Vera Popoff
Escureceu cedo.
Ás dezoito horas já era noite,
Um sossego sem mansidão
O pranto não caia , de cansado
O coração precisando ser amansado!
Desafio de dores e medos!
Momentos de ventania lá dentro d'alma
Algumas vozes soavam zombeteiras!
Eu olhava para dentro da minha tristeza!
De noite aguçam-se os pânicos!
Cá estou, cativa e ferrolhada aos nós não desatados!
Os bonitos sonhos , já recolhidos
As perpétuas saudades, debulhadas,
As fraquezas do espírito jogando-me, derrubada!
Dos males da noite , que padeço,
uma pena cruel me crucifica!
Fujo de mim mesma e me recolho,
acolho-me e escolho, pois cuidar- me
sei que devo e posso!
Pela fé, mereço! Lembro uma canção
que pode ser remédio! Ou talvez...
aquela recordação d'um beijo doce!
Algum olho que olhou-me cheio de ternura,
Um sorriso salvador despejando só brandura!
Salva do meu próprio exílio...dei o primeiro passo!
DE NOITE AGUÇAM-SE OS PÂNICOS |
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