(Vera Popoff)
Afinal , acho que gosto de mim!
Não chega a ser deslumbramento,
mas sinto relumes no rosto!
Não permaneço na sombra da desilusão
a alma não amarela, é forte, tem decisão!
No dia descorado, traço frisos ,delineio
Não permito a escuridão , não me cubro
da preguiça
Misturo vermelho no branco,
faço o rosa e roseio a vida !
Preparo dez tons de verdes
e espalho , esverdeando a lida!
Escrevo nos papéis que juntei
ao longo de tantos anos
Chega um vento , abre a janela
Lá se vão minhas idéias
Não me importo, penso outra vez!
O que me aguça é a liberdade
Pinto e bordo , poeto e choro
Rio quando o assunto é de riso
Digo o que quero dizer
Não engulo palavra indigesta
No quintal canta o sabiá
O que para mim , é uma festa!
Enrolo-me na solidão
A quietude é bálsamo para coração
De todo barulho que gosto
é apenas o da folha caindo
e batendo no chão!
PREPARO DEZ TONS DE VERDES E ESPALHO, ESVERDEANDO A LIDA! |
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