As minhas mãos laboram com firmeza!
A minha cabeça vaga na incerteza!
O ar vestido de renda roça a minha pele!
Sinto este abraço, deliro!
Ao outro, a rotina é abatimento, cansaço , langor!
...
A mim, a sensação é de estar inteira , regaço, fulgor !
Do que preciso?
Senão do ar vestido de renda?
Da rua vestida de verde?
Do sol vestido de raios?
Da alma vestida de flor?
Do altar vestido de anjos?
Do coração vestido de amor?
Afobada, pela vontade da vida,
subo a minha ladeira!
A ladeira da minha casa me pertence.
Faço com ela, o que quero!
E o que quero, é estender tapete de cetim verde ,
salpicado de flores caídas!
A vida é costumeira demais?
É rotineira demais?
Mas ao meu corpo, nem pesa!
O meu peito nem reclama!
A minha voz nem clama!
A pedra , ao lado da ladeira, não assiste gemido,
nem consola pranto!
O pensamento dispersa numa viagem!
Segue, encontrar poetas!
Neruda que faz sonhar,
Pessoa que faz pensar,
Drummont que faz sorrir!
Colho a flor, recolho a rotina.
Seguro-a com leveza!
Visto-a de perene inspiração e
a embalo em trovas e canção!
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A ESCADA ROTINEIRA ONDE SUBO, DESÇO, SUBO, DESÇO,NOS AFAZERES DIÁRIOS |
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