Daquela infância ternura, as manhãs de esperanças,
as tardes com o brilho d'um sol de diamante,
as chuvas purpurinas refrescando e avivando
os matizes das flores desabrochadas,
circundando as ruas amadas, traçadas e até hoje
rememoradas!
O vento soltando as correntes das corridas esvoaçadas
Os pés de espaços livres, saltando inocentes, contentes!
Os risos sem limites, as falas alegres e estridentes.
Incansáveis brincadeiras, os folguedos,
os inventores dos tantos brinquedos!
As cantigas de roda, as missas, o grupo escolar
.
Os doces momentos desenhados para amar
deixaram lembranças e marcaram o peito
de uma criança!
Daquela mocidade loucura,
Menina moça assanhada, a falta de jeito,
O amor desabrochando no peito,
O perfume barato, alfazema no ar...
O batom rosa choque, o salto alto
ensaiando um andar!
Os beijos iniciados, molhados,
nos cantos quentes dos olhares ausentes!
Os bailes dançados, o rosto colado,
O bolero marcado na ponta do pés!
Ai...que saudade!
Que sede de beber de novo aquele febril ardor!
Com tantas lembranças, não há solidão, nem desamor!
Dói, às vezes, o tempo apagado, passado,
Lá longe terminado e ficado!
Vale o esforço da memória
Guardando os pedaços da história!
A dor da saudade no peito queimou,
doeu, doeu, mas...valeu!
FOTO DE DIRCE MITUUTI. CIDADE DE GETULINA (SP) E O AMANHECER DE 26/05/15 |
,
Nenhum comentário:
Postar um comentário