segunda-feira, 25 de maio de 2015

LOUCURA

LOUCURA              (Vera Popoff)

Turbilhão de idéias fervilhando o cérebro.
Avalanche de sentimentos encharcando a alma.
A alma já  cansada, bloqueada, travada!
Onde irás agora , guiada pela loucura?
Que será de ti com a atual demência
bulindo com a tua baixa frequência?

Enxerga, mulher!
A loucura poderá fazer-te  leve,
      levar-te ao êxtase!
A loucura a deixará tão solta
se te libera  e te desatina!
A loucura libertará tuas dores!
Remexerá  nos teus guardados
aprisionados, angustiados, amargurados!

Que será de ti, mulher de pouco espaço?
Tu te escondestes, perdestes a tua ternura,
         vives na penúria!
Entrega-te à  loucura que   te joga a esmo,
 que ferve tuas  entranhas, que causa  estardalhaço
Que sangra as tuas veias, que te faz mais livre,
        que te torna   linda!

Que a loucura inquiete a tua quietude
Que cure tua desesperança e a tua
           insegurança!
Que a loucura a leve aos  esperados  reencontros.
Que exalte o teu ego triste, rebaixado,
 humilhado e abaixado à planta dos teus pés!

Que a loucura crave marcas fundas
no teu coração ermo e  vazio
Preenchendo tua amargurada  solidão
Que refaça a tua alma castrada, jogada,
abandonada n'um calabouço qualquer!

DESALINHA! DESALINHA OS CABELOS! ESVOAÇA E PERCORRE A TUA VIDA

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