO DA FOTÓGRAFA DIRCE MITUUTI |
sábado, 3 de outubro de 2015
AO PRIMEIRO AMOR
AO PRIMEIRO AMOR
Vera Popoff
Ah, primeiro amor de olhar brejeiro!
Primeiro gosto do beijo ardente
Primeiro abraço de estreitar e encaixar
o corpo jovem!
Primeiro ciúme de esmagar
Primeira lágrima de amar
Primeiro jeito de querer e esperar!
Ah, primeiro amor de curvar-se
a juramentos!
Primeiro fervor de uma paixão
Primeira saudade que sangrou o coração!
Primeiro engano...
Primeira quebra de promessa
Primeiro olhar de ver por dentro
Primeiro desprezo que feriu.
Ah, primeiro amor! Primeira súplica
por um gesto.
Primeiro pranto e consumição!
Primeiro carinho que matou tanta vontade!
Primeira sede de beber todos os beijos
Primeira chama que queimou, ardeu, ficou...
Primeira isenção de qualquer juízo
Ah, primeiro amor tão livre de temores!
Liberto de correntes e de dores
Inferno e paraíso
Virtude e pecado
Riso e lágrima
Desgraça e tanta graça!
Estrela, a lua , o sol e o céu!
Ah, primeira inspiração das minhas rimas!
Primeiro estorvo à minha paz
Primeiro suor e cansaço...depois de amar!
Primeiro sono no braço amado
Primeira despedida que me enfraqueceu
Primeira dor que dilacerou o meu coração
Primeiro adeus que me matou!
Vera Popoff
Ah, primeiro amor de olhar brejeiro!
Primeiro gosto do beijo ardente
Primeiro abraço de estreitar e encaixar
o corpo jovem!
Primeiro ciúme de esmagar
Primeira lágrima de amar
Primeiro jeito de querer e esperar!
Ah, primeiro amor de curvar-se
a juramentos!
Primeiro fervor de uma paixão
Primeira saudade que sangrou o coração!
Primeiro engano...
Primeira quebra de promessa
Primeiro olhar de ver por dentro
Primeiro desprezo que feriu.
Ah, primeiro amor! Primeira súplica
por um gesto.
Primeiro pranto e consumição!
Primeiro carinho que matou tanta vontade!
Primeira sede de beber todos os beijos
Primeira chama que queimou, ardeu, ficou...
Primeira isenção de qualquer juízo
Ah, primeiro amor tão livre de temores!
Liberto de correntes e de dores
Inferno e paraíso
Virtude e pecado
Riso e lágrima
Desgraça e tanta graça!
Estrela, a lua , o sol e o céu!
Ah, primeira inspiração das minhas rimas!
Primeiro estorvo à minha paz
Primeiro suor e cansaço...depois de amar!
Primeiro sono no braço amado
Primeira despedida que me enfraqueceu
Primeira dor que dilacerou o meu coração
Primeiro adeus que me matou!
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
NINHADA MULTIPLICADA
NINHADA MULTIPLICADA
Vera Popoff
A Luz pregou-me uma peça!
Era um , eram dois, eram três!
Notícia dada, notícia comemorada
Não, eu não errei a tabuada,
nem tirei a raiz quadrada ,
tão pouco os noves fora!
Mas me pergunto:- E agora????
-Mais um ! É gol!
-Mais um! É gol!
-Mais um! É gol!
É jogo contra a Alemanha??
Não... é a ninhada multiplicada!
Luz nos dá uma goleada
fiquei meio atordoada!
Pois bem, agora são oito!!
Haja leite, ração e biscoito
Vou ao BNDS, um empréstimo
solicitar
Com toda certeza, não há de negar!
Vera Popoff
A Luz pregou-me uma peça!
Era um , eram dois, eram três!
Notícia dada, notícia comemorada
Não, eu não errei a tabuada,
nem tirei a raiz quadrada ,
tão pouco os noves fora!
Mas me pergunto:- E agora????
-Mais um ! É gol!
-Mais um! É gol!
-Mais um! É gol!
É jogo contra a Alemanha??
Não... é a ninhada multiplicada!
Luz nos dá uma goleada
fiquei meio atordoada!
Pois bem, agora são oito!!
Haja leite, ração e biscoito
Vou ao BNDS, um empréstimo
solicitar
Com toda certeza, não há de negar!
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
PASSO LENTO
PASSO LENTO
Vera Popoff
Meu passo é lento...
em cima da primavera
Quem me dera ...quem me dera ...
virar a haste verde que segura a flor!
Meu passo é lento
em cima d'uma nuvem
Quem me dera...quem me dera
virar chuva.
Meu passo é lento
em cima da calçada da minha rua
Quem me dera...quem me dera...
virar o sonho da alma tua
Meu passo é lento
em cima da noite escura
quem me dera...quem me dera..
virar estrela ou a lua!
Meu passo é lento
em cima do teu coração
quem me dera ...quem me dera...
virar o motivo da tua emoção!
Vera Popoff
Meu passo é lento...
em cima da primavera
Quem me dera ...quem me dera ...
virar a haste verde que segura a flor!
Meu passo é lento
em cima d'uma nuvem
Quem me dera...quem me dera
virar chuva.
Meu passo é lento
em cima da calçada da minha rua
Quem me dera...quem me dera...
virar o sonho da alma tua
Meu passo é lento
em cima da noite escura
quem me dera...quem me dera..
virar estrela ou a lua!
Meu passo é lento
em cima do teu coração
quem me dera ...quem me dera...
virar o motivo da tua emoção!
FOTO DA FOTÓGRAFA DIRCE MITUUTI |
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