SORRISOS, CUMPRIMENTOS E RISOS
(Vera Popoff)
Vivemos um sábado de aconchego.
Radiou energia e fluiu pensamento.
Balançaram os corações quietos e
acalmaram os inquietos!
Conversas serenas, ou crepitadas.
Lembranças submergidas...
A tarde, metade quente,
metade fria!
Sorrisos, algumas lágrimas contidas,
mais graça e riso , observações e
as emoções iam pendendo como
cachos de uvas maduras.
Findou a tarde , entre um café e outro
café...
Voltei ao meu canto e os deixei
no seu canto!
Não fiz mais nada, quase prostrada!
Não sei d'onde veio o cansaço.
Veio da saudade antecipada?
Veio da vida , jamais poupada?
Veio da juventude que já não tenho ,mas
pedi emprestada?
Fim da tarde...uma música, Liszt!
Aí sim, a lágrima foi derramada!
Li, reli, mas não escrevi...
domingo, 31 de maio de 2015
sábado, 30 de maio de 2015
IDADE DA PEDRA LASCADA
IDADE DA PEDRA LASCADA
( VERA POPOFF)
Vivo na idade da pedra lascada?
Não entendo mais nada!
Cheguei atrasada e fora da hora?
Ou será impressão e logo
recupero a noção ,
e alcanço a razão!
Coração bate fora do compasso
Eu estreito o espaço
Ando n'um descompasso
Acho que devo apertar o passo!
Olhares me interrogam
Críticas sobram
Muitos me cobram, mas...
a flor está sempre presente!
Teclo o botão ausente
e sigo a vida contente!
( VERA POPOFF)
Vivo na idade da pedra lascada?
Não entendo mais nada!
Cheguei atrasada e fora da hora?
Ou será impressão e logo
recupero a noção ,
e alcanço a razão!
Coração bate fora do compasso
Eu estreito o espaço
Ando n'um descompasso
Acho que devo apertar o passo!
Olhares me interrogam
Críticas sobram
Muitos me cobram, mas...
a flor está sempre presente!
Teclo o botão ausente
e sigo a vida contente!
A FLOR ESTÁ PRESENTE E EU VIVI A VIDA CONTENTE! |
sexta-feira, 29 de maio de 2015
O QUE RESTOU? (Vera Popoff)
São tantos medos
Vários segredos!
As manhãs em que não nasci
O pôr do sol que nem vivi
As temidas noites
A alma sob os açoites
O inibido sorriso
sem alcançar o paraíso!
Aos pés d'um santo
sem pedir encanto!
Repetindo a vida
Insistindo no nada
A fraqueza revelada!
A traição velada
Farta de tudo
até da saudade!
Ausente o canto
d'uma amizade!
Permanecer e querer partir.
A mentira contada
A culpa marcada
A cabeça sem o delírio
A figueira seca
A goiabeira sem fruto
A tristeza sem cura
A dor que perdura
A cruz tão pesada!
A idade avançada
As folhas caídas
O galho pendido
A flor murchada
A mulher cansada
A tez descorada
O sangue esfriado
A falta de sorte
Seguir para o norte
pensando no sul!
O céu distante do azul
A solidão
O ninho vazio
O espaço ermo
A ingratidão
O fim da ilusão
O rigor do inverno
Nenhum receio do inferno
O gemido sentido
A ausência da flor
A despedida
A partida
O caminho
A pedra
Os pés feridos
O sonho perdido
A dor mostrada
A ferida escancarada
O olho cerrado
Coração fechado
O poeta sem verso
O verso sem poeta
A palavra não dita
A tarde sem luz
O que restou?
São tantos medos
Vários segredos!
As manhãs em que não nasci
O pôr do sol que nem vivi
As temidas noites
A alma sob os açoites
O inibido sorriso
sem alcançar o paraíso!
Aos pés d'um santo
sem pedir encanto!
Repetindo a vida
Insistindo no nada
A fraqueza revelada!
A traição velada
Farta de tudo
até da saudade!
Ausente o canto
d'uma amizade!
Permanecer e querer partir.
A mentira contada
A culpa marcada
A cabeça sem o delírio
A figueira seca
A goiabeira sem fruto
A tristeza sem cura
A dor que perdura
A cruz tão pesada!
A idade avançada
As folhas caídas
O galho pendido
A flor murchada
A mulher cansada
A tez descorada
O sangue esfriado
A falta de sorte
Seguir para o norte
pensando no sul!
O céu distante do azul
A solidão
O ninho vazio
O espaço ermo
A ingratidão
O fim da ilusão
O rigor do inverno
Nenhum receio do inferno
O gemido sentido
A ausência da flor
A despedida
A partida
O caminho
A pedra
Os pés feridos
O sonho perdido
A dor mostrada
A ferida escancarada
O olho cerrado
Coração fechado
O poeta sem verso
O verso sem poeta
A palavra não dita
A tarde sem luz
O que restou?
SOBRE AS TROVAS
FALANDO DAS TROVAS
(Vera Popoff)
Quando meninas, ANA TEREZA SIMÕES PRADO, MARIA ROZENDA MAGNOLER(ZENDA), MARIA CÉLIA VIVAN E EU, colecionávamos trovas. Eram dezenas ou centenas delas. Escritas em cadernos, nas capas e contra capas dos livros, nos álbuns de recordações.
Certo dia, minha mãe chamou-me para ajuda-lá na cozinha e retruquei com uma trovinha:
Mãezinha, tu és tão querida!
Mas me deixa repartida
Me chamas para arrumar a cozinha
Quando escrevo as minhas trovinhas!
Ela sorriu e respondeu-me:
Filhinha, tu és tão amada!
Mas um tanto espevitada,
Vives no mundo da lua
E só queres brincar na rua!
Desse dia em diante, minha mãe e eu, arriscávamos diálogos através de trovas. Era um exercício e tanto. Ficamos craques no assunto.
O beijo que recebi
Do galã lá da cidade
Foi doce, não resisti!
Meu pai foi que não gostou:
-Menina, não tens idade!
Teus olhos têm a cor da esmeralda
Os meus são jabuticabas
Teu olhar me fala de amor
Um amor que nunca se acaba!
(Vera Popoff)
Quando meninas, ANA TEREZA SIMÕES PRADO, MARIA ROZENDA MAGNOLER(ZENDA), MARIA CÉLIA VIVAN E EU, colecionávamos trovas. Eram dezenas ou centenas delas. Escritas em cadernos, nas capas e contra capas dos livros, nos álbuns de recordações.
Certo dia, minha mãe chamou-me para ajuda-lá na cozinha e retruquei com uma trovinha:
Mãezinha, tu és tão querida!
Mas me deixa repartida
Me chamas para arrumar a cozinha
Quando escrevo as minhas trovinhas!
Ela sorriu e respondeu-me:
Filhinha, tu és tão amada!
Mas um tanto espevitada,
Vives no mundo da lua
E só queres brincar na rua!
Desse dia em diante, minha mãe e eu, arriscávamos diálogos através de trovas. Era um exercício e tanto. Ficamos craques no assunto.
O beijo que recebi
Do galã lá da cidade
Foi doce, não resisti!
Meu pai foi que não gostou:
-Menina, não tens idade!
Teus olhos têm a cor da esmeralda
Os meus são jabuticabas
Teu olhar me fala de amor
Um amor que nunca se acaba!
FOTO DA FOTÓGRAFA DIRCE MITUUTI. CÉU DE GETULINA(SP), NOSSA CIDADE AMADA. CIDADE ONDE CURTIA AS TROVINHAS, NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA. |
PERDI A HORA NOS SONHOS
TODO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE"
PERDI A HORA NOS SONHOS
(Vera Popoff)...
Sim, NAQUELE QUE ME FORTALECE EU POSSO TUDO.
Eu posso até perder a hora num lindo sonho!
Sabe um sonho de verdade? Durou , talvez, um instante.
Mas parece ter sido uma viagem que tomou grande parte da vida.
Eu era uma viandante procurando filhas amadas,
procurando paisagens d'antes andadas, procurando uma fé,
às vezes já esquecida!
Vocês duas falavam comigo, riam e riam das coisas que eu
ingenuamente dizia..
Mostravam-me suas casas, as fotografias, as flores colhidas,
as árvores plantadas, os quadros pregados
e até as gavetas arrumadas , as toalhas na mesa, as suas certezas!
E o sonho seguia . Eu não desembarcava porque não queria.
E dormia sem gemidos, sem dores , sem queixumes!
- Vale a pena acordar? Perguntava- me o inconsciente?
Debaixo de um cipreste vestido do verde da cor d'um cipreste,
o sonho seguia bonito e tão verdadeiro!
Deus permitiu-me tal viagem. Uma noite sem sombras escuras.
A vida nem é tão curta! Mostrou-me momentos vividos!
Foram muitos! Foram tantos!
Foram doces! Foram ternos!
Foram sedutoramente felizes!
Foram da cor da esmeralda.
Brilharam como diamantes!
Foram luz , foram flor e tanto,
tanto , tanto amor!
Verdadeiramente contado, o meu sonho amanheceu vestido
de euforia , de alegria, e eu, vou aproveitar o dia.
Revivê-lo nos detalhes nítidos, pois permanecem com cores fortes,
ainda não estão desbotados!
PERDI A HORA NOS SONHOS
(Vera Popoff)...
Sim, NAQUELE QUE ME FORTALECE EU POSSO TUDO.
Eu posso até perder a hora num lindo sonho!
Sabe um sonho de verdade? Durou , talvez, um instante.
Mas parece ter sido uma viagem que tomou grande parte da vida.
Eu era uma viandante procurando filhas amadas,
procurando paisagens d'antes andadas, procurando uma fé,
às vezes já esquecida!
Vocês duas falavam comigo, riam e riam das coisas que eu
ingenuamente dizia..
Mostravam-me suas casas, as fotografias, as flores colhidas,
as árvores plantadas, os quadros pregados
e até as gavetas arrumadas , as toalhas na mesa, as suas certezas!
E o sonho seguia . Eu não desembarcava porque não queria.
E dormia sem gemidos, sem dores , sem queixumes!
- Vale a pena acordar? Perguntava- me o inconsciente?
Debaixo de um cipreste vestido do verde da cor d'um cipreste,
o sonho seguia bonito e tão verdadeiro!
Deus permitiu-me tal viagem. Uma noite sem sombras escuras.
A vida nem é tão curta! Mostrou-me momentos vividos!
Foram muitos! Foram tantos!
Foram doces! Foram ternos!
Foram sedutoramente felizes!
Foram da cor da esmeralda.
Brilharam como diamantes!
Foram luz , foram flor e tanto,
tanto , tanto amor!
Verdadeiramente contado, o meu sonho amanheceu vestido
de euforia , de alegria, e eu, vou aproveitar o dia.
Revivê-lo nos detalhes nítidos, pois permanecem com cores fortes,
ainda não estão desbotados!
quinta-feira, 28 de maio de 2015
DESCONECTADO
DESCONECTADO {Vera Popoff)
Cansada de clicar a tecla
E ler sempre : tente novamente, agora não!!
Achei melhor escrever o verso
na palma da minha mão!
Abri o caderno em branco
Rabisquei minhas palavras
Elas jamais se apagaram!
O moderno notebook
Nem ao menos, as salvaram!
Na tela ligada e inteligente
Aquela que mente e desmente,
Uma rodinha rodando.......
Dizendo:carregando, conectando!
Eu espero, impertinente!
Roda , roda e nada aparece
Eu desligo e digo :- esquece!
Cansada de clicar a tecla
E ler sempre : tente novamente, agora não!!
Achei melhor escrever o verso
na palma da minha mão!
Abri o caderno em branco
Rabisquei minhas palavras
Elas jamais se apagaram!
O moderno notebook
Nem ao menos, as salvaram!
Na tela ligada e inteligente
Aquela que mente e desmente,
Uma rodinha rodando.......
Dizendo:carregando, conectando!
Eu espero, impertinente!
Roda , roda e nada aparece
Eu desligo e digo :- esquece!
MAIS TROVAS
MAIS TROVAS (Vera Popoff)
Você é uma menininha (1)
que gosta de ler trovinhas.
Sua mãe é uma velhinha
De palavras rimadinhas.
Andorinha sai voando (2)
Eu, cá embaixo, só olhando
Meu pensamento a alcança
Mas meu pé, no chão, nem balança!
Cantei uma canção para a lua (3)
que ficou envaidecida
Disse a ela :-Como és bela!
Ela prateou, agradecida!
Perguntei à margarida (4)
Se o meu bem ainda me quer
Ela não soube responder
Se ele me quer ou não quer!
Desço a escada, subo a escada (5)
O dia inteiro vai e vem!
O pior de toda a história,
é que a minha memória
apaga no vai e vem!
Bem-te-vi na goiabeira (6)
Canta alegre:- bem-te-vi! bem-te-vi!
Da janela ensolarada
Fico alegre e enamorada
Com o canto:-Bem-te-vi!
Cabeça de menina alegre (7)
Coração de menina amorosa
Alma leve, vaporosa
Contentamento e boa prosa!
Maria gosta de João (8)
Mas o João não quer Maria
Maria chora de dor
João vai atrás de outro amor!
Cabecinha de mãe velhinha (9)
Corpo de mãe arcadinha
Olhos de mãe espertinha
Enxerga até as mentirinhas!
Mastigando o doce biscoito (10)
Fiz versos, ao todo oito!
Se versar mais uma dezena
Vou completar os dezoito!
As trovas são tão inocentes (11)
Nem precisam da literatura
Uma palavra que mente
Um coração que faz jura!
Vou usar o pombo correio (12)
Para mandar meu recado
Pois o computador danado
Vive desconectado!
Você é uma menininha (1)
que gosta de ler trovinhas.
Sua mãe é uma velhinha
De palavras rimadinhas.
Andorinha sai voando (2)
Eu, cá embaixo, só olhando
Meu pensamento a alcança
Mas meu pé, no chão, nem balança!
Cantei uma canção para a lua (3)
que ficou envaidecida
Disse a ela :-Como és bela!
Ela prateou, agradecida!
Perguntei à margarida (4)
Se o meu bem ainda me quer
Ela não soube responder
Se ele me quer ou não quer!
Desço a escada, subo a escada (5)
O dia inteiro vai e vem!
O pior de toda a história,
é que a minha memória
apaga no vai e vem!
Bem-te-vi na goiabeira (6)
Canta alegre:- bem-te-vi! bem-te-vi!
Da janela ensolarada
Fico alegre e enamorada
Com o canto:-Bem-te-vi!
Cabeça de menina alegre (7)
Coração de menina amorosa
Alma leve, vaporosa
Contentamento e boa prosa!
Maria gosta de João (8)
Mas o João não quer Maria
Maria chora de dor
João vai atrás de outro amor!
Cabecinha de mãe velhinha (9)
Corpo de mãe arcadinha
Olhos de mãe espertinha
Enxerga até as mentirinhas!
Mastigando o doce biscoito (10)
Fiz versos, ao todo oito!
Se versar mais uma dezena
Vou completar os dezoito!
As trovas são tão inocentes (11)
Nem precisam da literatura
Uma palavra que mente
Um coração que faz jura!
Vou usar o pombo correio (12)
Para mandar meu recado
Pois o computador danado
Vive desconectado!
UMA ROSA AMARELA, NÃO HÁ UMA FLOR MAIS BELA , QUANDO A OLHO DA JANELA ,JÁ SINTO O PERFUME DELA! |
NINHADA ATRASADA
NINHADA ATRASADA (Vera Popoff)
A ninhada passou correndo,
atrasada e afobada!
Correu pela campina e
cruzou aquela esquina!
Desceu a"Ladeira da Memória"
Mas perdeu o tempo da história!
-Onde vão assim apressadas,
com as orelhas esvoaçadas?
A criança que via a ninhada...sorria!
A velhinha em pé na calçada...olhava!
A menina de cabelos bem pretinhos
e balançando os cachinhos,
ficou muito empolgada
ao ver a coelhada tão estorvada!
Ri , a moça de boca enamorada
querendo ser beijada!
Ignora... o senhor sisudo,
de humor comprometido,
barbudo e bigodudo
até parece o "Dom Casmurro"!
A coelhada cismada, resolveu
aumentar a passada , mas...
é tarde, Dona Coelha !
A festa da Páscoa aguardada,
já e festa terminada!!
A ninhada passou correndo,
atrasada e afobada!
Correu pela campina e
cruzou aquela esquina!
Desceu a"Ladeira da Memória"
Mas perdeu o tempo da história!
-Onde vão assim apressadas,
com as orelhas esvoaçadas?
A criança que via a ninhada...sorria!
A velhinha em pé na calçada...olhava!
A menina de cabelos bem pretinhos
e balançando os cachinhos,
ficou muito empolgada
ao ver a coelhada tão estorvada!
Ri , a moça de boca enamorada
querendo ser beijada!
Ignora... o senhor sisudo,
de humor comprometido,
barbudo e bigodudo
até parece o "Dom Casmurro"!
A coelhada cismada, resolveu
aumentar a passada , mas...
é tarde, Dona Coelha !
A festa da Páscoa aguardada,
já e festa terminada!!
MINHA ALMA
MINHA ALMA (Vera Popoff0
Não deixo em branco as linhas da minha alma.
Por que fazê-la insípida , se pode ter sabor doce?
Por que vestí-la de roxa mortalha, se posso deixá-la
livre e nua?
Por que mantê-la tão esfarrapada, se posso pintá-la
doirada?
Por que permití-la dura, se pode andar melindrosa,
feito uma flor formosa?
Por que maculá-la, se pode ser pura , calma e iluminada,
como a lua prateada?
Por que torná -la danosa, se pode ser mimosa e amorosa?
Não, não deixo a minha alma sem cuidado!
Trago-lhe brandura, ventura e desterro-a
de qualquer sepultura!
Umedeço a alma do orvalho e ela refloresce branda,
envolta em suave harmonia,
buscando nos céus , a poesia!
Quando o peito chora pelo sofrer do cansaço,
repouso a alma num regaço...
Ela , então, balbucia compassada melodia e reata
seus laços com gentil alegria!
!
Não deixo em branco as linhas da minha alma.
Por que fazê-la insípida , se pode ter sabor doce?
Por que vestí-la de roxa mortalha, se posso deixá-la
livre e nua?
Por que mantê-la tão esfarrapada, se posso pintá-la
doirada?
Por que permití-la dura, se pode andar melindrosa,
feito uma flor formosa?
Por que maculá-la, se pode ser pura , calma e iluminada,
como a lua prateada?
Por que torná -la danosa, se pode ser mimosa e amorosa?
Não, não deixo a minha alma sem cuidado!
Trago-lhe brandura, ventura e desterro-a
de qualquer sepultura!
Umedeço a alma do orvalho e ela refloresce branda,
envolta em suave harmonia,
buscando nos céus , a poesia!
Quando o peito chora pelo sofrer do cansaço,
repouso a alma num regaço...
Ela , então, balbucia compassada melodia e reata
seus laços com gentil alegria!
UMEDEÇO A ALMA DO ORVALHO E ELA REFLORESCE BRANDA |
!
TROVAS...TROVAS...TROVAS....
Trovas, versinhos singelos
Cheios de tanta pureza!
Usados na mocidade
Para expressar o amor e a amizade!
TROVAS...TROVAS...TROVAS...
(Vera Popoff)
Trovinhas saíram de moda
Mas a mim, pouco importa
alguns versinhos singelos
Fazem a menina chorosa
Viver a vida amorosa!
Campeei a flor na serra
Encontrei a margarida
Branca, linda, outra, pendida
Entre as rosas exibidas!
Mais vale andar pelo prado
Do que na cidade , parado
Lá encontro o meu amado
O mancebo enamorado!
Sentada sob a mangueira
Avistei a fruta primeira
Pendurada, amarela, saborosa
Adoça a vida já tão formosa!
A borboleta que voa
De flor em flor, só beijando
Me obriga a viver à toa
Só a vida apreciando!
Eu tenho um sonho tão puro
Vislumbro lindo dia futuro
A alma vestida de luz
Só aos amores, conduz!
Na campina avisto a flor
Vou colher com todo amor
Num sopro saio correndo
Entregá-la a quem tem dor!
Ao som d'uma melodia
Trazendo à vida , harmonia
Transbordo de tanta alegria
E eu escrevo uma linda poesia!
A borboleta amarela
Voando em frente à janela
Faz-me lembrar do beijo
E do doce perfume dela!
Cheios de tanta pureza!
Usados na mocidade
Para expressar o amor e a amizade!
TROVAS...TROVAS...TROVAS...
(Vera Popoff)
Trovinhas saíram de moda
Mas a mim, pouco importa
alguns versinhos singelos
Fazem a menina chorosa
Viver a vida amorosa!
Campeei a flor na serra
Encontrei a margarida
Branca, linda, outra, pendida
Entre as rosas exibidas!
Mais vale andar pelo prado
Do que na cidade , parado
Lá encontro o meu amado
O mancebo enamorado!
Sentada sob a mangueira
Avistei a fruta primeira
Pendurada, amarela, saborosa
Adoça a vida já tão formosa!
A borboleta que voa
De flor em flor, só beijando
Me obriga a viver à toa
Só a vida apreciando!
Eu tenho um sonho tão puro
Vislumbro lindo dia futuro
A alma vestida de luz
Só aos amores, conduz!
Na campina avisto a flor
Vou colher com todo amor
Num sopro saio correndo
Entregá-la a quem tem dor!
Ao som d'uma melodia
Trazendo à vida , harmonia
Transbordo de tanta alegria
E eu escrevo uma linda poesia!
A borboleta amarela
Voando em frente à janela
Faz-me lembrar do beijo
E do doce perfume dela!
quarta-feira, 27 de maio de 2015
TROVINHAS PARA UMA MENINA
TROVINHAS PARA UMA MENINA
(Vera Popoff)
A noite estava azulada
Exalava a dama em flor
Suspirou o meu coração
ao lembrar do teu amor!
Na manhã tão pressurosa
Exalou a rosa formosa
Bateu brisa venturosa
Sobre a tua alma mimosa!
A margarida desfolhada
Sentiu ciúme da camélia,
Uma flor tão alva e perfeita
Por todos, admirada!
Eu te ofereço as trovinhas
Como prova do meu amor
São singelas e amorosas
E um tanto quanto saudosas!
(Vera Popoff)
A noite estava azulada
Exalava a dama em flor
Suspirou o meu coração
ao lembrar do teu amor!
Na manhã tão pressurosa
Exalou a rosa formosa
Bateu brisa venturosa
Sobre a tua alma mimosa!
A margarida desfolhada
Sentiu ciúme da camélia,
Uma flor tão alva e perfeita
Por todos, admirada!
Eu te ofereço as trovinhas
Como prova do meu amor
São singelas e amorosas
E um tanto quanto saudosas!
TUDO EM VÃO
TUDO EM VÃO (Vera Popoff)
As razões vãs , não resistiram.
Vãos sentimentos , dobrei em quatro
como um guardanapo.
Amores vãos, mandei embora
Tristezas vãs , arrefeceram
Conversas vãs eu joguei fora.
Vãs alegrias, jamais sorriram
Esperas vãs, desesperaram.
Vãs ilusões, cedo, murcharam
Tormentos vãos, já abrandaram.
Suspiros vãos , se desdobraram
Os vãos espaços, se ocuparam
Caminhos vãos, se estreitaram
Misérias vãs, se afortunaram
Idéias vãs, foram esquecidas
As vãs lembranças, se olvidaram
Saudades vãs, foram vencidas
O vão saber , serviu de nada
A paixão vã , foi apagada
Ameaças vãs , ignoradas!
Vãs orações , não são ouvidas
As dores vãs, foram poupadas
A vida vã, foi desfolhada!
As razões vãs , não resistiram.
Vãos sentimentos , dobrei em quatro
como um guardanapo.
Amores vãos, mandei embora
Tristezas vãs , arrefeceram
Conversas vãs eu joguei fora.
Vãs alegrias, jamais sorriram
Esperas vãs, desesperaram.
Vãs ilusões, cedo, murcharam
Tormentos vãos, já abrandaram.
Suspiros vãos , se desdobraram
Os vãos espaços, se ocuparam
Caminhos vãos, se estreitaram
Misérias vãs, se afortunaram
Idéias vãs, foram esquecidas
As vãs lembranças, se olvidaram
Saudades vãs, foram vencidas
O vão saber , serviu de nada
A paixão vã , foi apagada
Ameaças vãs , ignoradas!
Vãs orações , não são ouvidas
As dores vãs, foram poupadas
A vida vã, foi desfolhada!
MÃE DESNECESSÁRIA
MÃE DESNECESSÁRIA (Vera Popoff)
Olho no espelho a imagem refletida.
Minha face parece entristecida!
O espelho não esclarece
se a essência também já padece!
Vejo o inverno chegar...
O frio insistente , o vento cortante,
Murmuro, sozinha:
-Preciso comprar agasalhos !
-Não posso deixá-las com frio!
Eis que entram agasalhadas.
Seus casacos são tão raros!
Cachecóis, sapatos da moda.
Pergunto ao meu coração:
-Cheguei atrasada? Já estão agasalhadas!
Responde o coração desapontado:
-Percebes, já não precisam de ti!
Vou preparar o cardápio,
café , almoço, jantar...
verduras e frutas e pães!
-Mãe, já estamos alimentadas!
Recolho os pratos da mesa.
Pergunto ao meu coração:
-Cheguei novamente atrasada?
A fome está saciada!!
Responde o coração aliviado:
-Percebes, já não precisam de ti!!
Corro preparar as malas
Parece que vão viajar!
Tais camisas, tais vestidos,
as meias , os acessórios!
-Mãe, nossas malas já estão arrumadas!
Em mim, um desapontamento.
Pergunto ao meu coração:
-Por que estou perdendo a hora?
Chego sempre atrasada, agora!
Responde o coração sossegado:
-Percebes, já não precisam de ti!
Olhos admirados, raios do sol estendidos,
Coração já está recolhido!
Agucei os meus sentidos!
Adquiri sensatez, caiu em si , o pensamento!
Cresceram, voaram, andaram...
Já não precisam de mim!
-Sou mãe desnecessária...agora!
Olho no espelho a imagem refletida.
Minha face parece entristecida!
O espelho não esclarece
se a essência também já padece!
Vejo o inverno chegar...
O frio insistente , o vento cortante,
Murmuro, sozinha:
-Preciso comprar agasalhos !
-Não posso deixá-las com frio!
Eis que entram agasalhadas.
Seus casacos são tão raros!
Cachecóis, sapatos da moda.
Pergunto ao meu coração:
-Cheguei atrasada? Já estão agasalhadas!
Responde o coração desapontado:
-Percebes, já não precisam de ti!
Vou preparar o cardápio,
café , almoço, jantar...
verduras e frutas e pães!
-Mãe, já estamos alimentadas!
Recolho os pratos da mesa.
Pergunto ao meu coração:
-Cheguei novamente atrasada?
A fome está saciada!!
Responde o coração aliviado:
-Percebes, já não precisam de ti!!
Corro preparar as malas
Parece que vão viajar!
Tais camisas, tais vestidos,
as meias , os acessórios!
-Mãe, nossas malas já estão arrumadas!
Em mim, um desapontamento.
Pergunto ao meu coração:
-Por que estou perdendo a hora?
Chego sempre atrasada, agora!
Responde o coração sossegado:
-Percebes, já não precisam de ti!
Olhos admirados, raios do sol estendidos,
Coração já está recolhido!
Agucei os meus sentidos!
Adquiri sensatez, caiu em si , o pensamento!
Cresceram, voaram, andaram...
Já não precisam de mim!
-Sou mãe desnecessária...agora!
NADA DE BICHOS!
NADA DE BICHOS (Vera Popoff)
Nada de bichos, meninas!!
Chega de cachorro latindo!
-AU! AU! AU!
Chega de gato miando!
MIAU! MIAU! MIAU!
Só quero, na árvore , o passarinho
cantando!
O sabiá me alegrando!
O bem -te- vi gorjeando!
O jacu visitando!
O colibri beijando...o meu jardim!
Mas os bichos , devagarinho,
vão chegando!
AU! AU! AU!
De mansinho, vão se aconchegando!
MIAU! MIAU! MIAU!
Gato e cachorro se estranhando!
AU,AU, AU! MIAU, MIAU,MIAU!
Mais uma vez, sou voz vencida!
Pois todos acabam ficando!!
Valha-me, Senhor Deus!
Quando terei um descanso,
minha gente?
Quando não mais verei, um bicho
na minha frente??
Nada de bichos, meninas!!
Chega de cachorro latindo!
-AU! AU! AU!
Chega de gato miando!
MIAU! MIAU! MIAU!
Só quero, na árvore , o passarinho
cantando!
O sabiá me alegrando!
O bem -te- vi gorjeando!
O jacu visitando!
O colibri beijando...o meu jardim!
Mas os bichos , devagarinho,
vão chegando!
AU! AU! AU!
De mansinho, vão se aconchegando!
MIAU! MIAU! MIAU!
Gato e cachorro se estranhando!
AU,AU, AU! MIAU, MIAU,MIAU!
Mais uma vez, sou voz vencida!
Pois todos acabam ficando!!
Valha-me, Senhor Deus!
Quando terei um descanso,
minha gente?
Quando não mais verei, um bicho
na minha frente??
terça-feira, 26 de maio de 2015
REAL
REAL (VERA POPOFF)
À minha volta eu procuro
alguma coisa real !
Vejo a neblina distante
e nada mais vejo adiante!
Procuro um olhar de esperança,
um sorriso de criança,
ou a outra criança,
que ri e o meu coração balança!
Onde estarão agora?
Será que a chuva fina molha seus corpos?,
ou o vento lhes causa frio?
Estarão protegidas dos raios
e dos trovões?
Será que vivem tumulto,
ou ainda se assustam com
as histórias de fantasmas e
de vultos?
Já não as tenho nas mãos...
meu coração assolado
chora a saudade, a ausência.
mas tenho que ter a paciência!
Entender que o tempo passou
e junto, as levou embora!
O real, no momento, é enxergar
duas andorinhas voando....
À minha volta eu procuro
alguma coisa real !
Vejo a neblina distante
e nada mais vejo adiante!
Procuro um olhar de esperança,
um sorriso de criança,
ou a outra criança,
que ri e o meu coração balança!
Onde estarão agora?
Será que a chuva fina molha seus corpos?,
ou o vento lhes causa frio?
Estarão protegidas dos raios
e dos trovões?
Será que vivem tumulto,
ou ainda se assustam com
as histórias de fantasmas e
de vultos?
Já não as tenho nas mãos...
meu coração assolado
chora a saudade, a ausência.
mas tenho que ter a paciência!
Entender que o tempo passou
e junto, as levou embora!
O real, no momento, é enxergar
duas andorinhas voando....
O TEMPO PASSOU E AS LEVOU EMBORA! |
PORTA OU PORTAL
PORTA OU PORTAL (Vera Popoff)
Bem sei decifrar, ou não sei!
Não conheço direito o meu lugar!
Porta ou Portal, ou apenas,
um espaço...onde faço sozinha o meu sarau!
Montanha alta como o andor da santa
de devoção!
Aqui, não se vive torrente emoção!
Apenas um descanso druídico,
afastando o que é fatídico
e ligando-me ao Divino!
Não reclamo, pois aqui eu mato a sede
e alimento a fome!
Tenho o meu cantado céu!
Minha manhã espuma beleza.
Eu não procuro nenhuma certeza.
Rego um jardim sem papoulas,
mas com alvas margaridas,
fazendo o papel d'uma flor mais exibida!
A singela sempre viva é a alegria do quintal!
Ás vezes eu canto na varanda ,
outras vezes, com uma voz branda
Leio apenas um poema sem final
no meu solitário sarau!
Bem sei decifrar, ou não sei!
Não conheço direito o meu lugar!
Porta ou Portal, ou apenas,
um espaço...onde faço sozinha o meu sarau!
Montanha alta como o andor da santa
de devoção!
Aqui, não se vive torrente emoção!
Apenas um descanso druídico,
afastando o que é fatídico
e ligando-me ao Divino!
Não reclamo, pois aqui eu mato a sede
e alimento a fome!
Tenho o meu cantado céu!
Minha manhã espuma beleza.
Eu não procuro nenhuma certeza.
Rego um jardim sem papoulas,
mas com alvas margaridas,
fazendo o papel d'uma flor mais exibida!
A singela sempre viva é a alegria do quintal!
Ás vezes eu canto na varanda ,
outras vezes, com uma voz branda
Leio apenas um poema sem final
no meu solitário sarau!
PORTA OU PORTAL, OU APENAS O ESPAÇO DO MEU SOLITÁRIO SARAU! |
COSTUREIRA
Ontem, foi o DIA DA COSTUREIRA! Não pude prestar-lhes a minha homenagem por motivo de forte indisposição! Faltou, por isso, imaginação ! Mas hoje, com o ânimo bem costurado, as idéias
alinhavadas e a fala já cluleada, deixo aqui alguns versinhos. Também sou costureira e fascinada pela costura!
COSTUREIRA (Vera Popoff)
Minha mãe costurava vestidos, blusas e um montão
de sonhos!
Costurava toalhas e colchas! Cortinas leves,
bonitas ,translúcidas!
Eu, curiosa menina , lhe perguntava:
- O que mais a senhora costura?
-Costuro a sua infância de riso,
a sua voz macia e falante!
Costuro a sua alegria, bem costurada,
para que nunca desmanche!
Costuro o real e o irreal.
linhas retas e curvilíneas!
Costuro a sua suave alma de menina!
Eu espreitava o ponto da singela magia
e dizia:- "Também vou costurar os meus sonhos!"
E, ambas, sempre uma na outra , aconchegadas,
costuramos todas as ternuras, todos os encantos
todos os pontos vigilantes
Para que nunca se desmanchassem,
por mais que tentassem!
alinhavadas e a fala já cluleada, deixo aqui alguns versinhos. Também sou costureira e fascinada pela costura!
COSTUREIRA (Vera Popoff)
Minha mãe costurava vestidos, blusas e um montão
de sonhos!
Costurava toalhas e colchas! Cortinas leves,
bonitas ,translúcidas!
Eu, curiosa menina , lhe perguntava:
- O que mais a senhora costura?
-Costuro a sua infância de riso,
a sua voz macia e falante!
Costuro a sua alegria, bem costurada,
para que nunca desmanche!
Costuro o real e o irreal.
linhas retas e curvilíneas!
Costuro a sua suave alma de menina!
Eu espreitava o ponto da singela magia
e dizia:- "Também vou costurar os meus sonhos!"
E, ambas, sempre uma na outra , aconchegadas,
costuramos todas as ternuras, todos os encantos
todos os pontos vigilantes
Para que nunca se desmanchassem,
por mais que tentassem!
PERDURO
PERDURO (Vera Popoff0
No repouso, eu bordo o ponto
Manejo a linha na agulha
Estico o pano e o meu coração
fagulha!
Sentada numa varanda
Olhando para a mangueira
Vislumbro o fruto maduro
que nos galhos, inda nem figura!
Nossa, quanta esperança!
A tentação já floresce
Mas o movimento nem sempre
obedece!
O velho corpo padece
numa cabeça tão ágil,
que seus sonhos nunca esquece!
Antecipo o meu sorriso
Pois se tiver juízo
Logo, logo, serei flor.....novamente
desabrochada!
E a beleza da vida estará testada e
recuperada!
Caminharei pelas seivas tão perfumadas!
Perdurei!
Perduro!
Perdurarei!
No repouso, eu bordo o ponto
Manejo a linha na agulha
Estico o pano e o meu coração
fagulha!
Sentada numa varanda
Olhando para a mangueira
Vislumbro o fruto maduro
que nos galhos, inda nem figura!
Nossa, quanta esperança!
A tentação já floresce
Mas o movimento nem sempre
obedece!
O velho corpo padece
numa cabeça tão ágil,
que seus sonhos nunca esquece!
Antecipo o meu sorriso
Pois se tiver juízo
Logo, logo, serei flor.....novamente
desabrochada!
E a beleza da vida estará testada e
recuperada!
Caminharei pelas seivas tão perfumadas!
Perdurei!
Perduro!
Perdurarei!
PERDUREI! PERDURO! PERDURAREI! A VIDA É PARA SER INSISTIDA, VIVIDA, PERDURADA! |
segunda-feira, 25 de maio de 2015
LOUCURA
LOUCURA (Vera Popoff)
Turbilhão de idéias fervilhando o cérebro.
Avalanche de sentimentos encharcando a alma.
A alma já cansada, bloqueada, travada!
Onde irás agora , guiada pela loucura?
Que será de ti com a atual demência
bulindo com a tua baixa frequência?
Enxerga, mulher!
A loucura poderá fazer-te leve,
levar-te ao êxtase!
A loucura a deixará tão solta
se te libera e te desatina!
A loucura libertará tuas dores!
Remexerá nos teus guardados
aprisionados, angustiados, amargurados!
Que será de ti, mulher de pouco espaço?
Tu te escondestes, perdestes a tua ternura,
vives na penúria!
Entrega-te à loucura que te joga a esmo,
que ferve tuas entranhas, que causa estardalhaço
Que sangra as tuas veias, que te faz mais livre,
que te torna linda!
Que a loucura inquiete a tua quietude
Que cure tua desesperança e a tua
insegurança!
Que a loucura a leve aos esperados reencontros.
Que exalte o teu ego triste, rebaixado,
humilhado e abaixado à planta dos teus pés!
Que a loucura crave marcas fundas
no teu coração ermo e vazio
Preenchendo tua amargurada solidão
Que refaça a tua alma castrada, jogada,
abandonada n'um calabouço qualquer!
Turbilhão de idéias fervilhando o cérebro.
Avalanche de sentimentos encharcando a alma.
A alma já cansada, bloqueada, travada!
Onde irás agora , guiada pela loucura?
Que será de ti com a atual demência
bulindo com a tua baixa frequência?
Enxerga, mulher!
A loucura poderá fazer-te leve,
levar-te ao êxtase!
A loucura a deixará tão solta
se te libera e te desatina!
A loucura libertará tuas dores!
Remexerá nos teus guardados
aprisionados, angustiados, amargurados!
Que será de ti, mulher de pouco espaço?
Tu te escondestes, perdestes a tua ternura,
vives na penúria!
Entrega-te à loucura que te joga a esmo,
que ferve tuas entranhas, que causa estardalhaço
Que sangra as tuas veias, que te faz mais livre,
que te torna linda!
Que a loucura inquiete a tua quietude
Que cure tua desesperança e a tua
insegurança!
Que a loucura a leve aos esperados reencontros.
Que exalte o teu ego triste, rebaixado,
humilhado e abaixado à planta dos teus pés!
Que a loucura crave marcas fundas
no teu coração ermo e vazio
Preenchendo tua amargurada solidão
Que refaça a tua alma castrada, jogada,
abandonada n'um calabouço qualquer!
DESALINHA! DESALINHA OS CABELOS! ESVOAÇA E PERCORRE A TUA VIDA |
CENAS DA VIDA
CENAS DA VIDA (Vera Popoff)
Daquela infância ternura, as manhãs de esperanças,
as tardes com o brilho d'um sol de diamante,
as chuvas purpurinas refrescando e avivando
os matizes das flores desabrochadas,
circundando as ruas amadas, traçadas e até hoje
rememoradas!
O vento soltando as correntes das corridas esvoaçadas
Os pés de espaços livres, saltando inocentes, contentes!
Os risos sem limites, as falas alegres e estridentes.
Incansáveis brincadeiras, os folguedos,
os inventores dos tantos brinquedos!
As cantigas de roda, as missas, o grupo escolar
.
Os doces momentos desenhados para amar
deixaram lembranças e marcaram o peito
de uma criança!
Daquela mocidade loucura,
Menina moça assanhada, a falta de jeito,
O amor desabrochando no peito,
O perfume barato, alfazema no ar...
O batom rosa choque, o salto alto
ensaiando um andar!
Os beijos iniciados, molhados,
nos cantos quentes dos olhares ausentes!
Os bailes dançados, o rosto colado,
O bolero marcado na ponta do pés!
Ai...que saudade!
Que sede de beber de novo aquele febril ardor!
Com tantas lembranças, não há solidão, nem desamor!
Dói, às vezes, o tempo apagado, passado,
Lá longe terminado e ficado!
Vale o esforço da memória
Guardando os pedaços da história!
A dor da saudade no peito queimou,
doeu, doeu, mas...valeu!
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Daquela infância ternura, as manhãs de esperanças,
as tardes com o brilho d'um sol de diamante,
as chuvas purpurinas refrescando e avivando
os matizes das flores desabrochadas,
circundando as ruas amadas, traçadas e até hoje
rememoradas!
O vento soltando as correntes das corridas esvoaçadas
Os pés de espaços livres, saltando inocentes, contentes!
Os risos sem limites, as falas alegres e estridentes.
Incansáveis brincadeiras, os folguedos,
os inventores dos tantos brinquedos!
As cantigas de roda, as missas, o grupo escolar
.
Os doces momentos desenhados para amar
deixaram lembranças e marcaram o peito
de uma criança!
Daquela mocidade loucura,
Menina moça assanhada, a falta de jeito,
O amor desabrochando no peito,
O perfume barato, alfazema no ar...
O batom rosa choque, o salto alto
ensaiando um andar!
Os beijos iniciados, molhados,
nos cantos quentes dos olhares ausentes!
Os bailes dançados, o rosto colado,
O bolero marcado na ponta do pés!
Ai...que saudade!
Que sede de beber de novo aquele febril ardor!
Com tantas lembranças, não há solidão, nem desamor!
Dói, às vezes, o tempo apagado, passado,
Lá longe terminado e ficado!
Vale o esforço da memória
Guardando os pedaços da história!
A dor da saudade no peito queimou,
doeu, doeu, mas...valeu!
FOTO DE DIRCE MITUUTI. CIDADE DE GETULINA (SP) E O AMANHECER DE 26/05/15 |
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castanheira no quintal
A HORA É DE FALAR DE JARDINAGEM
CASTANHEIRAS NO QUINTAL
Um barracão rústico e caindo estava no local quando mudei-me para esta chácara.
Foi reconstruído com o objetivo de abrigar plantas e folhagens. Na minha cabeça estava tudo certo, mas...seria viável? Tecnicamente seria possível?
Com a ajuda de um bom profissional, o Cláudio, fomos colocando o projeto em prática. O telhado respeitou os troncos das castanheiras , que passaram pelas aberturas deixadas . Magnificamente, deu certo! Os dois troncos passam para fora do telhado e viraram um encanto, segurando as jiboias, as folhagens da Amazônia, dinheiro em pencas, cactos macarrão, orquídeas, lírios da paz e antúrios
Nas "tardes fagueiras" sento-me n'algum canto e fico apreciando a obra arquitetada e construída.
Tudo feito com custo muito baixo. Nós mesmos pintamos e plantamos. Acrescentei, recentemente, mudas de madressilvas que também percorreram os troncos e saem pelo telhado! Mal posso acreditar neste sonho, que dia a dia, ganha contornos de beleza, harmonia e graça!
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A HORA É DE FALAR DE JARDINAGEM
CASTANHEIRAS NO QUINTAL
(por Vera Popoff)
Foi reconstruído com o objetivo de abrigar plantas e folhagens. Na minha cabeça estava tudo certo, mas...seria viável? Tecnicamente seria possível?
Com a ajuda de um bom profissional, o Cláudio, fomos colocando o projeto em prática. O telhado respeitou os troncos das castanheiras , que passaram pelas aberturas deixadas . Magnificamente, deu certo! Os dois troncos passam para fora do telhado e viraram um encanto, segurando as jiboias, as folhagens da Amazônia, dinheiro em pencas, cactos macarrão, orquídeas, lírios da paz e antúrios
Nas "tardes fagueiras" sento-me n'algum canto e fico apreciando a obra arquitetada e construída.
Tudo feito com custo muito baixo. Nós mesmos pintamos e plantamos. Acrescentei, recentemente, mudas de madressilvas que também percorreram os troncos e saem pelo telhado! Mal posso acreditar neste sonho, que dia a dia, ganha contornos de beleza, harmonia e graça!
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ESPELHOS
ESPELHOS (Vera Popoff)
Espelhos por toda parte, mulher!
Queres melhor enxergar a tua beleza?
Os espelhos emoldurados, pendurados,
encaixados e...timidamente calados,
contarão ao teu rosto
o que queres ouvir?
Narciso presente não é o suficiente?
Desfrutas a vida, adoça tua alma
e os espelhos presentes te farão mais contente!
Tua imagem espelhada aborrece?
Esquece...
Teu brilho não está desfeito,
ele vem lá de dentro do teu peito!
Espelhos por toda parte, mulher!
Queres melhor enxergar a tua beleza?
Os espelhos emoldurados, pendurados,
encaixados e...timidamente calados,
contarão ao teu rosto
o que queres ouvir?
Narciso presente não é o suficiente?
Desfrutas a vida, adoça tua alma
e os espelhos presentes te farão mais contente!
Tua imagem espelhada aborrece?
Esquece...
Teu brilho não está desfeito,
ele vem lá de dentro do teu peito!
NÃO
NÃO!
( Vera Popoff).
( Vera Popoff).
Filhinha, você me perdoa??
Sua mãe perdeu a noção,
Levanta ouvindo canção,
esquece a obrigação
Já não amassa o pão,
e aprendeu a dizer: Não!!
No almoço, faz salada com cedilha
e alface com ss!
Esquece a carne no fogão
e queima o arroz e o feijão!
O que acontece comigo?
Será que é um castigo?
Ou é uma libertação?
Mulher de forno e fogão:
-NÃO!!
Agora sou do verso e da prosa.
Fico apreciando a rua,
Ando à deriva na lua!
E no jantar? Quem vai fazer o jantar?
-Há quem me substitua??
Pois é, meu bem! Como disse Drummont:
-"E AGORA, JOSÉ??
"
Sua mãe perdeu a noção,
Levanta ouvindo canção,
esquece a obrigação
Já não amassa o pão,
e aprendeu a dizer: Não!!
No almoço, faz salada com cedilha
e alface com ss!
Esquece a carne no fogão
e queima o arroz e o feijão!
O que acontece comigo?
Será que é um castigo?
Ou é uma libertação?
Mulher de forno e fogão:
-NÃO!!
Agora sou do verso e da prosa.
Fico apreciando a rua,
Ando à deriva na lua!
E no jantar? Quem vai fazer o jantar?
-Há quem me substitua??
Pois é, meu bem! Como disse Drummont:
-"E AGORA, JOSÉ??
"
domingo, 24 de maio de 2015
CAMINHADAS
CAMINHADAS (Vera Popoff)
Depois da grande exaustão,
depois de tanta peregrinação,
das centenas de léguas andadas,
das chegadas desconfiadas...
Será que chegarei n'algum lugar
onde possa descansar?
Tantos espaços no céu e na terra!
Tantas luas se alternando,
Sóis que nascem e se põem!
Tantos passos que chegam e ficam.
Por que vivo o desatino
de andar sem um destino?
Ah...eu sei o porquê!
Não obedeci o meu coração e
andei atrás da razão!
Bem que ouvi o sino dobrar e
tanto sonho despencar!
Mas... com tudo raciocinado,
o caminho bem planejado,
meu coração ficou magoado
e meus trajetos...desafortunados!
Depois da grande exaustão,
depois de tanta peregrinação,
das centenas de léguas andadas,
das chegadas desconfiadas...
Será que chegarei n'algum lugar
onde possa descansar?
Tantos espaços no céu e na terra!
Tantas luas se alternando,
Sóis que nascem e se põem!
Tantos passos que chegam e ficam.
Por que vivo o desatino
de andar sem um destino?
Ah...eu sei o porquê!
Não obedeci o meu coração e
andei atrás da razão!
Bem que ouvi o sino dobrar e
tanto sonho despencar!
Mas... com tudo raciocinado,
o caminho bem planejado,
meu coração ficou magoado
e meus trajetos...desafortunados!
TANTOS PASSOS CHEGAM E FICAM! POR QUE AINDA PEREGRINO? |
VIRA , VIROU...POESIA!
VIRA ,VIROU...POESIA! (Vera Popoff)
Leia a poesia.
Sinta a poesia.
Canta a poesia.
Entenda ou não a poesia,
mas...não sofra com a poesia!
É um amanhecer que seduz,
é um caminho que conduz,
é um vento que anuncia,
é uma voz que denuncia!
Vira , virou...poesia.
É uma noite agoniada
pela frustrada chegada.
É uma flor desfolhada,
é um galho quebrado ou
um corpo curvado.
Vira , virou...poesia.
É uma visão mediúnica,
ou uma razão única!
A palavra não falada,
ou aquela finalizada!
Vira , virou...poesia.
Uma herança bem recebida ,
aquela que foi perdida!
A partilha mal dividida.
a mulher que foi traída,
ou a conversa esquecida!
Vira , virou...poesia!
A hora que passou voando,
o tempo ruim ficando,
Deus sempre nos perdoando,
as mãos ao alto louvando!
Vira ,virou...poesia!
O cristal que foi partido,
o vinho envelhecido.
a procura de um abrigo,
a despedida d'um amigo!
Vira , virou poesia!
Os palmos medindo a rua,
a alma que voa nua!
os medos mal disfarçados,
os olhos bem acordados,
os cravos do vaso, murchados,
os amores mal acabados,
um coração abandonado!
Vira , virou...poesia!
Leia a poesia.
Sinta a poesia.
Canta a poesia.
Entenda ou não a poesia,
mas...não sofra com a poesia!
É um amanhecer que seduz,
é um caminho que conduz,
é um vento que anuncia,
é uma voz que denuncia!
Vira , virou...poesia.
É uma noite agoniada
pela frustrada chegada.
É uma flor desfolhada,
é um galho quebrado ou
um corpo curvado.
Vira , virou...poesia.
É uma visão mediúnica,
ou uma razão única!
A palavra não falada,
ou aquela finalizada!
Vira , virou...poesia.
Uma herança bem recebida ,
aquela que foi perdida!
A partilha mal dividida.
a mulher que foi traída,
ou a conversa esquecida!
Vira , virou...poesia!
A hora que passou voando,
o tempo ruim ficando,
Deus sempre nos perdoando,
as mãos ao alto louvando!
Vira ,virou...poesia!
O cristal que foi partido,
o vinho envelhecido.
a procura de um abrigo,
a despedida d'um amigo!
Vira , virou poesia!
Os palmos medindo a rua,
a alma que voa nua!
os medos mal disfarçados,
os olhos bem acordados,
os cravos do vaso, murchados,
os amores mal acabados,
um coração abandonado!
Vira , virou...poesia!
UMA NOITE ILUMINADA, VIRA VIROU POESIA! |
VOU EMBORA
VOU EMBORA (Vera Popoff)
Vou embora!
Eu sei que aos poucos, vou embora.
Passarei pelos jardins que construí,
pelas distâncias tímidas que percorri
Seguirei calada, silente , pensante,
ausente de mim!
Sei, não haverão voltas ou retornos.
Benfazeja será a minha viagem,
pois vou procurar... remendar, colar...
As colheitas todas foram colhidas,
as florescências foram vividas e engolidas.
É chegada a hora de liberar o coração!
Deixá-lo partir seguindo o seu louco instinto!
Os cantos cantados, levarei comigo.
As bagagens deixarei para algum amigo.
Roupas velhas, muito usadas, serão rasgadas.
O Deus que me segura e me faz plena
irá! Convidado ou não, me seguirá.
As árvores enraizadas ficarão e sombrearão
outras cabeças e almas.
Algum espaço me acolherá, ali adiante
ou tão distante!
Vou andar em linha reta, sem curvas ou
circunferências.
Não quero correr o risco de voltar...
para o mesmo lugar.
Vou embora!
Eu sei que aos poucos, vou embora.
Passarei pelos jardins que construí,
pelas distâncias tímidas que percorri
Seguirei calada, silente , pensante,
ausente de mim!
Sei, não haverão voltas ou retornos.
Benfazeja será a minha viagem,
pois vou procurar... remendar, colar...
As colheitas todas foram colhidas,
as florescências foram vividas e engolidas.
É chegada a hora de liberar o coração!
Deixá-lo partir seguindo o seu louco instinto!
Os cantos cantados, levarei comigo.
As bagagens deixarei para algum amigo.
Roupas velhas, muito usadas, serão rasgadas.
O Deus que me segura e me faz plena
irá! Convidado ou não, me seguirá.
As árvores enraizadas ficarão e sombrearão
outras cabeças e almas.
Algum espaço me acolherá, ali adiante
ou tão distante!
Vou andar em linha reta, sem curvas ou
circunferências.
Não quero correr o risco de voltar...
para o mesmo lugar.
FOTO DA FOTÓGRAFA DIRCE MITUUTI, ESPECIALIZADA EM FOTOGRAFAR O CÉU , PAISAGENS E A NATUREZA |
DESANUVIANDO
DESANUVIANDO (Vera Popoff)
Vá , de pouco em pouco, retirando as nuvens
que cobrem teu céu azul!
Tens um mundo inconstante, és um cordeiro
desgarrado do pastoreio?
O bem e a graça te parecem irreal?
Afinal, a quem pertence a tua alegria?
À tua volta vês uma sombra turva, uma neblina
que esconde a vida de ti?
Nada precisa ser tão real!
Busca teu sonho, vista-se da tua fantasia,
do brilho das lantejoulas!
Viaja, parte, que tem um mundo de utopia
tão bonito, que te espera...
Vá , de pouco em pouco, retirando as nuvens
que cobrem teu céu azul!
Tens um mundo inconstante, és um cordeiro
desgarrado do pastoreio?
O bem e a graça te parecem irreal?
Afinal, a quem pertence a tua alegria?
À tua volta vês uma sombra turva, uma neblina
que esconde a vida de ti?
Nada precisa ser tão real!
Busca teu sonho, vista-se da tua fantasia,
do brilho das lantejoulas!
Viaja, parte, que tem um mundo de utopia
tão bonito, que te espera...
O QUE VEMOS DA VIDA?
- O QUE VEMOS DA VIDA?
O que vemos da vida?
O que vemos sobre a vida?
Vemos tantos temores, tantos enganos,
alguns horrores!
Mas também vemos grandes fervores.
Nestes nos apegamos, nos embrulhamos,
nos aconchegamos!
Naquela noite feia, inquieta e fria,
onde o calor e o respeito humano não existem,
quando não há consolo!
Sonho que me deito numa relva macia
e descanso placidamente!
Sonho com a vida envolta em paz,
silêncio e boas sensações, vestida
de gentilezas e humildade!
Então visto a roupa da vida do sonho,
mesmo sendo um consolador fingimento!
Mesmo quando a realidade é cheia de contradições
e tormentos!
FOTO DA FOTÓGRAFA DIRCE MITUUTI, ESPECIALISTA EM FOTOGRAFAR PAISAGENS , CÉUS E NATUREZA |
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EDUCAÇÃO, GENTILEZA, CONVIVÊNCIA
EDUCAÇÂO , GENTILEZA, CONVIVÊNCIA
(Vera Popoff)
Moro num condomínio grande, com muitas chácaras. Infelizmente, pois jamais gostei de condomínios! Vim para cá por causa da violência que ronda os sítios e chácaras livres das regrinhas de condomínios. Seguranças rondando o local, realmente impedem roubos , assaltos, furtos. Mas não impedem a falta de educação e o mínimo de civilidade. Pessoas com enormes carros importados chegam aos finais de semana para usufruir do sossego da vida no "campo". Fazem suas festas, comemorações, etc.... É quando percebemos o quão pouco, bolsos cheios de dinheiro, tem a ver com delicadeza e civilidade. Promovem festas e acham que o condomínio é obrigado a festejar junto.
Músicas nas alturas, gritos, alto falantes, gargalhadas, grosserias e tudo mais que causa horror e indignação. Seguranças são acionados, multam, advertem.
Ontem, quando multados, sentiram raiva e começaram a soltar fogos e mais fogos, mesmo sabendo que após a barbárie, aparecem dezenas de aves mortas, animais silvestres que se apavoram e fogem para as estradas, cães assustados se desesperam e todo tipo de horror. Meu marido precisou socorrer ao nossos dois cães em pânico, desesperados com os estouros.
Pessoas como eu, que fogem do barulho e algazarras, ficam indignadas. Fazer o quê????????
(Vera Popoff)
Moro num condomínio grande, com muitas chácaras. Infelizmente, pois jamais gostei de condomínios! Vim para cá por causa da violência que ronda os sítios e chácaras livres das regrinhas de condomínios. Seguranças rondando o local, realmente impedem roubos , assaltos, furtos. Mas não impedem a falta de educação e o mínimo de civilidade. Pessoas com enormes carros importados chegam aos finais de semana para usufruir do sossego da vida no "campo". Fazem suas festas, comemorações, etc.... É quando percebemos o quão pouco, bolsos cheios de dinheiro, tem a ver com delicadeza e civilidade. Promovem festas e acham que o condomínio é obrigado a festejar junto.
Músicas nas alturas, gritos, alto falantes, gargalhadas, grosserias e tudo mais que causa horror e indignação. Seguranças são acionados, multam, advertem.
Ontem, quando multados, sentiram raiva e começaram a soltar fogos e mais fogos, mesmo sabendo que após a barbárie, aparecem dezenas de aves mortas, animais silvestres que se apavoram e fogem para as estradas, cães assustados se desesperam e todo tipo de horror. Meu marido precisou socorrer ao nossos dois cães em pânico, desesperados com os estouros.
Pessoas como eu, que fogem do barulho e algazarras, ficam indignadas. Fazer o quê????????
sábado, 23 de maio de 2015
TEMPO,UM CADAFALSO
TEMPO, UM CADAFALSO (Vera Popoff)
Ah...saí liberta do cadafalso do tempo!
Entreguei o meu tempo ao vento e
o vento carregou o meu tempo!
Foi a abolição do castigo do calendário falsário,
que ameaça a arquitetura do meu invento!
Já não sofro temores, nem os percalços ...do tempo.
Extraio a essência dos meus momentos,
como a conversa boa , afiada, rasgada!
Retiro os fragmentos dos silêncios permitidos,
vividos , constituídos e crio... inteira, intensa,
palavras que quero dizer, sem datar ou contar.
Vivo as crises d'um ingênuo lirismo,
valso leve, ao som de Strauss e seu romantismo!
Doei o meu tempo ao vento!
Agora, sem pudor, abro as narinas
ao cheiro sedutor dos sonhos e exalo,
um a um , os perfumes da noite!
Coração, cérebro, pele, sangue, sentidos
fervilhando aguçados,
não fogem de amores ou dores
enfrentam risos e prantos!
Resplandeço...quase divina
da mágoa que machuca e desatina!
Navego em mares azuis e o sol derrama
sobre mim, a luz dos seus fulgores.
Meu horizonte já não vive indeciso,
não finge, não camufla e não vacila!
Faz-se bonito e tumultua aquele silêncio
constituído.
Plange
Tange
Anunciando a noite que embriaga
sem contar o tempo
sem medir distância
sem obedecer constância!
,
Ah...saí liberta do cadafalso do tempo!
Entreguei o meu tempo ao vento e
o vento carregou o meu tempo!
Foi a abolição do castigo do calendário falsário,
que ameaça a arquitetura do meu invento!
Já não sofro temores, nem os percalços ...do tempo.
Extraio a essência dos meus momentos,
como a conversa boa , afiada, rasgada!
Retiro os fragmentos dos silêncios permitidos,
vividos , constituídos e crio... inteira, intensa,
palavras que quero dizer, sem datar ou contar.
Vivo as crises d'um ingênuo lirismo,
valso leve, ao som de Strauss e seu romantismo!
Doei o meu tempo ao vento!
Agora, sem pudor, abro as narinas
ao cheiro sedutor dos sonhos e exalo,
um a um , os perfumes da noite!
Coração, cérebro, pele, sangue, sentidos
fervilhando aguçados,
não fogem de amores ou dores
enfrentam risos e prantos!
Resplandeço...quase divina
da mágoa que machuca e desatina!
Navego em mares azuis e o sol derrama
sobre mim, a luz dos seus fulgores.
Meu horizonte já não vive indeciso,
não finge, não camufla e não vacila!
Faz-se bonito e tumultua aquele silêncio
constituído.
Plange
Tange
Anunciando a noite que embriaga
sem contar o tempo
sem medir distância
sem obedecer constância!
FOTO DA MINHA AMIGA FOTÓGRAFA DIRCE MITUUTI, ESPECIALISTA EM FOTOGRAFAR OS CÉUS E SEUS ENCANTOS. |
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UM CANTO
UM CANTO (Vera Popoff)
Na noite clara, a lua cheia,
a estrela que nunca se atrasa
anunciando:
- Os sonhos serão cor-de-rosa!
Da janela eu vejo a rua iluminada
de vagalumes piscando...piscando...
A aurora entrará serena, amorosa!
O canto primeiro do galo
O canto segundo, do sabiá!
O canto terceiro do pássaro multicor pipiando:
- Hoje não haverá dor!
A flor primeira é a rosa desabrochada!
A flor segunda é o jasmim exalado!
A flor terceira é o lírio suave a perfumado!
Já sei que o dia promete bonança.
Terá o som d'uma valsa e borboletas voando!
Os colibris nos ares promovendo
a grande festança!
Na noite clara, a lua cheia,
a estrela que nunca se atrasa
anunciando:
- Os sonhos serão cor-de-rosa!
Da janela eu vejo a rua iluminada
de vagalumes piscando...piscando...
A aurora entrará serena, amorosa!
O canto primeiro do galo
O canto segundo, do sabiá!
O canto terceiro do pássaro multicor pipiando:
- Hoje não haverá dor!
A flor primeira é a rosa desabrochada!
A flor segunda é o jasmim exalado!
A flor terceira é o lírio suave a perfumado!
Já sei que o dia promete bonança.
Terá o som d'uma valsa e borboletas voando!
Os colibris nos ares promovendo
a grande festança!
23 DE MAIO
23 DE MAIO (Vera Popoff)
Sol nascendo
lampejo de luz
alma sedenta d'uma vida que se foi.
Entrada no paraíso d'um jeito tão apressado
para um leito, decerto, tão perfumado!
Deixou tantos corações desamparados,
sentidos, mirrados, magoados...
Peito cheio de saudade
na vida que seguiu mais pobre,
muito mais sentida, partida, entristecida.
Lembranças acumuladas,
conversas longas , gostosas, relembradas.
Mãos que seguravam as nossas dores...se foram.
Inteligência aclarando as nossas sombras...ficou.
Todo bem e sensatez, alguma linda insensatez!
Sentimentos na pele, nos poros, nas falas, nos versos.
O teclado, Chopin, os palcos, A Lira Paulistana!
As falas precisas , concisas, criatividade,
desassossego, bondade,sinceridade.
Homem inteiro, ponteiro suíço no relógio da vida!
Restaurador das almas partidas,
acolhedor das dores sentidas,
consolador dos prantos derramados!
Amigo, gente, pai e irmão!
Auxílio da irmã perdida e da menina indecisa!
Cabeça elevada, carruagem de incríveis pensamentos!
Artista de tantas conquistas, existência encantada,
arquiteto de sonhos, da arte, da vida...
Estrela que brilha no alto,
num céu muito mais abrangente e mais competente
com a sua chegada cheia de Luz!
para sempre: FERNANDO POPOFF
O POPOFF!!!
Sol nascendo
lampejo de luz
alma sedenta d'uma vida que se foi.
Entrada no paraíso d'um jeito tão apressado
para um leito, decerto, tão perfumado!
Deixou tantos corações desamparados,
sentidos, mirrados, magoados...
Peito cheio de saudade
na vida que seguiu mais pobre,
muito mais sentida, partida, entristecida.
Lembranças acumuladas,
conversas longas , gostosas, relembradas.
Mãos que seguravam as nossas dores...se foram.
Inteligência aclarando as nossas sombras...ficou.
Todo bem e sensatez, alguma linda insensatez!
Sentimentos na pele, nos poros, nas falas, nos versos.
O teclado, Chopin, os palcos, A Lira Paulistana!
As falas precisas , concisas, criatividade,
desassossego, bondade,sinceridade.
Homem inteiro, ponteiro suíço no relógio da vida!
Restaurador das almas partidas,
acolhedor das dores sentidas,
consolador dos prantos derramados!
Amigo, gente, pai e irmão!
Auxílio da irmã perdida e da menina indecisa!
Cabeça elevada, carruagem de incríveis pensamentos!
Artista de tantas conquistas, existência encantada,
arquiteto de sonhos, da arte, da vida...
Estrela que brilha no alto,
num céu muito mais abrangente e mais competente
com a sua chegada cheia de Luz!
para sempre: FERNANDO POPOFF
O POPOFF!!!
23 DE MAIO DE 1947 E O DIA FICOU MAIS BONITO COM A SUA CHEGADA A VIDA FICOU MAIS RICA COM A SUA ENTRADA |
sexta-feira, 22 de maio de 2015
MINHAS MANIAS
MINHAS MANIAS ( Vera Popoff)
Tem dias que tenho mania de flor.
Tem dias que tenho mania de céu,
N'outros, mania de vento.
N'alguns, tenho mania de pássaros
e também mania de mãe e até mania
de filha!
Acumulo mania de apego e saudade.
Tenho ainda a mania de ter mania.
Ás vezes...canso-me de ter manias!
Bate no peito, mania de remoer lembranças,
de conjugar os verbos esperar e esperançar!
Mania de me enamorar e às vezes, de ironizar!
Mania de embarcar nas nuvens e deslizar...
Mania de imaginar, cantar e harmonizar
as cores!
Algumas manias de enxergar o verde . o azul e o rosa
em qualquer verso ou prosa!
Mas...jamais tive mania de realidade.
A ela não me apego, apesar da idade.
Desvencilho-me dela, pois causa-me
irritação e constrangimento,
inibição e chateação,
bloqueios e escuridão,
enjoos e depressão!
Tenho ainda, mania de borboleta voando
no peito, à luz do dia!
Tem uma mania que causa-me febre!
Fico queimando, ardendo e delirando
correndo...atrás da utopia!
Tem dias que tenho mania de flor.
Tem dias que tenho mania de céu,
N'outros, mania de vento.
N'alguns, tenho mania de pássaros
e também mania de mãe e até mania
de filha!
Acumulo mania de apego e saudade.
Tenho ainda a mania de ter mania.
Ás vezes...canso-me de ter manias!
Bate no peito, mania de remoer lembranças,
de conjugar os verbos esperar e esperançar!
Mania de me enamorar e às vezes, de ironizar!
Mania de embarcar nas nuvens e deslizar...
Mania de imaginar, cantar e harmonizar
as cores!
Algumas manias de enxergar o verde . o azul e o rosa
em qualquer verso ou prosa!
Mas...jamais tive mania de realidade.
A ela não me apego, apesar da idade.
Desvencilho-me dela, pois causa-me
irritação e constrangimento,
inibição e chateação,
bloqueios e escuridão,
enjoos e depressão!
Tenho ainda, mania de borboleta voando
no peito, à luz do dia!
Tem uma mania que causa-me febre!
Fico queimando, ardendo e delirando
correndo...atrás da utopia!
MANIA DE VERDE E DE ROSA, DE VERSO E DE PROSA. |
ENERGIA CRIADORA
Para minha filha Fernanda
ENERGIA CRIADORA
( Vera Popoff)..
.
ENERGIA CRIADORA
( Vera Popoff)..
.
A hortênsia, a íris, o jasmineiro,
O limão do perfumado limoeiro,
A laranja doce do pomar pequeno,
A goiaba, a pitanga da única pitangueira
evolam suaves e sutís aromas...
Logo na madrugada
A beleza da florada
encanta o pequeno reino
d'uma rainha da alegria!
O bem-te-vi canta com maestria!
No quarto ao lado, dorme a menina
segurando um livro, segurando
um sonho, segurando as letras
do romanticismo e
buscando a lua ...envolta
no seu misticismo!
É quando o café forte exala
e a menina acorda com inspiração.
Chega devagarinho , inda sonolenta,
e diz com suspiração:
-Bom dia! E na boca também chega o riso!
Na casa clara e purificadora
Acorda a energia livre e criadora!!
O limão do perfumado limoeiro,
A laranja doce do pomar pequeno,
A goiaba, a pitanga da única pitangueira
evolam suaves e sutís aromas...
Logo na madrugada
A beleza da florada
encanta o pequeno reino
d'uma rainha da alegria!
O bem-te-vi canta com maestria!
No quarto ao lado, dorme a menina
segurando um livro, segurando
um sonho, segurando as letras
do romanticismo e
buscando a lua ...envolta
no seu misticismo!
É quando o café forte exala
e a menina acorda com inspiração.
Chega devagarinho , inda sonolenta,
e diz com suspiração:
-Bom dia! E na boca também chega o riso!
Na casa clara e purificadora
Acorda a energia livre e criadora!!
A VIAGEM DO TEMPO
A VIAGEM DO TEMPO (Vera Popoff)
O tempo é só um percurso caminhado.
Minha vida é uma viagem onde
tangem as panelas no fogão,
cantam máquinas de costura e
deslizam pincéis de toda cor
pintando um mundo sem cor!
Converso com borboletas e
passarinhos, com a brisa e
a nuvem que desliza...
Sim , há o tempo da chateação!
É quando tiram a minha concentração
e chegam ao meu ouvido
uma, duas palavras, que sinceramente,
causam-me enjoamento e constrangimento!
Nos momentos do exaurimento,
abstraio-me e finjo contentamento!
Também passo por encruzilhadas...
Ai, meu Senhor , não sei se cruzo uma linha
ou se volto por onde dantes andei!
Pelo percurso desconhecido também
arrisco, ando e insisto
nas transversais desiguais e até
nas longitudinais!
De noite percorro os atalhos d'um livro,
ou d'uma melodia
que bate fundo no peito
e uma tremenda saudade irradia.
Arrisco as pontas dos dedos
em bordados intermináveis,
e madrugada adentro viajo
em sonhos lindos , mas tão inviáveis!
NINHO VAZIO
NINHO VAZIO
(Vera Popoff)
O meu ninho está vazio...vazio... Na sala, ou no quarto, ou no jardim, ou na varanda , o silêncio é dominante. Às vezes, o ruído das folhas do coqueiro ao vento,
ou um bem-te -vi amável chama na janela
ou o velho cão late cansado.
O silêncio profundo é interrompido por instantes.
Minhas filhotinhas cresceram e bateram asas. Na despedida, gotas de lágrima brotaram dos meus olhos de astigmatismo. Ficaram quimeras. Na noite escura e cálida, ouço vozes que chamam: - Mãe, eu sinto frio! Abro a porta . Quarto vazio. Camas irritantemente arrumadas,
travesseiros no lugar, coberta dobrada, nada a recolher do chão.
Volto a deitar no limite entre a tristeza e o alívio do dever cumprido. Pela manhã, o sol brilha na janela e penso na agitação de outrora. -A escola, a merenda, o café com leite e a geléia de amora. Tão impaciente fui, às vezes. Olhando o relógio ...
... o cuidado com os minutos perdidos.
-Por que tive tanta pressa? Os momentos eram ricos! Era tudo tão perfeito! Frente ao fogão, cozinho arroz, feijão,
o frango ensopado e o jiló verdinho.
Ambas gostavam. Fico indecisa. Coloco a mesa ou espero mais um pouco? Lembro da algazarra e das brigas para que comessem fibras. Vai- se o sangue do meu rosto. Fico pálida de saudade! Disfarço o descontentamento. Passam os dias, as semanas... Aliso fotografias de risos e de encantos. Habituada às suas companhias, acordo agora da saudade e vivo o dia. Recuso-me a constatar: - "elas estavam aqui, mas já não estão".. Se precisarem, chamem. Eu vou. Se preferirem regressar, aqui está o meu colo, o ombro , a mão da mãe. Se precisarem de agasalho, posso ceder meu útero, outra vez... |
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CABELOS BRANCOS
Cabelos Brancos
( Vera Popoff)
Nova manhã, nova aurora! Olho no espelho que não disfarça, não afaga, não perdoa.
Mais cabelos brancos... Mais dias vividos à sombra ou ao sol.
Mais verões, mais invernos. Meus cabelos brancos são o meu tempo, a existência cravada, a razão e a loucura.
São sementes ao chão.
Meus cabelos brancos são os amores perdidos e os encontrados.
São a minha mãe , o meu pai, ...meu irmão ao piano tocando, tocando, tocando...
Beethoven, Mozart , Chopin.
Meus cabelos brancos são as filhas paridas, crescidas, amigas.
São as feridas , as cicatrizes, são as tempestades, os ventos, as bonanças e as calmarias.
São as perdas e os ganhos.
São as certezas, as dúvidas, as escolhas bem feitas e as nem sempre, perfeitas.
Meus cabelos brancos são lembranças, são saudades, são os fins e os recomeços .
São as chegadas e as partidas, são o trabalho e o repouso.
Meus cabelos brancos são as ilusões, as desilusões, são os sonhos sonhados,
os pesadelos, as noites dormidas, as insônias.
São o riso na boca, a lágrima e a dor.
Meus cabelos brancos são os dias raiando, o sol aquecendo, as noites caindo.
São os amigos compartilhados e inimigos desconhecidos.
Meus cabelos brancos são os anjos, os demônios, são os céus e os infernos vividos.
São as virtudes e os pecados, são as mágoas e os parcos perdões
São o esquecimento, as gratidões e as ingratidões.
São o aconchego da alma, a solidão, a paciência treinada, os aprendizados, as lições.
São tantas esperas e os desesperos.
Volto a olhar o espelho.
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28 de maio
GETULINA BRASILEIRA
GETULINA BRASILEIRA
Vera Popoff
Peço permissão para mencionar trechos da letra do Hino Nacional Brasileiro.
GETULINA! Cidadezinha doçura, que de tão pequenina, desenhei nas linhas da minha mão e , nunca mais apaguei. GETULINA! Não sou sua filha natural ( que pena). No entanto, recebeu-me, aconchegou-me, acolheu-me e adotou-me. Fecho os olhos e consigo rememorar cada espaço ou recanto, cada rua com seus encantos. GETULINA! Cidadezinha ternura, que de tão pequenina, mapeei nos contornos do meu coração! Volto a fechar os olhos: - a igreja matriz, o flamboyant na praça , abrigando do sol, o viajante ofegante. - Lupércio, o padre a quem devo a fé. As ladainhas, as rezas, as procissões. Os terços compartilhados, os cânticos, as emoções! Minha Getulina! Nossa Getulina! Sob o seu formoso céu risonho e límpido, brincamos, sorrimos, amamos, choramos e aprendemos da vida, a verdade! GETULINA! Terra adorada! Seus risonhos lindos campos sempre tiveram mais flores. E a nossa vida, no seu seio, muito, muito mais amores! Sob o sol da liberdade em raios fúlgidos, vivemos amizades sinceras, as mais puras, as eternas. Vivemos uma vida cristalina e a cada dia, renovada. GETULINA! Cidadezinha inspiradora! Tão pequenina, que tatuei num espaço da alma e vivi acorrentada aos seus enlevos. Suas lembranças inflamam as chamas, que no meu peito persistem e regeneram as dores do abandono. Canto as suas noites calmas e o seu luar de prata. Canto as estrelas luzentes e cadentes dos seus céus. Canto a infância, o perfume da rosa, as mangueiras em flor. Canto os vagalumes que eram o meu abajour. GETULINA abençoada! Que saudade das suas tardes mansas ... da aurora vindoura carregada de esperanças e dos mais lindos sonhos. GETULINA! TERRA ADORADA! Entre outras mil, a escolhi como a minha terra amada! Dos seus filhos, foi sempre a mãe gentil. Salve! Salve! |
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