quinta-feira, 7 de maio de 2015

PARA MINHA MÃE NATÁLIA POPOFF

Desde que minha mãe fez a sua derradeira viagem, lá se vão trinta e cinco anos e alguns meses, mais exatamente, em 19/12/1979, jamais houve um dia, que meu primeiro pensamento não fosse para ela. E ao deitar, o último, antes do sono chegar, é dela! Já lhe fiz outras poesias e citei seu nome, em inúmeros textos. Hoje entrego-lhe mais um mimo, minha mãe!


PARA MINHA MÃE
                                     (Vera Popoff)

Lembro-me da minha mãe e do seu sorriso.
Lembro-me da minha mãe e do seu abraço.
Lembro-me da minha mãe e da sua doce voz de mel!
Lembro-me dos seus olhos ternos e do toque amoroso
                  das suas mãos.
Lembro-me dos seus carinhos , da confiança e ternura
        que colocava dentro do meu coração
                 todos os dias!
Lembro-me até das suas lágrimas sentidas
    e de como eu as enxugava!
   E ela, enxugava as minhas!
Oh, que lindo  e inteiro amor vivemos!
Todos os dias, para nós, era primavera!
E todas as noites , luar de prata.
E todas as auroras, um canto dos pássaros!
E todas as tardes, a mesa com café e bolo,
      o glacê, feito de afeto!
A luz do universo nos iluminava
O aroma das suas flores  nos ungia e
            aliviava nossas dores!
As suas rosas enfeitavam a nossa casa.
O seu suave perfume de alfazema
acompanhava-me, estimulava-me,
eu sempre terminava a caminhada que começava.
Você estava ali e eu a  olhava com veneração!
Você estava ali e eu a abraçava com emoção!
Você estava ali  e enxergávamos as almas,
                  uma da outra.
Todos os dias comemorávamos a vida!

Até que você , mãe, partiu...
De algum modo, a minha existência também foi
                        partida
                        detida
                        sentida!


       

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