SÓ UM CANTO
(Vera Popoff)
N0 dia a dia, saio podando galhos,
No pensamento, muitas quimeras,
abraços nunca esquecidos,
sorrisos queridos,
olhares enternecidos!
No chão, as mãos,
a pele roçando a terra,
segurando perfumes exalados,
ajeitando a beleza brotada,
soltando as borboletas esvoaçadas!
Murmuro baixinho....
meu canto do banzo!
Sim, o banzo d'algum lugar
por onde passei,
por onde deixei meu suor,
meu sangue e meu coração!
Aqui, fora do meu cotidiano limpo,
sem exuberância, mas com certa elegância,
eu visto a roupa da missa.
Interpreto...outro canto!
Um canto também conhecido,
tão pouco ouvido,
mas muito sentido!
É o canto da camaradagem,
nos dias de hoje, vista como bobagem,
mas eu, inda vejo vantagem
em auxiliar e lidar,
ligada nesta voltagem!
Sempre cantando um canto,
soltando a voz ou no silêncio,
deixa sair da alma, o seu canto!
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