Bom dia! Terminei trabalhos de "emendação" de retalhos! Dias e dias de dedicação e paciência! Minha inspiração foi a MINHA MADRINHA TITA. A primeira que vi juntando paninhos com mãos de labor! Sua bênção, madrinha Tita!
A HISTÓRIA DE UMA COLCHA
(Vera Popoff)
...
A HISTÓRIA DE UMA COLCHA
(Vera Popoff)
...
O tempo vai passando...passando...
Não tolera a lentidão!
Corre veloz o tempo de Deus!
Não espera nada, não espera ninguém !
Assisto a corrida do tempo com languidez ,
me confundo, me esqueço, mas não me perco!
Com mãos de labor e olhar de langor,
vou tecendo, cozendo, emendando paninhos de toda cor!
Pregando botões, enlaçando fitinhas,
preenchendo os espaços e o coração!
A paciência é aquela que espera.
Espera a chegada de alguém que não vem,
que demora a voltar, sem pressa de entrar!
Minha madrinha Tita, eu me lembro!
Emendava com doces mãos de lavor, sem queixume,
com toda sublimação, um retalho, dois, três, dezenas deles!
Ponto por ponto! Ponto por ponto!
A emendação virou perfeição de vida poesia,
força poesia, colcha poesia!
Cobriu o filho amado, então, agasalhado!
Imitando, com saudade, a minha madrinha Tita,
sem lamúria, um tanto de heroísmo e muita paixão,
fui emendando, remendando,
emendando, remendando,
emendando com amor,
costurando com ardor,
misturando toda cor e,
acabou-se qualquer dor!
Virou colcha ambulante, Tita madrinha!
Tem bonecas, corações,
tem corujinhas e botões,
tem morangos e pendões!
Minhas mãos invejararam as suas,
alheias a algum fulgor,
num movimento constante de amor e,
tudo foi permitindo, sem nenhum pudor!
Agora posso entender,
"AQUELAS MULHERES DE ATENAS",
que teciam infindos bordados,
enquanto esperavam seus valorosos maridos soldados!
Não tolera a lentidão!
Corre veloz o tempo de Deus!
Não espera nada, não espera ninguém !
Assisto a corrida do tempo com languidez ,
me confundo, me esqueço, mas não me perco!
Com mãos de labor e olhar de langor,
vou tecendo, cozendo, emendando paninhos de toda cor!
Pregando botões, enlaçando fitinhas,
preenchendo os espaços e o coração!
A paciência é aquela que espera.
Espera a chegada de alguém que não vem,
que demora a voltar, sem pressa de entrar!
Minha madrinha Tita, eu me lembro!
Emendava com doces mãos de lavor, sem queixume,
com toda sublimação, um retalho, dois, três, dezenas deles!
Ponto por ponto! Ponto por ponto!
A emendação virou perfeição de vida poesia,
força poesia, colcha poesia!
Cobriu o filho amado, então, agasalhado!
Imitando, com saudade, a minha madrinha Tita,
sem lamúria, um tanto de heroísmo e muita paixão,
fui emendando, remendando,
emendando, remendando,
emendando com amor,
costurando com ardor,
misturando toda cor e,
acabou-se qualquer dor!
Virou colcha ambulante, Tita madrinha!
Tem bonecas, corações,
tem corujinhas e botões,
tem morangos e pendões!
Minhas mãos invejararam as suas,
alheias a algum fulgor,
num movimento constante de amor e,
tudo foi permitindo, sem nenhum pudor!
Agora posso entender,
"AQUELAS MULHERES DE ATENAS",
que teciam infindos bordados,
enquanto esperavam seus valorosos maridos soldados!
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